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Por que o zinco virou o elemento da vez

Tempos atrás, quando se falava em vitaminas e minerais, pensava-se imediatamente em suplementação infantil. Essa percepção nos dias atuais mudou e as evidências científicas mostraram que os suplementos, quando bem indicados, não são um assunto apenas para crianças em desenvolvimento.

Quem consegue garantir, com total e absoluta certeza, uma vida com sono regular todos os dias, sem estresse, preocupações e episódios de ansiedade, com refeições balanceadas e altamente ricas em vitaminas e minerais (feitas em horários corretos e sem pressa), com atividades físicas regulares e ao menos 15 minutos de banhos de sol? A verdade é que, com a correria da vida urbana, a maioria da população mundial não tem conseguido unir todos os elementos necessários para uma vida totalmente saudável e, como já se sabe, isso faz total diferença nas deficiências do organismo.

Com o aparecimento da Covid-19, as pessoas entenderam, mais do que nunca, a importância de adotar alguns hábitos mais regrados, visto que alguns fatores de risco associados ao estilo de vida facilitam quadros graves da doença. Obesidade, diabetes, problemas cardiovasculares, pulmonares e renais são apenas alguns deles. Assim, a busca por fortalecer o sistema imunológico cresceu significativamente.

É nesse cenário que se passou a falar mais do zinco, a ponto de ele virar o elemento da vez. E, sim, esse é um dos minerais mais necessários para o organismo. A procura por suplementos com zinco e outras substâncias bem-vindas se expandiu com a pandemia. Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais e Congêneres (Abiad) houve um aumento de 48% na ingestão de multivitamínicos e afins nos lares de diversas cidades brasileiras.

O mesmo estudo, realizado em maio de 2020, revelou que 63% das pessoas entrevistadas justificaram o consumo para melhorar a imunidade. Posteriormente, uma análise mais específica mostrou que 70% daquelas que aumentaram a ingestão desses produtos desejam manter o hábito após a pandemia.

O zinco participa de mais de cem reações enzimáticas do organismo, estando envolvido em processos fisiológicos do crescimento e do desenvolvimento, na capacidade cognitiva e principalmente no combate aos radicais livres, moléculas que se formam naturalmente e que, com o tempo, podem prejudicar órgãos e tecidos. Os radicais livres estão por trás do estresse oxidativo, um estado que, se não for equilibrado pela presença de antioxidantes (caso do zinco), está associado a mais de 200 doenças diferentes.

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Sabemos que pessoas com diabetes, por exemplo, podem apresentar um grau aumentado de estresse oxidativo, o que reforçaria a necessidade de garantir uma proteção antioxidante com a alimentação e, se for o caso, a suplementação, incluindo o zinco e outros micronutrientes.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a deficiência de zinco no corpo humano acomete um terço da população pelo planeta e provoca falta de apetite, enfraquecimento de unhas e cabelos, dificuldade de cicatrização, baixa imunidade e maior propensão a infecções. O mineral atua como um mediador para manter a resposta imune em dia contra micro-organismos.

Por não ser produzido pelo próprio corpo, precisamos obtê-lo pela alimentação e, se o profissional de saúde julgar adequado, complementar via suplementação. O zinco pode ser encontrado em fontes animais e vegetais, tais como amendoim, amêndoa, camarão, carne vermelha, castanhas, chocolate amargo, feijão, grão-de-bico, ostras, sementes de abóbora, noz-pecã, ovos, cogumelo shitake, gergelim, lentilha, entre outros.

A recomendação de ingestão diária varia de acordo com a fase da vida, mas, em termos gerais, o nível de zinco no sangue deve ficar entre 70 a 130 mcg/dL. No entanto, para quem possui determinadas restrições alimentares ou não consegue manter uma dieta rica em zinco, o ideal é recorrer a suplementos existentes no mercado, que entreguem dosagens de 30 mg de zinco.

Vale lembrar que, embora o zinco seja fundamental para a defesa imunológica, não existem evidências científicas que comprovem uma proteção direta contra o coronavírus. Sua reposição deve ser feita com avaliação e prescrição médica, após exames específicos e podendo ser ajustada com o profissional de acordo com as necessidades do paciente.

* Luís Carlos Sakamoto é médico-assistente do Centro de Referência da Saúde da Mulher – Hospital Pérola Byington, em São Paulo, membro da Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção da FEBRASGO e professor de ginecologia da Faculdade de Medicina do Centro Universitário das Américas

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Iogurte inovador chega ao mercado

A marca Vigor acaba de lançar a linha Viv Búlgaro, com iogurtes feitos de forma peculiar. Eles são fermentados direto no pote — e não em tanques, como ocorre normalmente. “Se a temperatura e a conservação forem bem controladas, esse processo pode preservar mais bactérias benéficas no alimento”, nota a nutricionista Juliana Groop, da clínica Alira, em São Paulo.

