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Você sabe o que são alimentos funcionais e seus benefícios?

Você provavelmente já leu ou escutou alguma matéria de nutricionistas falando sobre alimentos funcionais. Mais do que apenas nutrir, esse tipo de alimento colabora na prevenção de doenças, no emagrecimento e muito mais.

É importante ressaltar que esse tipo de alimento não pode ser encarado como medicamento, mas pode colaborar para uma vida mais saudável que, consequentemente, promove equilíbrio e bem-estar.

Conheça alguns desses alimentos

Tomate e derivados, goiaba vermelha, pimentão vermelho e melancia
Apresentam licopeno, que tem como benefício a ação antioxidante, a redução dos níveis de colesterol e podem até mesmo prevenir alguns tipos de câncer, como o de próstata.

Cenoura, manga, abóbora, pimentão vermelho e amarelo, acerola e pêssego

Ricos em betacaroteno, têm como um dos principais benefícios a ação hipotensiva, que colabora na redução da pressão arterial.

Aveia, centeio, cevada, leguminosas como feijão, ervilha, lentilha e frutas com casca

Têm fibras solúveis, insolúveis e beta-glucana (da aveia). Esses componentes podem auxiliar na redução do câncer de cólon e contribuir para o bom funcionamento do intestino. As fibras solúveis auxiliam no controle da glicemia, diminuem os níveis de colesterol e aumentam a sensação de saciedade. Fique atento às quantidades.

Alho e cebola

A dupla tem sulfetos alílicos, que auxiliam na redução do colesterol, da pressão sanguínea, do câncer gástrico e colaboram no sistema imunológico.

A combinação desses alimentos pode trazer ainda mais benefícios. Evite os industrializados e busque fontes naturais para manter sua saúde em dia.

Referência: Hospital Einstein.

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O papel da alimentação na prevenção do câncer de mama

O câncer de mama é um dos principais problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. Com o Outubro Rosa, temos uma ótima oportunidade de conversar sobre a importância de uma alimentação saudável na prevenção da doença.

Quando falamos de câncer de mama, estamos nos referindo a uma série de doenças que têm, em comum, o fato de levar à proliferação descontrolada de células na glândula mamária, às vezes acompanhada da invasão de outros órgãos (processo conhecido como metástase). Além disso, o mesmo tipo de câncer de mama pode se desenvolver em diferentes mulheres por meio de variadas trajetórias metabólicas, celulares e moleculares. Isso dependerá de fatores genéticos, bem como das exposições ambientais e do estilo de vida.

Embora as pesquisas e os tratamentos voltados ao problema tenham avançado consideravelmente nas últimas décadas, não sabemos, ainda, as suas causas exatas, e preferimos falar de fatores que aumentam ou diminuem seu risco. Em 5 a 10% dos casos, o fator genético é o preponderante. Mulheres com mutações no gene BRCA1, por exemplo, apresentam maior probabilidade de desenvolver a doença.

Entretanto, na grande maioria dos casos, o fator ambiental e o estilo de vida são os mais determinantes. Em especial, podemos destacar o padrão da alimentação. Pesquisas mostram que diferentes componentes dos alimentos (macro e micronutrientes, assim como compostos bioativos) podem impactar a saúde celular por meio da modulação de diferentes processos envolvidos com o surgimento do câncer de mama. Os mecanismos de ação são bastante complexos e motivo de investigação científica crescente.

O peso da alimentação nesse contexto ganha cada vez mais relevância, como demonstra a manifestação do Instituto Nacional de Câncer (Inca): “Entre as medidas que contribuem para prevenir o câncer de mama estão a adoção de comportamentos protetores, como seguir uma alimentação saudável, praticar atividades físicas com regularidade, evitar bebidas alcoólicas e manter o peso adequado. Essas ações são capazes de evitar 28% de todos os casos da doença”. Vale a pena reforçar que essa porcentagem não é desconsiderável e um número significativo de mulheres poderia se beneficiar adotando tais medidas.

