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Pesquisa aponta cinco grandes tendências na alimentação dos brasileiros

Depois de se debruçar sobre mais de 83 mil posts e quase 20 mil matérias publicadas na internet, uma pesquisa realizada pelo BHB Foods e Suplementos, plataforma da consultoria Equilibrium Latam, e pela Decode, braço de inteligência de dados do grupo BTG Pactual, ilumina cinco grandes tendências na alimentação de parcela expressiva dos brasileiros. A análise, concluída em outubro deste ano, contempla conteúdos e menções feitos em redes sociais como Instagram e sites como Google News e YouTube.

O levantamento aponta movimentos entre os consumidores e a indústria alimentícia cada vez mais enraizados no país e que prometem crescer nos próximos anos. São eles: a ascensão da dieta plant-based, a procura por produtos clean label, a preferência pela proteína como ingrediente, o equilíbrio entre alimentação saudável e momentos indulgentes e o uso de suplementos.

O movimento plant-based

O termo em inglês faz referência a um cardápio mais baseado em vegetais. É uma das tendências em expansão lá fora e ganha força no Brasil. Abriga sob seu guarda-chuva adeptos do vegetarianismo e do veganismo, que vetam produtos de origem animal, mas também os flexitarianos, que procuram reduzir o consumo de carne e priorizar os vegetais.

Só no YouTube, segundo a pesquisa, o volume de visualizações de vídeos sobre dietas plant-based cresceu três vezes nos últimos sete anos — são mais de 900 mil views em 2020. “A sociedade está cada vez mais convencida de que, além de olhar para a própria saúde, precisa pensar na sustentabilidade. Muitas pessoas percebem que não é só a sua dieta que está em jogo, mas todo um sistema para alimentar o planeta“, avalia a nutricionista Carolina Godoy, diretora de transformação digital da Equilibrium Latam.

É dentro dessa proposta que, atentos inclusive às recomendações de estudos e especialistas, mais brasileiros passam a limitar o espaço da carne e de outros alimentos de origem animal, e abrir o prato e a despensa a frutas, legumes, verduras e produtos feitos com vegetais.

O estudo mostra que o interesse pelo veganismo decolou 941% nos últimos oito anos e cresceu a busca no Google por receitas como bolo vegano. O vegetarianismo também está na onda, com buscas se elevando em 20%. Nas redes sociais, o tema ainda vem cercado de dúvidas e emoções como revolta e satisfação. “Também precisamos lembrar que ser vegetariano não significa automaticamente ter uma alimentação mais saudável. Tem gente que muda o padrão alimentar, mas acaba ingerindo muito açúcar ou gordura”, pondera Carolina.

O apelo do clean label

Mais uma expressão gringa que tomou conta dos consumidores e da indústria de alimentos. Ao pé da letra, quer dizer “rótulo limpo”. “Ainda não há uma definição exata do que isso representa do ponto de vista regulatório. A ideia geral é a de um produto com menos ingredientes, sem aditivos como corantes e conservantes“, conta a diretora da Equilibrium.

O clean label traduz um sentimento em alta nos mercados: a busca por alimentos mais naturais e menos manipulados. Faz sentido: estudos associam o consumo excessivo de alimentos industrializados (sobretudo os ultraprocessados) a maior risco de obesidade, diabetes e outras doenças crônicas.

Eis uma tendência inclusive nos consultórios dos nutricionistas. “Fizemos uma pesquisa com esses profissionais e descobrimos que o aspecto mais determinante para a prescrição dos alimentos é a sua lista de ingredientes”, revela Carolina. É a máxima do quanto menos, melhor.

Segundo o trabalho da Decode e do BHB, o Brasil já é a terceira nação no ranking das que mais buscam por “clean label” na internet.

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Dá-lhe, proteína!

Não é de hoje que, entre os macronutrientes ela é a queridinha do público, deixando carboidrato e gordura a ver navios. As pessoas ligam o ingrediente a mais saciedade e músculos, pra começo de conversa. “A proteína já é culturalmente absorvida como algo que ajuda a ter saúde e boa forma”, nota a nutricionista.