Ainda segundo a profissional, como o iogurte ao estilo búlgaro não é drenado, parte dos nutrientes que poderia ser perdida no soro segue no produto. A linha tem três sabores: tradicional, damasco e blueberry com baunilha. Juliana diz que o primeiro é excelente, já que possui poucos ingredientes — e eles são naturais. Já os saborizados pedem comedimento em razão dos aromatizantes e espessantes.

Compare

As principais diferenças entre o iogurte natural, feito com dois ingredientes, e o búlgaro tradicional*

Iogurte natural com leite e fermento
Possui um pouco mais de gorduras saturadas, que exigem parcimônia. Mas não tem adição de açúcar, apenas os carboidratos naturais do leite.

Carboidratos: 6,8 g
Gorduras saturadas: 3,3 g
Cálcio: 180 mg

Iogurte búlgaro tradicional
Também reúne pouquíssimos ingredientes, o que é ótimo, mas há um pequeno acréscimo de açúcar à fórmula.

Carboidratos: 13 g
Gorduras saturadas: 2,5 g
Cálcio: 192 mg

* Os valores se referem a 130 gramas dos iogurtes.

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Plataforma reúne produtos artesanais

A pandemia do coronavírus trouxe uma maior dificuldade de encontrar alimentos feitos por pequenos produtores. Essa foi a motivação de Kim Machlup para criar a plataforma Baskets.

Hoje, o site engloba mais de 450 itens fornecidos por 60 produtores das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte. “A ideia é ter mais 25 parceiros ainda neste trimestre”, revela Kim.

Tudo que está ali é obtido de forma artesanal e sem conservantes. Ao escolher esse tipo de produto, o consumidor ganha em saúde e, ao mesmo tempo, dá uma força ao trabalho familiar. A plataforma oferece pães, cafés, queijos, geleias, granolas, méis, kombuchas, iogurtes, e por aí vai. As entregas ocorrem em São Paulo, Alphaville e ABC Paulista. Mas já há planos de expansão para outros locais.

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Receita do dia: fricassê de abobrinha

Você provavelmente já se deparou com receitas de
fricassê de frango ou até de bacalhau,
certo? Mas apostamos que a opção de abobrinha é uma novidade para você. Pegue
já o caderninho de receitas e anote o passo a passo dessa alternativa
deliciosa, nutritiva e superprática de fazer.

Você vai
precisar de:

1 colher de sopa de manteiga ou margarina;

1 fio de azeite;

2 dentes de alho amassados;

1 cebola média picada;

1 colher de chá de páprica defumada;

4 abobrinhas médias picadinhas em cubos;

2 cenouras médias raladas;

2 colheres de sopa de cheiro-verde;

1 pitada de sal;

1 pitada de pimenta-do-reino;

300 g de muçarela ralada;

1 xícara de chá de batata palha;

1 caixa de creme de leite;

1 lata de milho-verde (com o soro);

1 pote de requeijão cremoso;

1 colher de sopa de amido
de milho.

 Modo de preparo

Numa panela, coloque a margarina e o fio de azeite,
adicione os dentes de alho amassados, a cebola picada e uma colher de páprica
defumada e deixe dourar.

Adicione a abobrinha picada e a cenoura ralada.

Tempere com sal, cheiro-verde e pimenta-do-reino e
reserve.

Coloque um copo de água e tampe até refogar em fogo médio.
Em seguida reserve.

Para finalizar

No liquidificador, adicione a caixinha de creme de leite,
o milho-verde, o requeijão cremoso e uma colher de sopa de amido de milho.

Processe todos os ingredientes no liquidificador e depois
adicione a mistura do creme batido na panela com a abobrinha e a cenoura
refogadas e deixe refogar por mais cinco minutos até ferver.

Em seguida, coloque numa travessa e adicione o queijo
muçarela ralado por cima.

Leve ao forno preaquecido a 180 °C por 30 minutos.

Para finalizar, adicione a batata palha e sirva-se.

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Álcool na pandemia

Erguer o copo e brindar nascimentos, aniversários, casamentos, formaturas, finais de campeonato e tantos encontros especiais é ritual indispensável nas mais variadas culturas. O tim-tim simboliza celebração, bem-estar, alegria e, claro, o desejo de saúde! Para além desses cenários festivos, os efeitos inebriantes vindos das latas e garrafas também são almejados em contextos angustiantes e solitários — nesses casos, como um antídoto para a dor. “Há um maior risco de abusos de álcool, e até dependência, em meio às catástrofes naturais, ao terrorismo, ao luto e a outras situações difíceis”, afirma a farmacêutica Zila Sanchez, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Não seria diferente com a crise sanitária trazida pelo coronavírus. Como diria o caro amigo Chico Buarque: “E a gente vai tomando que, também, sem a cachaça, ninguém segura esse rojão”. E que rojão! “Além dos temores relacionados ao contágio e da preocupação com familiares e amigos, tem a ansiedade sobre a vacinação, dilemas financeiros e incertezas quanto ao futuro”, enumera o psiquiatra Arthur Guerra, presidente do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), em São Paulo. Muitos enchem o copo para esquecer tudo isso.