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O último relatório do Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer e do Instituto Americano de Pesquisa do Câncer reforça o papel de uma dieta saudável na prevenção do câncer de forma geral, incluindo o de mama. Consideramos as recomendações dessas instituições as mais robustas hoje para fazer da alimentação uma aliada na redução do risco dessas doenças. Podemos resumir algumas das principais orientações da seguinte maneira:

  • Mantenha o peso adequado;
  • Siga fisicamente ativo;
  • Consuma uma dieta rica em vegetais (frutas, verduras, leguminosas, grãos integrais…);
  • Limite o consumo de fast food e alimentos processados ricos em gordura, amido e açúcar;
  • Modere na carne vermelha e processada;
  • Reduza a ingestão de bebidas açucaradas;
  • Diminua o consumo de bebida alcoólica;
  • Para as mães: amamentem seus bebês.

Tais medidas valem inclusive após o diagnóstico do câncer, com os eventuais ajustes necessários. O documento dessas entidades ainda indica não fumar e evitar a exposição excessiva ao sol para prevenir tumores. Pensando em evitar o câncer de mama, também são bastante úteis as recomendações baseadas em evidências listadas pela Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos — faz parte do pacote evitar embutidos e comer mais vegetais.

É importante notar que o câncer de mama pode levar décadas para se desenvolver. Isso indica que sempre é tempo de começar a se cuidar e adotar uma alimentação mais saudável. Além disso, pesquisas experimentais do nosso grupo na Universidade de São Paulo mostram que a dieta da mãe durante a gestação e a amamentação pode afetar o desenvolvimento da glândula mamária do feto e do recém-nascido, influenciando no risco da doença na idade adulta.

De forma bastante interessante, nossos estudos com roedores foram também os primeiros a indicar que a má alimentação do futuro pai pode alterar padrões nos espermatozoides e, com isso, aumentar o risco de câncer de mama nas filhas. Caso esses achados se confirmem em seres humanos, poderemos ter no futuro novas estratégias de prevenção do câncer de mama. Enquanto essas pesquisas avançam, o mais prudente é que as mães e os pais busquem ter uma alimentação equilibrada tanto na fase de pré-concepção como na gestação e na lactação (no caso das mulheres).

Finalizo com a mensagem de que o câncer de mama é uma doença que pode e deve ser prevenida. Neste Outubro Rosa, aproveite para rever seus hábitos alimentares e propagar essas informações para a família e os amigos. A prevenção começa já!

* Thomas Prates Ong é professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), pesquisador do Food Research Center (FoRC) e membro do Conselho Científico do ILSI Brasil

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Cuidado com a cafeína durante a gravidez

Uma revisão de 48 estudos observacionais e outras análises publicada no jornal BMJ Evidence-Based Medicine traz um alerta para as grávidas: a maioria das evidências indica que a ingestão de cafeína (principal componente do café) eleva o risco de problemas nessa fase, como aborto espontâneo, morte do feto, baixo peso ao nascer ou tamanho pequeno para a idade gestacional.

Para os autores da investigação, o correto seria evitar a substância na gestação. A nutricionista Marisa Coutinho, do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo, conta que os possíveis efeitos têm a ver com o poder estimulante da cafeína.

Mas, segundo ela, o segredo é não passar de 100 miligramas e não ingerir todo dia. “As pessoas costumam focar muito no café, mas devemos lembrar que outros produtos levam a substância”, frisa. Sem falar que a concentração também varia dentro de um mesmo alimento.

Onde está a cafeína

Embora o café seja o reduto mais famoso da substância, está longe de ser o único. Por isso, grávidas não precisam considerar todos os alimentos com cafeína ingeridos na rotina. Veja abaixo.

+ Refrigerante de cola (300 mililitros)
35 mg de cafeína

Vale frisar que a bebida de guaraná não é isenta: tem uns 4 mg de cafeína

+ Chás verde e preto (200 mililitros)
30-60 mg de cafeína

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O mate também possui cafeína — de 20 a 30 mg

+ Chocolate ao leite (40 gramas)
10 mg de cafeína

Atenção: quanto maior o teor de cacau, mais cafeína

+ Energéticos (250 mililitros)
80 mg de cafeína

Algumas dessas bebidas concentram um teor até maior da substância

+ Café filtrado (200 mililitros)
80 mg de cafeína

Já uma xícara de expresso (30 ml) leva cerca de 75 mg do composto

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A dieta deve ser abordada no checkup médico

Em sua última diretriz, a Associação Americana do Coração afirma que passou da hora de a alimentação ser contemplada nas consultas de checkup. Afinal, não é novidade que os hábitos à mesa influenciam na incidência de doenças cardíacas. De acordo com o documento, há questionários que levam poucos minutos para serem respondidos e já dão uma bela noção da dieta do paciente.