No Google, mostra o levantamento, abundam buscas que remetem a esse universo: dieta à base de proteína, proteína de soja, ovo, whey protein… Mas o volume de visualizações de vídeos sobre o assunto no YouTube caiu 90% nos últimos quatro anos. Sinal, acredita Carolina, de que o tema já não é novidade para o brasileiro.

Ainda assim, a indústria não para de lançar produtos estampando na embalagem a quantidade ou o incremento de proteína. Barrinha, achocolatado, sopa… Praticamente tudo pode ser enriquecido com a vedete dos macronutrientes.

A pesquisa constata que as pessoas também caçam fontes proteicas alternativas, o que pode ter a ver justamente com o movimento plant-based. Com menos gente comendo produtos de origem animal, ganham evidência receitas à base de leguminosas, conhecidas no setor pelo termo “pulses” (lentilha, ervilha, grão-de-bico e companhia).

A doce indulgência

Outra tendência examinada pelo estudo é a dos chamados alimentos indulgentes. A corrente também tem nome em inglês mais famosinho: comfort food. A ideia aqui é recorrer ao alimento como uma fonte de prazer. Vale uma bomba de chocolate, um hambúrguer ou aquela receita caprichada de lasanha da vovó.

“Com a pandemia, observamos um aumento na procura por receitas saudáveis mas também de pratos mais gourmets”, diz Carolina. O desafio aqui é conciliar um cardápio balanceado com esses momentos abertos a alimentos gostosos, mas um tanto desequilibrados do ponto de vista nutricional.

No fundo, é questão de bom-senso. E, pelo que sugere o levantamento da Decode e do BHB, o brasileiro está cada vez mais antenado a isso: nos últimos três anos, cresceu a preocupação com produtos ultraprocessados e seus malefícios à saúde.

O boom dos suplementos

A venda desses produtos se ampliou na pandemia, com muita gente comprando vitaminas e afins em prol da imunidade. O levantamento, porém, focou em outra categoria que já vinha em ascensão e não deve parar: a dos suplementos esportivos.

Creatina, BCAA, maltodextrina, albumina e whey protein são os produtos líderes de audiência no meio digital — vídeos sobre eles somam quase 19 milhões de visualizações no YouTube entre 2012 e 2020. A maioria das pessoas quer saber na internet como usá-los (dose, horário, perfomance etc). E praticamente 60% está atrás deles para ganhar massa muscular. Entre os produtos que fazem sucesso no segmento fitness, chama a atenção a busca por snacks proteicos.

Embora a tendência possa refletir preocupação com o corpo, não deixa de despertar a atenção dos profissionais de saúde. “Muita gente vai atrás desses conteúdos e produtos sem procurar um nutricionista”, afirma a diretora da Equilibrium. A questão é que exagerar na dose ou ignorar a presença de doenças prévias pode levar a reveses — daí a sugestão de sempre falar com um especialista primeiro e não dar ouvidos a qualquer influencer por aí.

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Dia do Trigo: saiba os benefícios de um dos cereais mais consumidos do mundo.

Os primeiros registros do cultivo do trigo são do Egito e de regiões próximas a esse país devido ao clima favorável para o desenvolvimento do cereal. Trazido ao Brasil pelos portugueses, ele se adaptou muito bem ao solo, o que nos tornou um dos maiores produtores do mundo.

Considerado um dos alimentos mais importantes da dieta humana, é uma ótima fonte de energia, por ser rico em carboidratos. Possui vitaminas e minerais essenciais e libera a serotonina, um neurotransmissor que atua no cérebro como regulador do humor, do sono, do apetite e do ritmo cardíaco, além de ajudar no controle da temperatura corporal e na sensibilidade a dor.

A alta concentração de fibras presente no trigo auxilia na atividade intestinal, no controle da glicemia e volume de gordura no sangue e atua também na sensação de saciedade, mas é preciso ficar atento, já que o consumo em excesso pode trazer malefícios, como acúmulo de gordura, que gera problemas como diabetes, hipertensão e outros.

O glúten também está presente nesse cereal e costuma ter fama de vilão para algumas pessoas que têm intolerância ou a doença celíaca. Esse público precisa evitar o consumo do trigo para não ter crises. 