Alessandra Diehl, psiquiatra e vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Outras Drogas (Abead), comenta que o movimento é global. “Houve maior consumo em países como Portugal, Alemanha, Irlanda e França”, exemplifica. Por aqui, o panorama foi escancarado pela ConVid Pesquisa de Comportamentos, feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Questionários online respondidos por 44 062 pessoas dos quatro cantos do Brasil, entre abril e maio de 2020, revelaram que 18% dos participantes passaram a beber mais com a chegada da pandemia. “Sentimentos como tristeza estão associados a esse resultado”, afirma a pesquisadora e coordenadora do trabalho Célia Landmann Szwarcwald, da Fiocruz.

Outro grande estudo, realizado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), com participação de 12 328 adultos de 33 países da América Latina, também mostra desgastes emocionais por trás de exageros. “Observamos aumento na frequência do que chamamos de beber pesado episódico, ou binge drinking”, conta Zila, uma das cientistas brasileiras envolvidas no trabalho. O termo pode ser traduzido, de maneira deselegante, como “porre” e corresponde a tomar cinco ou mais doses de bebida em uma única ocasião. Seriam quase 2 litros de cerveja de uma vez.

Com as restrições ao funcionamento de bares, restaurantes, boates e os cancelamentos de shows e eventos culturais, o lar passou a ser o principal ambiente para o consumo etílico. E, se antes a taça de vinho se restringia à mesa do jantar, agora pode ficar escondida atrás do computador durante o expediente. Assim, de gole em gole, garrafas são esvaziadas numa insuspeita tarde de terça-feira. Só que corpo e mente podem padecer com o hábito.

Para povos antigos, a capacidade de entorpecer a mente, assim como os processos fermentativos que transformam cereais em cerveja, tinha algo de sobrenatural. O líquido dourado seria um presente dos deuses. O vinho, por sua vez, era compartilhado por pensadores nos colóquios. Já os copos de destilados aparecem perto de pintores, escritores, músicos e tantos outros artistas. Seja para acender ideias, aguçar a criatividade, seja para alcançar inspiração, as bebidas sempre encantaram a humanidade. “Como toda droga, o álcool desperta o desejo justamente por seus efeitos agradáveis”, diz o farmacêutico Fabrício Moreira, professor do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG.

No cérebro, as moléculas de etanol interferem na recaptação de dopamina, num mecanismo que traz euforia e descontração nos primeiros goles. “Também afetam outros neurotransmissores, conhecidos como Gaba, que relaxam”, explica o farmacêutico Carlos Tirapelli, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP). Essa calmaria, inclusive, pode desencadear sonolência. E dormir bem é sonho de muita gente em tempos pandêmicos. Na pesquisa da Opas, 18% dos participantes relataram perrengues para adormecer durante a crise sanitária.

Mas nem pense em usar os drinques como aliados contra a insônia. A estratégia tem tudo para sair pela culatra. É que o exagero na bebida costuma levar ao afrouxamento de estruturas da região da faringe, do palato mole e da úvula. O resultado é o insuportável ronco, que gera crises conjugais e faz despertar. “O descanso acaba comprometido”, sinaliza a psiquiatra Renata Azevedo, chefe do Departamento de Psiquiatria da Unicamp. Outro equívoco é acreditar que afogar as mágoas no copo ajuda a resgatar a saúde mental. Pelo contrário: pode agravar quadros já instalados de ansiedade e depressão ou até mascarar esses problemas, postergando o diagnóstico e o tratamento. Também há risco de agressividade e brigas.

O grande alvo do exagero

Nessa confusão, você sabe: o fígado sai bastante castigado. Para piorar, uma onda de falácias tem contribuído para deixar a situação dele ainda mais delicada. “Na tentativa de combater o coronavírus, o uso indiscriminado de determinados medicamentos provoca sérios prejuízos ao órgão”, alerta o hepatologista Márcio Dias de Almeida, do Hospital Moriah, na capital paulista. O estudo coordenado pela Fiocruz desnuda outros impactos negativos. A pandemia trouxe redução na ingestão de frutas e hortaliças, aumento no consumo de comida ultraprocessada e o crescimento nos índices de sedentarismo. Ou seja, um prato cheio para a obesidade, condição que favorece a deposição de gorduras no órgão, levando à esteatose. Tantas encrencas ao mesmo tempo geram inflamações e o aparecimento de cicatrizes, abrindo caminho para a perigosa cirrose ou mesmo um câncer de fígado.

Na verdade, células de todo o organismo ficam vulneráveis ao abuso cotidiano, e por longos períodos, de cerveja e companhia. Não faltam estudos que associam bebidas com o aparecimento de tumores. Tanto que a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês) coloca o consumo exacerbado de álcool entre os 11 principais fatores de risco para o mal. Além do fígado, foco mais óbvio, boca, laringe, esôfago, estômago e mamas aparecem em estudos como vítimas do exagero. Substâncias derivadas do metabolismo etílico, caso do acetaldeído, têm sido apontadas como agentes carcinogênicos.