A médica Glaucia Moraes, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, é só elogios para a iniciativa. “Orientações básicas sobre alimentação deveriam ser rotina para todo profissional de saúde que atua com a avaliação periódica de riscos”, resume a cardiologista.

A seguir, veja perguntas básicas dizem muito sobre a dieta e riscos à saúde:

Come vegetais?

A presença de frutas, verduras e legumes no cotidiano é ligada a vários benefícios, já que são itens ricos em fibras, vitaminas, minerais, antioxidantes… Um time de respeito.

Investe em grãos integrais?

Arroz, aveia, milho, trigo e companhia entregam fibras, que auxiliam na manutenção do colesterol. As substâncias ainda estão nas leguminosas.

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Qual a frequência de ingestão de carne?

O bife bovino concentra gordura saturada, versão que devemos ingerir com moderação. Entre outros motivos, seu abuso eleva o colesterol ruim.

Costuma consumir embutidos?

O ideal é evitar salame, salsicha, presunto… Eles são abastecidos de sódio, gorduras saturadas e outros aditivos, mix que castiga a saúde.

Como é o uso de sal?

O ingrediente é a nossa grande fonte de sódio. Só que, em excesso, o mineral abala as artérias e faz a pressão subir, favorecendo a ocorrência de doenças cardiovasculares.

Pula o café da manhã?

De acordo com Glaucia, ignorar a primeira refeição do dia não é legal porque interfere na liberação de diversos hormônios, como insulina e glucagon.

Como é o consumo de doces, refris e sucos?

Assim como o sal, o açúcar exige parcimônia. Sobretudo porque se entupir de doçura contribui para a obesidade, quadro que ameaça o peito.

Os peixes fazem parte do cardápio?

Sardinha, atum e salmão contêm ômega-3, uma gordura anti-inflamatória que é amiga do coração. Chia e linhaça também ofertam o nutriente.

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Você sabe qual é a importância de dormir bem?

Uma noite bem dormida, além de promover ótimas sensações, um dia seguinte bem humorado e cheio de energia, também traz outros diversos benefícios. O recomendado é dormir de 6 a 8 horas por noite e, sim, esse é o tempo considerado necessário para que o corpo se recupere e possa funcionar da maneira correta. Saiba a seguir três benefícios que uma noite bem dormida proporciona ao seu corpo.

1. Fixação da memória e dos novos aprendizados

É durante o sono que ocorre a produção de proteínas responsáveis por construir as conexões entre os neurônios. Nesse momento o cérebro organiza as informações que estão acumuladas, guardando as importantes e descartando as desnecessárias. É nesse período também que tudo que aprendemos durante o dia é consolidado.

2. Melhora do desempenho físico

O GH, conhecido como hormônio do crescimento, é produzido durante as noites de sono profundo, é por isso que falamos para as crianças que elas precisam dormir para crescer, já na fase adulta, esse hormônio é responsável por manter o tônus muscular, melhorar o desempenho físico e evitar o acúmulo de gordura.

3. Colaboração no controle de peso

Durante o sono o corpo produz a leptina, um hormônio que gera a sensação de saciedade. Se você não dorme, seu corpo provavelmente está fazendo com que você consuma mais calorias ao longo do dia. Então se alimente bem e descanse!

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Vai mudar tudo nos rótulos dos alimentos

Depois de aproximadamente seis anos de análises e discussões, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu como será o novo padrão de rotulagem de bebidas e alimentos industrializados no Brasil.

A mudança mais importante diz respeito a um símbolo de lupa que aparecerá na parte da frente da embalagem caso o produto em questão apresente quantidades elevadas de um dos seguintes ingredientes: açúcar, sódio ou gordura saturada.

Veja exemplos de modelos:

 

<span class="hidden">–</span>Divulgação Anvisa/SAÚDE é Vital

“A lupa foi o símbolo que se mostrou o melhor veículo para cumprir o objetivo principal da norma, que é comunicar ao consumidor o que ele está adquirindo”, comenta Alessandra Bastos, diretora relatora da Anvisa.

Sobre a escolha da trinca de ingredientes, ela diz: “Com base em todos os dados que avaliamos, eles são os que sabidamente apresentam maior risco à saúde pública, caso ingeridos de maneira inadequada”, explica.