O tão amado pãozinho, se consumido com moderação, não trará nenhum tipo de malefício. Escolha da forma correta, por meio de uma alimentação balanceada, e você poderá comer todas as delícias que o trigo proporciona, como massas, bolos e muito mais.

Fontes: AFNews e Pão de Açúcar Content.

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Dieta monótona: dez alimentos compõem quase metade do consumo no Brasil

A dieta do brasileiro está monótona. Um estudo do professor de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Walter Belik mostra que dez produtos concentram quase metade do consumo alimentar no país. Para ser exato, arroz, feijão, pão francês, carne bovina, frango, banana, leite, refrigerantes, cervejas e açúcar cristal compõem mais de 45% do cardápio do brasileiro, enquanto representam cerca de 35% do seu gasto em alimentação.

Isso equivale a muito carboidrato e pouca variedade de vitaminas. Para ter uma ideia, as despesas mensais dos brasileiros com o pão francês (cerca de R$ 1,2 bilhão) são quase o dobro do valor gasto com banana (R$ 410 mi), laranja (R$ 163 mi) e maçã (R$ 162 mi) juntos. O pão de sal – como também é conhecido em algumas regiões – supera ainda em despesas o arroz (R$ 821 mi) e o feijão (R$ 408 mi). A dupla mais tradicional do país, aliás, também perde para os refrigerantes (R$ 831 mi) e as cervejas (R$ 693 mi). Os alimentos campeões em despesas são as carnes bovina (R$ 2,8 bi) e de frango (R$ 1,7 bi).

Realizado em parceria com o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e apoiado pelo Instituto Ibirapitanga e Instituto Clima e Sociedade, o estudo aponta que os legumes e verduras correspondem apenas a cerca de 4% do consumo alimentar. É a mesma porcentagem das frutas.

“A manutenção do arroz, como carboidrato, e do feijão, como proteína vegetal, é algo esperado para o cardápio do brasileiro. O que chama a atenção é a prevalência da cerveja, dos refrigerantes e do açúcar cristal”, comenta Mariana Staut Zukeran, nutricionista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. “São itens que, numa alimentação equilibrada, devem ser consumidos esporadicamente”, arremata.

A especialista destaca também o fato de só uma espécie de fruta — e nenhum legume ou verdura — estar na lista das comidas mais consumidas. “Não há diversidade de vegetais e faltam legumes, variedade de frutas e alimentos ricos em fibra”, acrescenta.

Industrializados ganham espaço nas mesas

O estudo ressalta também que, nas últimas décadas, houve um grande crescimento na ingestão dos produtos industrializados, em detrimento dos naturais. Enquanto o consumo de alimentos in natura caiu 7% entre 2002 e 2018, os processados e ultraprocessados subiram 18% e 46%, respectivamente. Já a compra de refeições prontas, como lasanhas e pizzas congeladas, aumentou 250%.

Mesmo os alimentos naturais de maior relevância na dieta do brasileiro, como arroz, feijão e leite, tiveram queda de 40% no consumo, em média, durante o período analisado. O pão de sal, por sua vez, teve aumento de 23%. Para os autores do estudo, a mudança de hábito é causada por fatores como falta de tempo, preço atrativo e exposição à propaganda.

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A publicação acrescenta que o desequilíbrio na dieta não se restringe a uma classe social. Um exemplo é crescimento do consumo de ultraprocessados, muito mais relevante entre os mais ricos. Enquanto esses alimentos compõem 1,7% da cesta de quem recebe até dois salários mínimos, entre os que ganham mais de 25 salários, a proporção chega a quase 6%.

“Quando consumimos mais alimentos ultraprocesssados e reduzimos os naturais, temos um maior risco de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes e hipertensão”, informa Mariana. “A alimentação saudável não precisa ser cara. E existem soluções, como substituir o refrigerante por consumo de água para hidratação. Ou estimular a compra de verduras, legumes e frutas da época, que são mais baratas”, complementa

Monocultura e pecuária dificultam diversidade

A pesquisa afirma que o potencial de diversidade de culturas, proporcionado pelo amplo território e diferenças climáticas no Brasil, tem sido subaproveitada em termos de ofertas para o consumo. Com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi identificado que apenas 36 espécies de frutas ocupam uma área de cultivo de 1,7 milhão de hectares. Duas frutas são responsáveis por quase metade dessa produção: laranja (29,7%) e banana (18,2%).