Já outros danos, caso da pancreatite, podem ser desencadeados por uma característica química do álcool. O professor Tirapelli explica que a composição do etanol facilita a interação simultânea com água e gordura. “A molécula consegue a proeza de atravessar as membranas das células e permanecer em ambientes aquosos”, diz. Assim, se difunde livremente pelo organismo, atingindo diferentes tecidos e disparando efeitos péssimos.

Entidades de saúde estipulam um limite de consumo diário de álcool que corresponde a uma lata (350 ml) de cerveja ou uma taça (150 ml) de vinho ou ¼ de copo (45 ml) de destilados para mulheres, valendo o dobro disso para os homens. Porém, para a psiquiatra Renata, da Unicamp, não existe o chamado “beber saudável”. E, apesar de sua fama, nem o vinho deveria ser classificado como benfeitor. Aliás, ele tem feito sucesso na quarentena. Alessandra, da Abead, comenta que grandes supermercados registraram alta nas vendas, tanto em lojas físicas quanto no e-commerce.

Mas e a aclamada dieta mediterrânea, com seu espaço reservado para a bebida milenar vinda das uvas? Bem, ali há todo um contexto a ser colocado em perspectiva. A começar pela própria região, que engloba países como Grécia, Itália e Espanha. Considerando que esses povos não são tão sedentários ou estressados e o cardápio é recheado de hortaliças, grãos, frutas e peixes, fica fácil entender o elo com a longevidade. Tem mais: o comedimento se faz presente. Daí que o benefício vem da sinergia, sendo impossível isolar as taças.

Sobre a proteção cardiovascular atribuída ao vinho, ela se perde diante de desequilíbrios. Ainda que pequenas quantidades promovam o relaxamento dos vasos, quem passa da conta pode deparar com o contrário. “Exageros ocasionam o aumento da atividade simpática, estimulando o sistema conhecido como renina-angiotensina, processo que culmina em vasoconstrição”, destrincha Tirapelli. Aí a pressão arterial decola. O etanol ainda reduz os níveis de óxido nítrico, um potente dilatador das artérias, e que também está envolvido com a ereção peniana. É só estrago.

Nos laboratórios da USP, Tirapelli e sua equipe observaram, em animais, que dosagens elevadas de álcool prejudicam a circulação sanguínea do corpo cavernoso, uma estrutura do pênis. Resultado: disfunção erétil. Outros trabalhos revelam que a produção e a qualidade dos espermatozoides são comprometidas. Por isso, quem tem planos de aumentar a família deve dosar a bebida. Para as mulheres, seria prudente banir os drinques assim que suspender métodos contraceptivos. Estudos mostram que, no início da gravidez, todos os órgãos do bebê são suscetíveis aos efeitos nocivos do etanol. Ah, e a recomendação de zero álcool se estende a menores de 18 anos, não custa lembrar.

“Pessoas com diabetes também deveriam manter distância”, diz a endocrinologista Tarissa Petry, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. O álcool pode desencadear a temida hipoglicemia. “Exageros bloqueiam a liberação de glicose pelo fígado”, explica.

Copos e quilos extras

Tarissa ressalta o elo entre exageros etílicos e o ganho de peso. “Cada grama de álcool fornece 7 calorias, enquanto a mesma quantidade de proteína e carboidrato oferece 4 calorias, e a gordura soma 9”, compara. Para completar, o excesso desarranja alguns hormônios, caso da leptina e do GLP-1, envolvidos com a saciedade. A fome vem rápido.

Se antes de o coronavírus começar sua jornada desastrosa mundo afora a obesidade já inflava o planeta, tudo tende a piorar por causa dos hábitos adotados na quarentena. “O que se vislumbra para o futuro é preocupante em vários sentidos”, observa Célia, da Fiocruz. “Em casa, muitas pessoas têm quebrado regras e não há um padrão”, relata Renata, que tem acompanhado a disparada dos casos de alcoolismo no Ambulatório de Substâncias Psicoativas (Aspa) da Unicamp.

Com a embriaguez rolando solta dentro do cotidiano e a falsa ideia de que as sensações disparadas pelo álcool são a tábua de salvação, a cilada do vício fica à espreita. “É preciso conhecer a tolerância e analisar, com muita franqueza, o papel da bebida na vida”, aconselha o professor Moreira, da UFMG. Paciência é mais do que bem-vinda sempre. Até porque manter o equilíbrio agora é a garantia de saúde e disposição para erguer um brinde quando tudo isso passar.

Sinais de alerta

É preciso estar atento para algumas pistas que denunciam o consumo nocivo e o risco de dependência

Forte vontade
Se o desejo de beber aparece em horários incomuns, inclusive durante o expediente de trabalho, é fundamental buscar o domínio da situação.

Não há controle
É importante redobrar os cuidados ao perceber a dificuldade de frear as doses servidas e a facilidade de cair em uma condição de abuso rotineiro.

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Tensão sem bebida
Aumente a vigilância ao notar que só relaxa depois de uns drinques e que o álcool tem sido associado aos únicos momentos de bem-estar nos últimos tempos.