Alessandra espera que, com a nova norma, as empresas do setor se esforcem para utilizar ingredientes cada vez melhores em seus produtos e em doses adequadas – beneficiando, em última instância, o consumidor.

Embora reconheça o avanço em relação ao sistema de rotulagem atual, o Instituto de Defesa do Consumidor, o Idec levanta algumas críticas. “Esse modelo de lupa não está baseado em evidências científicas. Ou seja, não há comprovação de que realmente atinja seus objetivos regulatórios, como dar mais informações para o consumidor fazer melhores escolhas”, aponta Teresa Liporace, diretora-executiva do Idec.

A instituição, vale lembrar, defendia o uso de um modelo de advertência em formato de triângulo preto – ideia similar à adotada pelo Chile e cuja eficácia já foi atestada em pesquisas.

Outro ponto que desagrada o Idec diz respeito aos limites estabelecidos pela Anvisa para considerar se determinado produto deve levar o símbolo frontal de excesso de sódio, açúcar ou gordura saturada.

A seguir, veja os valores máximos para cada um.

Açúcares adicionados

O produto estampará a lupa se tiver:

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+ Quantidade maior ou igual a 15 g de açúcares adicionados por 100 g do alimento (sólido).
+ Quantidade maior ou igual a 7,5 g de açúcares adicionados por 100 ml do alimento (líquido).

Gorduras saturadas

O produto estampará a lupa se tiver:

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+ Quantidade maior ou igual a 6 g de gorduras saturadas por 100 g do alimento (sólido).
+ Quantidade maior ou igual a 3 g de gorduras saturadas por 100 ml do alimento (líquido).

Sódio

O produto estampará a lupa se tiver:

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+ Quantidade maior ou igual a 600 mg de sódio por 100 g do alimento (sódio).
+ Quantidade maior ou igual a 300 mg de sódio por 100 ml do alimento (líquido).

Na visão de Teresa, os limites são pouco rigorosos. “Na prática, vários produtos que não são considerados saudáveis por conterem grande quantidade desses ingredientes não exibirão a advertência”, diz. Ela exemplifica: “Hoje, muitos biscoitos recheados não receberiam o selo de alto teor de gorduras saturadas, somente o de açúcar”.

E, para o Idec, um quarto ingrediente deveria receber atenção: os edulcorantes. “Sabemos que há um movimento de recorrer a eles para evitar o selo do excesso de açúcar. Isso é um problema, sobretudo para crianças”, raciocina Teresa. “Pesquisas apontam que há riscos associados ao excesso dessas substâncias”, acrescenta.

Segundo Alessandra, da Anvisa, todas as críticas foram consideradas – e as justificativas para os caminhos seguidos constam em relatórios. De qualquer maneira, ela garante que as decisões são dinâmicas. “Vamos monitorar a efetividade da norma. Se notarmos que de fato faltou algo, ou que melhorias podem ser realizadas, investiremos em alterações”.

Tem mudança na tabela nutricional também

Ainda que a presença da lupa seja o principal destaque na nova rotulagem, o consumidor vai se deparar com outros ajustes. A tabela de informações nutricionais, por exemplo, terá somente letras pretas em um fundo branco, com tamanho razoável. O objetivo é melhorar a legibilidade.

Na lista em si, será possível encontrar um dado precioso, sobre o qual não temos informação atualmente: o teor de açúcar adicionado. Trata-se daquele acrescentado artificialmente aos produtos – e mais perigoso à saúde.

Para facilitar a vida das pessoas, os fabricantes terão que declarar os valores nutricionais com base em 100 gramas ou 100 mililitros em todos os produtos. Assim, será mais fácil fazer comparações de itens de categorias diferentes, como um iogurte e uma barrinha de cereal.

Quando a medida entra em vigor

A Anvisa estabeleceu que os fabricantes têm dois anos para se adequar às medidas e modificar seus rótulos. “Se o tempo fosse menor do que esse, talvez as empresas não conseguissem cumprir a norma”, explica Alessandra, lembrando que é preciso comprar materiais e ajustar processos produtivos.

Ela ressalta ainda que esse prazo contempla a necessidade de os fabricantes esgotarem seus estoques – ou recolherem os itens para a reformulação da embalagem. “Não podemos nos esquecer de que tudo isso foi afetado pelo coronavírus”, diz.