Outro ponto levantado pelo documento é o consumo exacerbado de carne pelos brasileiros. Segundo o coordenador de Geoprocessamento do Imaflora, Vinicius Guidotti, a vasta área exigida para a pecuária é um empecilho para a diversidade de cultivo nas regiões.

“A compra excessiva de carne acaba envolvendo essa engrenagem. A pecuária ocupa um espaço quase três vezes maior que a agricultura”, afirma. Apesar disso, a agricultura é responsável por oferecer um maior número de proteína e energia à população.

Por isso, Guidotti reforça que o consumidor tem um importante papel para a mudança desse cenário: “Ao substituir proteínas da carne para outras de origem vegetal, você priorizará a produção agrícola. Não quer dizer que todos precisam virar vegetarianos, mas, ao balancear a alimentação, você também ajuda a diversificar a nossa produção”, conclui.

*Este conteúdo é da Agência Einstein.

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Conheça todos os tipos de banana.

Você sabia que existem quase mil tipos de banana espalhados pelo mundo e que a população brasileira é conhecida como uma das que mais consomem a fruta?

Energética, com pouca gordura, rica em vitamina A, B1, B2, C e de alto valor nutricional, a banana é deliciosa, traz sensação de saciedade e não contribui para o aumento de peso, se consumida com moderação.

Conheça algumas de suas variedades e como consumi-las!

Banana-nanica

É um dos tipos mais populares e tem esse nome pelo pequeno tamanho da bananeira. Cada cacho pode render até 150 bananas, e é uma ótima opção para ser usada em vitaminas e sucos.

Banana-da-terra

É o tipo com mais quantidade de vitaminas A e C. No Brasil, é a preferida das regiões Norte e Nordeste. Deve ser cozida, frita ou assada antes de consumida.

Banana-prata

É considerada uma das mais duráveis, podendo ser consumida até quatro dias depois de amadurecer. É a mais indicada para fazer doces, como a bananada.

Banana-maçã

Tem sabor doce e agradável e é recomendada para bebês e idosos, pois sua digestão é mais fácil. Ótima opção para ser consumida in natura.

Qual é a sua favorita?

Referência: Site Somos Verde.

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Você sabe o que são alimentos funcionais e seus benefícios?

Você provavelmente já leu ou escutou alguma matéria de nutricionistas falando sobre alimentos funcionais. Mais do que apenas nutrir, esse tipo de alimento colabora na prevenção de doenças, no emagrecimento e muito mais.

É importante ressaltar que esse tipo de alimento não pode ser encarado como medicamento, mas pode colaborar para uma vida mais saudável que, consequentemente, promove equilíbrio e bem-estar.

Conheça alguns desses alimentos

Tomate e derivados, goiaba vermelha, pimentão vermelho e melancia
Apresentam licopeno, que tem como benefício a ação antioxidante, a redução dos níveis de colesterol e podem até mesmo prevenir alguns tipos de câncer, como o de próstata.

Cenoura, manga, abóbora, pimentão vermelho e amarelo, acerola e pêssego

Ricos em betacaroteno, têm como um dos principais benefícios a ação hipotensiva, que colabora na redução da pressão arterial.

Aveia, centeio, cevada, leguminosas como feijão, ervilha, lentilha e frutas com casca

Têm fibras solúveis, insolúveis e beta-glucana (da aveia). Esses componentes podem auxiliar na redução do câncer de cólon e contribuir para o bom funcionamento do intestino. As fibras solúveis auxiliam no controle da glicemia, diminuem os níveis de colesterol e aumentam a sensação de saciedade. Fique atento às quantidades.

Alho e cebola

A dupla tem sulfetos alílicos, que auxiliam na redução do colesterol, da pressão sanguínea, do câncer gástrico e colaboram no sistema imunológico.

A combinação desses alimentos pode trazer ainda mais benefícios. Evite os industrializados e busque fontes naturais para manter sua saúde em dia.