Centro das atenções
Busque apoio se a bebida se transformar em uma prioridade. Reflita se as obrigações e relações pessoais estão ficando em segundo plano.

Coquetel de encrencas

O abuso de álcool está por trás de mais de 200 tipos de doenças. Embora o fígado seja o principal órgão afetado, todo o corpo se ressente da bebedeira:

Cabeça
Quando a bebida é consumida em excesso, surgem distúrbios cognitivos com impactos na memória e no raciocínio.

Fígado
O etanol prejudica as células hepáticas e está por trás de um processo inflamatório que eleva a possibilidade de ter cirrose e câncer.

Peso
Além de ser calórico, o álcool interfere na sensação de saciedade e dispara sinais de fome. A combinação reflete na balança.

Fertilidade
Não bastasse estar por trás da disfunção erétil, há comprovação de que as bebedeiras afetam a qualidade dos espermatozoides.

Boca
Os porres promovem encrencas como a gengivite. Estudos também associam destilados ao maior risco de câncer bucal.

Coração
Doses extras causam a vasoconstrição, mecanismo que atrapalha a passagem do sangue e aumenta a pressão arterial.

Ossos
Há evidências de que o descontrole nos copos prejudica a mineralização óssea, favorecendo a temida osteoporose.

Aparelho digestivo
O álcool lesa as paredes do esôfago. No estômago e no intestino, a agressão continua, desencadeando inflamações.

Imunidade, um capítulo à parte

Quando uma doença contagiosa devasta todos os continentes, o sistema imunológico tem que estar tinindo. Então, maneirar ou abolir os drinques é uma boa estratégia. “O consumo abusivo de álcool prejudica a microbiota intestinal”, avisa Ricardo Barbuti, gastroenterologista do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

E, quando há desequilíbrio dos micro-organismos ali, sobe a probabilidade de substâncias inflamatórias viajarem pela circulação, abalando nossas defesas. “O processo também dificulta a absorção de vitaminas e minerais essenciais para a imunidade”, alerta o médico.

Afasta de mim esse cálice

Algumas atividades ajudam a tirar o foco da bebida:

Meditação
A prática, que alia postura, técnicas de respiração e o esvaziamento da cabeça, traz relaxamento e alivia as compulsões.

Atividade física
Mesmo em confinamento, nada de ficar parado. Exercícios estimulam os núcleos cerebrais que desencadeiam sensação de bem-estar.

Espiritualidade
Não importa a crença nem é necessário ter filiação religiosa, mas ligar-se ao que é transcendental impacta positivamente os desafios do dia a dia.

Interação social
Conversar com os amigos e familiares, seja por chamada de vídeo, seja pela ligação tradicional, reforça os laços, distrai a cabeça e traz acolhimento.

Música
Clássica, MPB ou o bom e velho rock and roll. A escolha é do ouvinte. Fato é que sons mexem com o ritmo cerebral e evocam memórias e sentimentos.

Leitura e jogos
Viajar pelas páginas dos romances ou se aventurar em partidas de xadrez, damas e outros jogos bota o cérebro para trabalhar, desviando de problemas.

Quando é tempo de tratar

O etanol atua em uma região do cérebro conhecida como núcleo accumbens, que tem tudo a ver com o prazer e a recompensa. Por isso, em quem apresenta predisposição ao alcoolismo, a exposição excessiva e constante à bebida pode acabar em dependência. “O processo é sorrateiro”, nota o psiquiatra Arthur Guerra.

Diante da desconfiança, um médico deve ser procurado para o diagnóstico e o tratamento adequados. Psicoterapia, orientação familiar, remédios, além de internação para desintoxicar o organismo, costumam ser indicados. Grupos como o AA (Alcoólicos Anônimos) têm feito encontros virtuais nessa fase de distanciamento social.

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OMS quer reduzir consumo de sódio em 30% e cria limites para processados

No início de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório que recomenda a redução em 30% do consumo de sódio no mundo até 2025. O objetivo é evitar boa parte das cerca de 3 milhões de mortes anuais ligadas à alta ingestão de sal, que causa hipertensão, entre outras doenças. No documento, a entidade criou uma lista com a quantidade máxima recomendada de sódio em certos alimentos processados, o que serviria como uma baliza para a indústria e os governos.

O ideal é que uma pessoa não passe das 5 gramas diárias do mineral (ou 2 gramas de sódio) por dia, um número que está distante da realidade do Brasil. Por aqui, a média de consumo por dia fica em 9,3 gramas de sal, segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O sal vem basicamente de três fontes. “Há o sódio intrínseco, que é naturalmente presente em alimentos como carnes, hortaliças, ovos e leite”, introduz Ana Vasques, doutora em nutrição e professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Tem o sódio que colocamos no preparo das refeições, na forma de sal de cozinha. E, por fim, o sódio que é adicionado em alimentos processados em diferentes formas”, completa.