A pandemia é mencionada também por Teresa, do Idec, mas para lembrar da necessidade de urgência na implementação da medida. “Ficou claro que hipertensão, diabetes e obesidade contribuem para casos mais graves de Covid-19. Precisamos ajudar as pessoas a fazerem melhores escolhas alimentares”, defende ela, salientando que esses quadros têm tudo a ver com a alimentação.

“Entendemos que é importante oferecer um prazo bom à indústria, mas ele não pode chegar a cinco anos”, critica. Ela faz menção a uma condição dada a bebidas não alcoólicas vendidas em embalagens retornáveis, como os refrigerantes. Esse grupo especificamente tem até 2025 para se adequar. Ocorre que os refrigerantes estão entre os grandes responsáveis pelo exagero no consumo de açúcar.

“De qualquer maneira, teremos mais transparência com essa nova rotulagem. Hoje, os riscos estão ocultos”, reconhece Teresa. “Subimos um degrau importante. Mas ainda não chegamos ao topo”, finaliza.

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A febre da proteína

Ovo, carne e feijão são os primeiros alimentos lembrados quando o assunto é proteína. Mas uma espiada nas prateleiras dos supermercados revela pães e biscoitos, os grandes ícones dos carboidratos, como as novas fontes desse nutriente. Além deles, achocolatados, iogurtes, vitaminas e barrinhas, entre outros produtos, alardeiam em suas embalagens o acréscimo do ingrediente. “Essa tendência é global e traz um pouco do mundo fitness para o dia a dia”, avalia a nutricionista Cynthia Antonaccio, da consultoria Equilibrium Latam. O engenheiro de alimentos Guilherme Miranda Tavares, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior paulista, concorda: “A incorporação da proteína chega para atender à procura cotidiana por itens mais saudáveis e práticos”.

Dados fornecidos pelas empresas Tetra Pak e Nielsen registram o crescimento de 220% no consumo de produtos com alto teor proteico, como bebidas, nos primeiros seis meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2019. Para além da academia, a proteína segue distante do tribunal inquisitório que fustiga carboidratos e gorduras há alguns anos.

Aliás, ela preenche o espaço dessa dupla, que, muitas vezes, acaba banida dos cardápios — injustamente, segundo os especialistas. Radicalismos à parte, o papel da proteína na manutenção do peso é primordial. Há evidências de que ela favorece a liberação de substâncias que interferem no sistema nervoso, inibindo a fome. “Dessa maneira, prolonga a sensação de saciedade”, explica a nutricionista Tânia Rodrigues, diretora da RG Nutri, em São Paulo.

Daí a sacada da indústria de desenvolver itens turbinados com o nutriente e que podem ser incorporados dos lanches intermediários às grandes refeições. A tendência vem ao encontro de novos estudos, que sugerem fracionar o consumo proteico a fim de garantir seu melhor aproveitamento. “Com a disponibilidade de alimentos diferenciados, caso de barras, bebidas lácteas, iogurtes, entre outros, dá para atender às necessidades ao longo do dia”, diz Antonio Herbert Lancha Jr., coordenador do Laboratório de Nutrição e Metabolismo Aplicado à Atividade Motora da Universidade de São Paulo (USP). A escolha fica ao gosto do freguês.

Os experts enfatizam, porém, que a ideia não é extrapolar na quantidade. Mesmo para uma substância tão aclamada, exageros nunca são bem-vindos. O abuso pode contribuir até mesmo para o ganho de peso. Veja: as porções adequadas variam conforme a fase da vida e as particularidades da rotina de cada indivíduo. Uma pesquisa recente, publicada na revista científica Advances in Nutrition, vem chamando a atenção nesse sentido. Uma equipe da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, analisou mais de 1 500 estudos sobre o tema e concluiu que ultrapassar a dose não traz benefícios adicionais.

O recado dos estudiosos é que comer mais proteína do que o indispensável não altera em nada a composição corporal quando a atividade física está fora da agenda. Isto é, os músculos não vão saltar só porque você se empanturrou de diversas fontes do nutriente.

Para alguns perfis — caso de idosos e pessoas em tratamento contra o câncer ou queimaduras —, uma quantia extra costuma ser incentivada mediante exames e cálculos feitos por nutricionistas. “Nessas situações, o metabolismo que degrada as proteínas estruturais tende a ser mais acelerado. Com o intuito de mitigar esse processo, vem a necessidade de repor o nutriente por meio da alimentação”, esclarece Lancha Jr.