Referência: Hospital Einstein.

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O papel da alimentação na prevenção do câncer de mama

O câncer de mama é um dos principais problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. Com o Outubro Rosa, temos uma ótima oportunidade de conversar sobre a importância de uma alimentação saudável na prevenção da doença.

Quando falamos de câncer de mama, estamos nos referindo a uma série de doenças que têm, em comum, o fato de levar à proliferação descontrolada de células na glândula mamária, às vezes acompanhada da invasão de outros órgãos (processo conhecido como metástase). Além disso, o mesmo tipo de câncer de mama pode se desenvolver em diferentes mulheres por meio de variadas trajetórias metabólicas, celulares e moleculares. Isso dependerá de fatores genéticos, bem como das exposições ambientais e do estilo de vida.

Embora as pesquisas e os tratamentos voltados ao problema tenham avançado consideravelmente nas últimas décadas, não sabemos, ainda, as suas causas exatas, e preferimos falar de fatores que aumentam ou diminuem seu risco. Em 5 a 10% dos casos, o fator genético é o preponderante. Mulheres com mutações no gene BRCA1, por exemplo, apresentam maior probabilidade de desenvolver a doença.

Entretanto, na grande maioria dos casos, o fator ambiental e o estilo de vida são os mais determinantes. Em especial, podemos destacar o padrão da alimentação. Pesquisas mostram que diferentes componentes dos alimentos (macro e micronutrientes, assim como compostos bioativos) podem impactar a saúde celular por meio da modulação de diferentes processos envolvidos com o surgimento do câncer de mama. Os mecanismos de ação são bastante complexos e motivo de investigação científica crescente.

O peso da alimentação nesse contexto ganha cada vez mais relevância, como demonstra a manifestação do Instituto Nacional de Câncer (Inca): “Entre as medidas que contribuem para prevenir o câncer de mama estão a adoção de comportamentos protetores, como seguir uma alimentação saudável, praticar atividades físicas com regularidade, evitar bebidas alcoólicas e manter o peso adequado. Essas ações são capazes de evitar 28% de todos os casos da doença”. Vale a pena reforçar que essa porcentagem não é desconsiderável e um número significativo de mulheres poderia se beneficiar adotando tais medidas.

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O último relatório do Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer e do Instituto Americano de Pesquisa do Câncer reforça o papel de uma dieta saudável na prevenção do câncer de forma geral, incluindo o de mama. Consideramos as recomendações dessas instituições as mais robustas hoje para fazer da alimentação uma aliada na redução do risco dessas doenças. Podemos resumir algumas das principais orientações da seguinte maneira:

  • Mantenha o peso adequado;
  • Siga fisicamente ativo;
  • Consuma uma dieta rica em vegetais (frutas, verduras, leguminosas, grãos integrais…);
  • Limite o consumo de fast food e alimentos processados ricos em gordura, amido e açúcar;
  • Modere na carne vermelha e processada;
  • Reduza a ingestão de bebidas açucaradas;
  • Diminua o consumo de bebida alcoólica;
  • Para as mães: amamentem seus bebês.

Tais medidas valem inclusive após o diagnóstico do câncer, com os eventuais ajustes necessários. O documento dessas entidades ainda indica não fumar e evitar a exposição excessiva ao sol para prevenir tumores. Pensando em evitar o câncer de mama, também são bastante úteis as recomendações baseadas em evidências listadas pela Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos — faz parte do pacote evitar embutidos e comer mais vegetais.

É importante notar que o câncer de mama pode levar décadas para se desenvolver. Isso indica que sempre é tempo de começar a se cuidar e adotar uma alimentação mais saudável. Além disso, pesquisas experimentais do nosso grupo na Universidade de São Paulo mostram que a dieta da mãe durante a gestação e a amamentação pode afetar o desenvolvimento da glândula mamária do feto e do recém-nascido, influenciando no risco da doença na idade adulta.