Segundo Ana, os itens ultraprocessados são os que mais contribuem para o exagero desse nutriente nos dias de hoje. Até por isso a OMS avaliou dados de 41 países para elaborar aquela lista que aponta os limites ideais de diferentes produtos industrializados. Os dados de sódio são apresentados em miligramas — 1 grama equivale a 1000 miligramas (mg). Confira alguns exemplos:

  • Cookies e biscoitos recheados (porção de 100 gramas): 265mg
  • Bolos e rocamboles (porção de 100 gramas): 205mg
  • Batata chips (porção de 100 gramas): 500mg
  • Pizza congelada (porção de 100 gramas): 450mg
  • Sopas prontas (porção de 100 gramas): 1 200mg

A lista completa pode ser encontrada, em inglês, clicando aqui. A título de comparação, uma fatia de 77 gramas da pizza congelada sabor calabresa, da Seara, possui 560 miligramas de sódio, segundo a fabricante. Ela está acima do recomendado pela OMS.

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Para identificar o sódio dos diferentes produtos industrializados, de molhos prontos a bolachas, é preciso avaliar o rótulo. Fique de olho também nas porções apontadas na tabela nutricional e ao que elas representam na prática.

Veja exemplos de produtos encontrados nas prateleiras brasileiras:

  • Bolacha de chocolate recheada (porção de 30 gramas): 126mg
  • Lasanha congelada bolonhesa comum (porção de 300 gramas): 1 878mg
  • Lasanha congelada bolonhesa com redução de sódio (porção de 300 gramas): 774mg
  • Molho de soja tradicional (1 colher de sopa): 902mg
  • Refrigerante de cola (200 mililitros): 10mg

Claro que, em um mesmo preparo, dá para fazer várias porções para diferentes momentos. Mas se você colocar uma colher de chá de sal e consumir a refeição toda, saiba que já bateu sua cota diária só aí.

Além de ficar atento aos rótulos, modere no sal durante o preparo de alimentos. “Procure medir as quantidades com uma colher de chá em vez de adicionar com pitadas. Isso contribui para um melhor controle”, sugere Lígia dos Santos, nutricionista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. Uma colher de chá comporta, aproximadamente, 4 gramas de sal (2 gramas de sódio).

Outra armadilha bastante comum é deixar o saleiro em cima da mesa. Esconda-o e evite adicionar mais sal após o preparo.

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O papel da vitamina D na pandemia da Covid-19

Na corrida por tratamentos e medidas para frear a disseminação do coronavírus, o papel da vitamina D na imunidade nunca esteve tão em pauta. Porém, não é de hoje que cientistas e médicos vêm buscando entender a eficácia desse pró-hormônio no combate a infecções.

Estudos internacionais desenvolvidos nas últimas décadas já associavam os surtos sazonais de gripe a uma possível deficiência de vitamina D, que ocorre durante os meses de inverno, especialmente nos países de clima temperado. Nesses locais, as epidemias de influenza aparecem durante os períodos frios e praticamente desaparecem no verão.

Estamos falando de um pró-hormônio que, entre suas diversas funções no corpo, auxilia na absorção de cálcio e tem importante papel na função muscular, ou seja, atua como uma substância multifuncional, já que diversas células e tecidos possuem receptores para ela. A deficiência da vitamina está ligada a uma série de doenças, como as autoimunes, a osteoporose e as infecções do trato respiratório.

Diante desse histórico científico, desde o início da pandemia de Covid-19, há um ano, pesquisadores de diversos países têm buscado entender o papel da vitamina D na prevenção ou no tratamento da nova doença.

Resumidamente, quando o indivíduo apresenta baixos níveis de vitamina D, notamos um aumento no nível de moléculas que causam inflamação no organismo. São as chamadas citocinas, cujo excesso está associado a danos nos pulmões e ao agravamento do quadro de Covid-19, provocando insuficiência respiratória e até mesmo óbito.

A principal causa de morte por infecção pelo coronavírus tem sido a síndrome da deficiência respiratória grave, decorrente da liberação de citocinas inflamatórias em grande quantidade, a tempestade de citocinas. É por esse motivo que a vitamina D tem sido tão investigada nos últimos meses. De fato, um estudo da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, constatou que pessoas com deficiência do pró-hormônio tendem a ter sintomas graves da infecção.

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Considerando a literatura científica, chegamos à seguinte conclusão: a vitamina D contribui para o sistema imune funcionar bem e é de pressupor que níveis adequados ajudem o organismo num momento crítico.

Apesar de variável, sabemos que cerca de 60 a 70% da população brasileira entre 18 e 50 anos sofre com déficit de vitamina D. Durante o isolamento social, período no qual as pessoas se privam ainda mais da exposição solar, essa carência tem tudo para aumentar.

Sendo assim, junto com as medidas gerais de prevenção, é essencial que a população garanta níveis adequados de vitamina D, sobretudo aqueles já infectados, além de profissionais de saúde, idosos, pessoas que vivem em residências assistenciais e todos os que, por várias razões, não se expõem à luz do sol.