Os cientistas de Purdue inserem ainda os esportistas na lista dos que precisam de aporte caprichado. Aos demais, a sugestão é incluir as proteínas em um contexto de equilíbrio, sem desprezar a cota de carboidratos e gorduras. E não adianta comer demais hoje e largar mão nos outros dias, pois os excessos do nutriente não são armazenados pelo organismo — nossas células estão usando e transformando proteínas o tempo todo.

Compostas da combinação de aminoácidos, as proteínas aparecem nas clássicas cartilhas de biologia como construtoras — tanto que são comparadas aos tijolos que sustentam uma casa. Isso porque têm papel fundamental na constituição dos órgãos e demais tecidos. O nutriente também está envolvido na produção de anticorpos e hormônios. Sem contar sua participação nas transformações químicas, quando assume a identidade de enzima. Cabe ainda a ele a função de conservar os músculos fortes e a integridade de unhas, cabelos e pele. Ufa! “As proteínas são responsáveis por manter todas as nossas atividades metabólicas”, resume a professora Viviane Alves, do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Nem precisamos dizer que a falta é prejuízo na certa, né? “Sobretudo nos extremos da vida. Ou seja, na infância e na terceira idade, o déficit proteico é crítico”, sinaliza a nutricionista Silvia Ramos, do Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região (CRN-3). A meninada deve estar em dia com a substância para que o crescimento aconteça de forma adequada.

Entre os mais velhos, com o passar dos anos há tendência de alterações na mastigação e no paladar, além de dificuldades digestivas. Por tudo isso, não é raro que rejeitem carnes e outros redutos proteicos. Aí é essencial adaptar o consumo — com o auxílio de um profissional de saúde, se possível. Esse cuidado evita males como a sarcopenia. Marcada pela perda de massa muscular, a condição interfere na qualidade de vida dos idosos, já que acarreta fraqueza, dificuldade de locomoção e até quedas.

Cálculos mais precisos também são prescritos aos esportistas. Afinal, a proteína participa da formação e da reparação das fibras musculares, recrutadas com o esforço físico. “Fora que é importante para a produção de energia”, ressalta Tânia. Estudos mostram que o consumo bem distribuído de fontes proteicas durante o dia colabora para a recuperação após o treino e promove ganho de massa muscular.

Embora não existam dados oficiais, tudo leva a crer que o brasileiro não sofre com falta de proteína, especialmente a de origem animal. É que ovos, leite, frango e carne bovina e suína ocupam o prato de boa parte da população. Mas, no dia a dia do consultório, os nutricionistas podem analisar as necessidades individuais e, dessa forma, ajustar a quantidade de acordo com o paciente. Eis aí uma bela oportunidade de avaliar se será preciso buscar os itens turbinados nas gôndolas — e quais os melhores. Ora, muitos carregam, além de proteínas, doses consideráveis de açúcar e gordura. Tem que ter critério e atenção!

Esse recado vem em boa hora. Uma pesquisa conduzida pela agência Mintel com 1 500 pessoas mostra que 82% delas têm interesse por alimentos e bebidas mais proteicos. Até salgadinhos, normalmente ligados a uma dieta desregrada, são passíveis de ganhar simpatia caso a embalagem indique “alto teor de proteína”. É que 17% dos participantes associam o atributo a snacks mais saudáveis.

Vasculhe os rótulos

O conselho de todos os nutricionistas ouvidos para a reportagem é dar preferência aos produtos com o apelo clean label, termo vindo do inglês para designar “rótulo limpo”. Em síntese, quanto menor a quantidade de ingredientes listados na embalagem, melhor. “Não adianta oferecer alto teor de proteína juntamente com inúmeros aditivos químicos”, opina a nutricionista Silvia Ramos, do CRN-3.

As melhores opções estampam nomes de ingredientes que podem ser reconhecidos facilmente, ou seja, sem a necessidade de consultar um dicionário ou especialista. A recomendação é evitar aqueles com presença marcante de conservantes, aromatizantes e afins. E é crucial apurar cuidadosamente os teores de sódio, açúcar, gorduras saturadas e trans. O consumo desenfreado dessas substâncias não combina com saúde.