De forma bastante interessante, nossos estudos com roedores foram também os primeiros a indicar que a má alimentação do futuro pai pode alterar padrões nos espermatozoides e, com isso, aumentar o risco de câncer de mama nas filhas. Caso esses achados se confirmem em seres humanos, poderemos ter no futuro novas estratégias de prevenção do câncer de mama. Enquanto essas pesquisas avançam, o mais prudente é que as mães e os pais busquem ter uma alimentação equilibrada tanto na fase de pré-concepção como na gestação e na lactação (no caso das mulheres).

Finalizo com a mensagem de que o câncer de mama é uma doença que pode e deve ser prevenida. Neste Outubro Rosa, aproveite para rever seus hábitos alimentares e propagar essas informações para a família e os amigos. A prevenção começa já!

* Thomas Prates Ong é professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), pesquisador do Food Research Center (FoRC) e membro do Conselho Científico do ILSI Brasil

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Cuidado com a cafeína durante a gravidez

Uma revisão de 48 estudos observacionais e outras análises publicada no jornal BMJ Evidence-Based Medicine traz um alerta para as grávidas: a maioria das evidências indica que a ingestão de cafeína (principal componente do café) eleva o risco de problemas nessa fase, como aborto espontâneo, morte do feto, baixo peso ao nascer ou tamanho pequeno para a idade gestacional.

Para os autores da investigação, o correto seria evitar a substância na gestação. A nutricionista Marisa Coutinho, do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo, conta que os possíveis efeitos têm a ver com o poder estimulante da cafeína.

Mas, segundo ela, o segredo é não passar de 100 miligramas e não ingerir todo dia. “As pessoas costumam focar muito no café, mas devemos lembrar que outros produtos levam a substância”, frisa. Sem falar que a concentração também varia dentro de um mesmo alimento.

Onde está a cafeína

Embora o café seja o reduto mais famoso da substância, está longe de ser o único. Por isso, grávidas não precisam considerar todos os alimentos com cafeína ingeridos na rotina. Veja abaixo.

+ Refrigerante de cola (300 mililitros)
35 mg de cafeína

Vale frisar que a bebida de guaraná não é isenta: tem uns 4 mg de cafeína

+ Chás verde e preto (200 mililitros)
30-60 mg de cafeína

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O mate também possui cafeína — de 20 a 30 mg

+ Chocolate ao leite (40 gramas)
10 mg de cafeína

Atenção: quanto maior o teor de cacau, mais cafeína

+ Energéticos (250 mililitros)
80 mg de cafeína

Algumas dessas bebidas concentram um teor até maior da substância

+ Café filtrado (200 mililitros)
80 mg de cafeína

Já uma xícara de expresso (30 ml) leva cerca de 75 mg do composto

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A dieta deve ser abordada no checkup médico

Em sua última diretriz, a Associação Americana do Coração afirma que passou da hora de a alimentação ser contemplada nas consultas de checkup. Afinal, não é novidade que os hábitos à mesa influenciam na incidência de doenças cardíacas. De acordo com o documento, há questionários que levam poucos minutos para serem respondidos e já dão uma bela noção da dieta do paciente.

A médica Glaucia Moraes, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, é só elogios para a iniciativa. “Orientações básicas sobre alimentação deveriam ser rotina para todo profissional de saúde que atua com a avaliação periódica de riscos”, resume a cardiologista.

A seguir, veja perguntas básicas dizem muito sobre a dieta e riscos à saúde:

Come vegetais?

A presença de frutas, verduras e legumes no cotidiano é ligada a vários benefícios, já que são itens ricos em fibras, vitaminas, minerais, antioxidantes… Um time de respeito.

Investe em grãos integrais?

Arroz, aveia, milho, trigo e companhia entregam fibras, que auxiliam na manutenção do colesterol. As substâncias ainda estão nas leguminosas.

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Qual a frequência de ingestão de carne?

O bife bovino concentra gordura saturada, versão que devemos ingerir com moderação. Entre outros motivos, seu abuso eleva o colesterol ruim.

Costuma consumir embutidos?

O ideal é evitar salame, salsicha, presunto… Eles são abastecidos de sódio, gorduras saturadas e outros aditivos, mix que castiga a saúde.

Como é o uso de sal?

O ingrediente é a nossa grande fonte de sódio. Só que, em excesso, o mineral abala as artérias e faz a pressão subir, favorecendo a ocorrência de doenças cardiovasculares.