Nesses casos, a suplementação pode ser uma aliada. A Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) recomenda, em seu posicionamento sobre micronutrientes e probióticos na infecção por Covid-19, que a reposição via oral em doses seguras e suficientes fazem sentido, desde que prescritas por um especialista.

No caso dos idosos, tendo em mente que metade deles sofre com deficiência grave e praticamente 80% estão abaixo das concentrações desejáveis, a suplementação costuma ter um papel ainda mais relevante. Os benefícios à saúde óssea e muscular são bastante conhecidos, mas, no novo normal, devemos considerar também o aspecto da imunidade, uma vez que idosos fazem parte do grupo de maior risco para a infecção. No momento, um estudo do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, avalia justamente o impacto do nível de vitamina D em pacientes idosos internados com Covid-19.

Por último, vale reforçar que, muito além do papel e da reposição da vitamina, todos devem fazer sua parte, ainda mais com a vacinação em estágio inicial no país. Vamos continuar tomando os cuidados necessários, com distanciamento social, higienização das mãos e uso de máscaras para evitar a transmissão do vírus.

* Durval Ribas Filho é presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN)

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Qual é o papel dos probióticos no combate ao coronavírus?

Causada pelo vírus Sars-CoV-2, a Covid-19 se notabilizou por estar por trás da síndrome da angústia respiratória do adulto, um quadro grave que demanda cuidados médicos intensivos. Embora o nome do problema sugira apenas acometimento pulmonar, o organismo inteiro pode ser afetado pela doença, inclusive o trato gastrointestinal.

Aos olhos da ciência, o sistema digestivo deixou de ser visto apenas como um mero conjunto de órgãos que processam alimentos. Cada vez mais ele é compreendido como um sistema essencial ao equilíbrio do corpo e ao controle e tratamento de diversas doenças, inclusive a Covid-19.

A infecção pelo coronavírus, como muitas outras, acaba interferindo no equilíbrio da nossa microbiota — a comunidade de vírus, bactérias e fungos que habitam nosso organismo, especialmente o tubo digestivo. A consequência disso é um estado que chamamos de disbiose. Ele modifica o ambiente do nosso intestino, tornando-o mais poroso e facilitando a passagem de substâncias produzidas pelos agentes infecciosos para as camadas mais profundas da parede intestinal, o que atrai nossas células de defesa e promove uma inflamação na região.

Nosso sistema imune libera, nesse contexto, substâncias conhecidas como citocinas, que podem ganhar a circulação e interferir no organismo como um todo. Esse estado inflamatório também chega a ser percebido pelas terminações nervosas, que levam a informação ao nosso cérebro e, junto à ação das próprias citocinas, podem alterar seu funcionamento. Isso ocorre particularmente em uma região conhecida como hipotálamo, que se comunica com a hipófise, responsável por coordenar o trabalho de outras glândulas pelo corpo (tireoide, adrenal, ovários, testículos etc).

Ou seja, o impacto no aparelho digestivo pode refletir na produção de vários hormônios importantes, interferindo no metabolismo como um todo. Essa conexão pode esclarecer algumas das manifestações da Covid-19, sobretudo o estado de inflamação sistêmica desencadeado pela virose.

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Sabemos que o Sars-CoV-2 entra no organismo pelo sistema respiratório, ativando uma inflamação inicialmente nas vias aéreas. A questão é que, recentemente, a ciência percebeu que existe uma via de comunicação dos pulmões com o intestino — ela opera por meio de nervos e de células imunológicas como monócitos e linfócitos, que podem, literalmente, carregar o vírus da Covid-19 pelo corpo, inclusive até o intestino.

Essa linha de comunicação representa o que chamamos agora de eixo intestino-pulmonar. Ele permite que o vírus possa evitar a passagem pelo estômago e o duodeno, onde encontramos ácido clorídrico e outras substâncias capazes de aniquilar agentes infecciosos e comprometer sua jornada pelo organismo. Essa via também nos ajuda a entender o aumento da translocação de bactérias em infecções secundárias à Covid-19.

Uma maneira de nos proteger dessas repercussões é reequilibrar a microbiota e tratar a disbiose com probióticos, suplementos com bactérias bem-vindas à saúde. Isso poderia interferir nesses eixos e modular a evolução de uma infecção, eventualmente prevenindo a doença ou suas complicações.

Atualmente, existem mais de 27 estudos clínicos envolvendo quase 10 mil pessoas em andamento no mundo que têm como objetivo verificar como os probióticos podem auxiliar na prevenção e atuar como coadjuvantes no tratamento da Covid-19. A suplementação de vitaminas, minerais e probióticos aparece na maioria das pesquisas como terapia complementar, no sentido de otimizar a resposta imunológica e contribuir com o restabelecimento do paciente.

Estamos na expectativa pelos resultados, uma vez que se abre, com os probióticos, a possibilidade de termos mais uma arma para ajudar a deter a doença que infectou mais de 150 milhões de pessoas pelo planeta.

* Ricardo Barbuti é médico assistente do Departamento de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

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Receita: abobrinha cremosa

Aos apaixonados por abobrinha, chegou uma receita
superprática, rápida e deliciosa que pode servir como opção para complementar
diversos pratos, como macarrão, escondidinho, mas também fica uma delícia
sozinha. Bora anotar?