Fórmulas enriquecidas

Para incorporar porções extras de proteínas em produtos, é necessário um apurado conhecimento técnico a fim de não descaracterizar o alimento. Tavares, professor da Unicamp, afirma que se trata de um desafio constante da indústria. “É parecido com o que ocorre durante o preparo de um pudim. O doce pede a proporção exata de ingredientes, mas, se o cozinheiro resolver acrescentar ovos além da conta, pode ver a receita desandar, resultando em uma sobremesa de consistência menos apetitosa”, compara. Daí a exigência de calibrar as quantidades de todos os elementos da preparação.

Não é tarefa fácil incluir a substância em bebidas translúcidas, a exemplo de sucos ou refrigerantes. “Geralmente ocorre alteração no visual e o líquido tende a ficar opaco”, descreve o engenheiro de alimentos. Já iogurtes, leites e outras bebidas lácteas costumam manter suas características — tanto de sabor como de textura e aparência. Por isso é tão frequente encontrar opções dessas categorias enriquecidas com proteína nos corredores dos supermercados. Foram as pioneiras.

Também é imprescindível ter intimidade com todas as etapas de elaboração. Para determinadas proteínas, caso da albumina, o aquecimento é capaz de levar à coagulação, o que interfere na qualidade final. Para assegurar a integridade das versões submetidas ao aquecimento — como no processo UHT, pelo qual o leite passa —, costuma-se acrescentar agentes estabilizantes seguros. A escolha da matéria-prima é o primeiro passo para o sucesso no desenvolvimento do produto.

Um dos maiores aliados da indústria nesse sentido é o soro do leite. Repare nas embalagens: ele tende a aparecer em diversas preparações. Resultante do processo de fabricação do queijo, essa proteína é popularmente conhecida como whey protein e uma de suas vantagens é o sabor menos pronunciado. “Ela ainda apresenta excelente valor nutricional em decorrência do alto teor de aminoácidos essenciais”, afirma Tavares. A ciência tem esmiuçado as qualidades do ingrediente, e os achados são promissores.

Se o soro do leite e a albumina do ovo dão as caras nos produtos destinados aos onívoros, as leguminosas são as estrelas de formulações pensadas para os vegetarianos e veganos. “Grão-de-bico, ervilhas, feijões e lentilhas estão com tudo. São as chamadas pulses”, comenta a sempre antenada Cynthia Antonaccio. O termo, muito usado lá fora, é originário do latim e designa o caldo grosso resultante da preparação de sopas com as sementes secas desse grupo de alimentos.

As pulses servem como matéria-prima de snacks, bebidas, barrinhas e tantas novidades com a pegada plant-based, que se expande pelo mundo. Pode verificar nos rótulos. Entre o grupo, a ervilha desponta como a grande protagonista. “Ela se destaca por apresentar sabor mais neutro e solubilidade, qualidades bem-vindas aos processos industriais”, justifica o professor Tavares.

E, para quem pensa que é impossível adquirir proteína de qualidade (ou alto valor biológico, como preferem os experts) vinda de vegetais, é bom saber que esse conceito está bastante ultrapassado, como avisa a nutricionista Gabriela Parise, da clínica NutriOffice, em São Paulo, estudiosa do vegetarianismo. Não faltam estudos para comprovar o poder desse vasto reino que, além das leguminosas, abarca cereais, sementes e grãos. Um dos fatores que contam a favor da trupe é a sua capacidade de zelar pela saúde intestinal, equilibrando a microbiota.

Isso significa que há aumento tanto da quantidade quanto da diversidade bacteriana na área, o que traz benefícios digestivos e colabora para a absorção dos nutrientes. Inclusive, um trabalho recém-publicado no reputado periódico British Medical Journal associa cardápios abastecidos de proteínas vegetais a uma maior proteção contra males cardiovasculares e câncer. Os cientistas se debruçaram em dezenas de estudos para chegar a essa conclusão.

Um dos macetes para tirar proveito diretamente das leguminosas é deixá-las de molho horas antes de mandar para a panela. A estratégia, que remonta à época da vovó, acelera o tempo de cozimento e, em paralelo, reduz a quantidade dos chamados compostos antinutricionais. Assim, garante-se o desfrute integral dos alimentos, que, obviamente, não se resumem ao seu conteúdo proteico.