Pula o café da manhã?

De acordo com Glaucia, ignorar a primeira refeição do dia não é legal porque interfere na liberação de diversos hormônios, como insulina e glucagon.

Como é o consumo de doces, refris e sucos?

Assim como o sal, o açúcar exige parcimônia. Sobretudo porque se entupir de doçura contribui para a obesidade, quadro que ameaça o peito.

Os peixes fazem parte do cardápio?

Sardinha, atum e salmão contêm ômega-3, uma gordura anti-inflamatória que é amiga do coração. Chia e linhaça também ofertam o nutriente.

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Você sabe qual é a importância de dormir bem?

Uma noite bem dormida, além de promover ótimas sensações, um dia seguinte bem humorado e cheio de energia, também traz outros diversos benefícios. O recomendado é dormir de 6 a 8 horas por noite e, sim, esse é o tempo considerado necessário para que o corpo se recupere e possa funcionar da maneira correta. Saiba a seguir três benefícios que uma noite bem dormida proporciona ao seu corpo.

1. Fixação da memória e dos novos aprendizados

É durante o sono que ocorre a produção de proteínas responsáveis por construir as conexões entre os neurônios. Nesse momento o cérebro organiza as informações que estão acumuladas, guardando as importantes e descartando as desnecessárias. É nesse período também que tudo que aprendemos durante o dia é consolidado.

2. Melhora do desempenho físico

O GH, conhecido como hormônio do crescimento, é produzido durante as noites de sono profundo, é por isso que falamos para as crianças que elas precisam dormir para crescer, já na fase adulta, esse hormônio é responsável por manter o tônus muscular, melhorar o desempenho físico e evitar o acúmulo de gordura.

3. Colaboração no controle de peso

Durante o sono o corpo produz a leptina, um hormônio que gera a sensação de saciedade. Se você não dorme, seu corpo provavelmente está fazendo com que você consuma mais calorias ao longo do dia. Então se alimente bem e descanse!

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Vai mudar tudo nos rótulos dos alimentos

Depois de aproximadamente seis anos de análises e discussões, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu como será o novo padrão de rotulagem de bebidas e alimentos industrializados no Brasil.

A mudança mais importante diz respeito a um símbolo de lupa que aparecerá na parte da frente da embalagem caso o produto em questão apresente quantidades elevadas de um dos seguintes ingredientes: açúcar, sódio ou gordura saturada.

Veja exemplos de modelos:

 

<span class="hidden">–</span>Divulgação Anvisa/SAÚDE é Vital

“A lupa foi o símbolo que se mostrou o melhor veículo para cumprir o objetivo principal da norma, que é comunicar ao consumidor o que ele está adquirindo”, comenta Alessandra Bastos, diretora relatora da Anvisa.

Sobre a escolha da trinca de ingredientes, ela diz: “Com base em todos os dados que avaliamos, eles são os que sabidamente apresentam maior risco à saúde pública, caso ingeridos de maneira inadequada”, explica.

Alessandra espera que, com a nova norma, as empresas do setor se esforcem para utilizar ingredientes cada vez melhores em seus produtos e em doses adequadas – beneficiando, em última instância, o consumidor.

Embora reconheça o avanço em relação ao sistema de rotulagem atual, o Instituto de Defesa do Consumidor, o Idec levanta algumas críticas. “Esse modelo de lupa não está baseado em evidências científicas. Ou seja, não há comprovação de que realmente atinja seus objetivos regulatórios, como dar mais informações para o consumidor fazer melhores escolhas”, aponta Teresa Liporace, diretora-executiva do Idec.

A instituição, vale lembrar, defendia o uso de um modelo de advertência em formato de triângulo preto – ideia similar à adotada pelo Chile e cuja eficácia já foi atestada em pesquisas.

Outro ponto que desagrada o Idec diz respeito aos limites estabelecidos pela Anvisa para considerar se determinado produto deve levar o símbolo frontal de excesso de sódio, açúcar ou gordura saturada.

A seguir, veja os valores máximos para cada um.