Ingredientes que você vai precisar:

2 abobrinhas grandes;

1 cebola média;

1 cenoura grande ralada;

3 dentes de alho amassados;

3 colheres de requeijão;

Páprica;

Orégano;

Sal;

Pimenta.

Modo de preparo

Coloque a cebola picada e os alhos
amassados numa panela com azeite e deixe dourar.

Adicione as duas abobrinhas picadas
em cubos pequenos e a cenoura ralada e tempere a gosto, com sal, pimenta,
orégano e páprica.

Acrescente um pouco de água para
cozinhar e deixe em fogo baixo por 20 minutos.

Adicione as três colheres de
requeijão, mexa e sirva como preferir.

Essa opção de abobrinha cremosa fica
uma delícia com arroz e feijão, e até como recheio no escondidinho.

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O jejum pode te distanciar do projeto de emagrecimento

A prática do jejum é antiga e associada com várias religiões. E tudo bem! O problema é quando os valores sagrados que a revestem ou outras questões ideológicas se confundem com as evidências científicas, gerando a impressão de que períodos prolongados sem a ingestão de alimentos causam uma “limpeza” no corpo e promovem o emagrecimento sustentável. Isso não faz muito sentido, mas vamos começar entendendo os argumentos de quem defende o tal jejum intermitente.

Alguns alegam que ele melhora a glicemia de pessoas com diabetes. A queda aguda da glicose no sangue é mesmo esperada justamente pela falta de alimentos que ofertam essa substância. Mas se o indivíduo compensar comendo mais depois, a glicemia pode ter picos nocivos. Fora que o período de jejum favorece a hipoglicemia, que é bastante perigosa. No fim, a glicemia elevada é só a mensageira que avisa que algo está errado. Baixá-la temporariamente é que nem fugir do carteiro para não pagar a conta de luz.

Outro ponto valorizado por quem defende o jejum intermitente é a diminuição da pressão arterial. E sim, isso também acontecerá agudamente, porque 30% da água que necessitamos vem da ingestão alimentar. Sem esse volume de líquido no corpo, a circulação sanguínea fica menos congestionada, o que faz a pressão cair. Mas, de novo, essa taxa volta a subir quando a pessoa se alimenta.

E por último, há o papo de que Yoshinori Ohsumi, ganhador do prêmio Nobel de Medicina em 2016, defende o jejum intermitente. Isso não é verdade: ele estudou mecanismos de restrição calórica em leveduras, que são uma espécie de fungo. Acredite: você é muito mais do que uma levedura.

Até por essa ligação com práticas religiosas, o jejum gera uma sensação de “libertação” da gordura corporal, muitas vezes vista como algo “não digno” na nossa cultura. Parece fácil adotar um método de perda de peso em que você pode comer à vontade — basta eleger períodos em que nada vai para a boca (os protocolos variam muito).

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No dia a dia, o resultado não é bem assim. O jejum representa para o organismo uma situação de risco e estresse severo. Teremos hormônios, como o cortisol, sendo liberados para nos preparar para um período de escassez. Como consequência, perderemos músculos para diminuir nosso gasto calórico diário. O nosso corpo funciona como uma empresa: diante da previsão de vacas magras, ele se antecipa e corta as “despesas” para preservar a sobrevivência. Mas perder os músculos é sinônimo de menor qualidade de vida e de maior dificuldade para emagrecer no longo prazo.

Os sinais de que algo está fora do controle já aparecem nos primeiros momentos do jejum. A dor de cabeça sinaliza que o cérebro está se ressentindo da falta de seu nutriente predileto, a glicose, oriunda principalmente dos carboidratos. A sensação de tontura ao se levantar da cama ou de uma cadeira também é comum.

As pessoas que nos cercam também podem identificar alterações promovidas pelo jejum intermitente — embora nem sempre relacionem as duas coisas. Uma é a exalação de um odor forte pelo corpo, decorrente da cetose. Ela é consequência da oxidação incompleta da gordura (isso mesmo, incompleta).

Outro sinal percebido pelos mais próximos será a alteração de humor. Alteração negativa, é claro! Ficamos rabugentos, intolerantes e passíveis de dar respostas atravessadas sem a menor necessidade.

Mas, entre essas e outras consequências, uma das que mais me preocupa é a de como o jejum intermitente transforma a nossa relação com a comida em uma luta. Se precisamos nos distanciar dos alimentos para emagrecermos e sermos “dignos”, eles não são nossos “amigos”! Esse pensamento inclusive nos aproxima dos distúrbios alimentares.

Práticas como a do jejum intermitente não se sustentam, e podem distanciar você do seu objetivo. Lembre-se de que o alimento não é o vilão da história: nós precisamos de nutrientes diariamente. Supostos atalhos na busca por uma alimentação balanceada tendem, no fim das contas, a atrasar ou sabotar nossos projetos de emagrecimento.

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