Açúcares adicionados

O produto estampará a lupa se tiver:

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+ Quantidade maior ou igual a 15 g de açúcares adicionados por 100 g do alimento (sólido).
+ Quantidade maior ou igual a 7,5 g de açúcares adicionados por 100 ml do alimento (líquido).

Gorduras saturadas

O produto estampará a lupa se tiver:

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+ Quantidade maior ou igual a 6 g de gorduras saturadas por 100 g do alimento (sólido).
+ Quantidade maior ou igual a 3 g de gorduras saturadas por 100 ml do alimento (líquido).

Sódio

O produto estampará a lupa se tiver:

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+ Quantidade maior ou igual a 600 mg de sódio por 100 g do alimento (sódio).
+ Quantidade maior ou igual a 300 mg de sódio por 100 ml do alimento (líquido).

Na visão de Teresa, os limites são pouco rigorosos. “Na prática, vários produtos que não são considerados saudáveis por conterem grande quantidade desses ingredientes não exibirão a advertência”, diz. Ela exemplifica: “Hoje, muitos biscoitos recheados não receberiam o selo de alto teor de gorduras saturadas, somente o de açúcar”.

E, para o Idec, um quarto ingrediente deveria receber atenção: os edulcorantes. “Sabemos que há um movimento de recorrer a eles para evitar o selo do excesso de açúcar. Isso é um problema, sobretudo para crianças”, raciocina Teresa. “Pesquisas apontam que há riscos associados ao excesso dessas substâncias”, acrescenta.

Segundo Alessandra, da Anvisa, todas as críticas foram consideradas – e as justificativas para os caminhos seguidos constam em relatórios. De qualquer maneira, ela garante que as decisões são dinâmicas. “Vamos monitorar a efetividade da norma. Se notarmos que de fato faltou algo, ou que melhorias podem ser realizadas, investiremos em alterações”.

Tem mudança na tabela nutricional também

Ainda que a presença da lupa seja o principal destaque na nova rotulagem, o consumidor vai se deparar com outros ajustes. A tabela de informações nutricionais, por exemplo, terá somente letras pretas em um fundo branco, com tamanho razoável. O objetivo é melhorar a legibilidade.

Na lista em si, será possível encontrar um dado precioso, sobre o qual não temos informação atualmente: o teor de açúcar adicionado. Trata-se daquele acrescentado artificialmente aos produtos – e mais perigoso à saúde.

Para facilitar a vida das pessoas, os fabricantes terão que declarar os valores nutricionais com base em 100 gramas ou 100 mililitros em todos os produtos. Assim, será mais fácil fazer comparações de itens de categorias diferentes, como um iogurte e uma barrinha de cereal.

Quando a medida entra em vigor

A Anvisa estabeleceu que os fabricantes têm dois anos para se adequar às medidas e modificar seus rótulos. “Se o tempo fosse menor do que esse, talvez as empresas não conseguissem cumprir a norma”, explica Alessandra, lembrando que é preciso comprar materiais e ajustar processos produtivos.

Ela ressalta ainda que esse prazo contempla a necessidade de os fabricantes esgotarem seus estoques – ou recolherem os itens para a reformulação da embalagem. “Não podemos nos esquecer de que tudo isso foi afetado pelo coronavírus”, diz.

A pandemia é mencionada também por Teresa, do Idec, mas para lembrar da necessidade de urgência na implementação da medida. “Ficou claro que hipertensão, diabetes e obesidade contribuem para casos mais graves de Covid-19. Precisamos ajudar as pessoas a fazerem melhores escolhas alimentares”, defende ela, salientando que esses quadros têm tudo a ver com a alimentação.

“Entendemos que é importante oferecer um prazo bom à indústria, mas ele não pode chegar a cinco anos”, critica. Ela faz menção a uma condição dada a bebidas não alcoólicas vendidas em embalagens retornáveis, como os refrigerantes. Esse grupo especificamente tem até 2025 para se adequar. Ocorre que os refrigerantes estão entre os grandes responsáveis pelo exagero no consumo de açúcar.

“De qualquer maneira, teremos mais transparência com essa nova rotulagem. Hoje, os riscos estão ocultos”, reconhece Teresa. “Subimos um degrau importante. Mas ainda não chegamos ao topo”, finaliza.

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