Tem outro segredo. “Para assegurar o melhor aporte nutritivo, escolha fontes e perfis variados no dia a dia”, sugere Gabriela. Dessa maneira, o cardápio ganha em sabores. Também é essencial fazer boas combinações. Não à toa, parte da indústria junta leguminosas e cereais, caso do arroz e do trigo, ou ainda pseudocereais, como a quinoa, para tornar as fórmulas mais ricas. Esses arranjos melhoram a performance proteica e seguem o exemplo da brasileiríssima mistura de arroz com feijão. Nesse casamento, o primeiro contém o aminoácido metionina, enquanto o segundo oferece lisina. Juntos, se completam, desempenhando atividades de forma mais eficiente dentro do nosso organismo.

Um ingrediente nacional que tem feito sucesso nos produtos industrializados é o amendoim. Quem pensa nele como abrigo exclusivo de gorduras pode se surpreender com seu patrimônio proteico. Aliás, a versão torrada é uma deliciosa alternativa para petiscar. Só não vale abocanhar punhado atrás de punhado — afinal, o alimento é calórico. E vale repetir: proteína demais nem sequer é aproveitada. Uma boa parcela deixa de ser absorvida e termina expulsa junto das fezes. Para piorar, em algumas situações o descomedimento acarreta danos, principalmente aos indivíduos mais vulneráveis. Perder a linha pode provocar dificuldades digestivas e elevar o risco de encrencas no fígado, além de favorecer distúrbios nos rins decorrentes da grande quantidade de amônia e ureia circulantes.

A professora Viviane Alves investigou os impactos do abuso proteico nos laboratórios da UFMG. “Sabemos que todos os processos no corpo atuam de forma equilibrada, e o nosso objetivo era saber o que aconteceria se a única fonte de nutrientes fosse a proteína”, contextualiza. Em parceria com pesquisadores australianos, Viviane e sua equipe usaram cultura de células humanas, a mosquinha-da-fruta Drosophila e os vermes Caenorhabditis elegans. As análises indicaram, então, que a ingestão abundante apressa o envelhecimento.

Mas, tudo leva a crer, o perigo anda mesmo colado ao abuso. Com bom senso, a proteína segue indispensável. “A nossa certeza é a de que, em excesso, tudo faz mal”, afirma a professora da UFMG. Portanto, antes de ser seduzido por embalagens, compensa checar as reais necessidades do corpo e como vai o seu cardápio. Isso, sim, deve estar acima de qualquer tendência.

Suplementos: papo à parte

Se há ponderações sobre produtos alimentícios enriquecidos com proteínas, o que se pode dizer dos suplementos que são comercializados sem prescrição e possuem esse apelo de “indispensáveis para quem faz exercícios”? “Eles devem ser consumidos com orientação profissional”, afirma Tânia Rodrigues, uma das nutricionistas mais reconhecidas na área esportiva.

A Anvisa regula as doses específicas de nutrientes e outras substâncias detectadas nessas fórmulas. Ocorre que muita gente extrapola na quantidade ingerida na intenção de ficar com o corpo sarado. Mas a exorbitância proteica nem chega a ser absorvida — ou seja, há desperdício. Isso quando ela não ameaça rins e fígado. Quem utiliza produtos importados e sem registro, muitas vezes vendidos de forma clandestina, corre riscos adicionais.

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Nem a mais, nem a menos

A recomendação de consumo diário de proteína varia conforme a idade e as atividades do dia a dia:

Bebês e crianças
0,8 gramas de proteína por quilo de peso

No início da vida, basta o leite materno. Depois, carne, feijão e outros alimentos são bem-vindos.

Adolescentes
0,85 gramas de proteína por quilo de peso

O nutriente favorece o desenvolvimento pleno. Bebidas lácteas dão uma força em meio à correria.

Adultos
1 grama de proteína por quilo de peso

Esse é um valor médio. As grávidas precisam de um pequeno acréscimo para a formação do bebê.

Idosos
0,8 a 1 grama de proteína por quilo de peso

Aqui, a tendência é vermos déficits proteicos. Lançar mão de itens enriquecidos é uma estratégia.

Esportistas
1 a 1,8 gramas de proteína por quilo de peso

Essa turma precisa de dose extra, que deve ser ajustada por um profissional de saúde.

Tem proteína na prateleira

Os supermercados desfilam uma porção de itens turbinados. Veja os destaques:

Pães
Farinhas diferenciadas, caso da de linhaça, entram na receita. Os ovos também podem ser encontrados entre os ingredientes. Há marcas que concentram 7 gramas de proteína em uma fatia.

Barrinhas
Há opções com frutas, outras com cereais e as que trazem sementes e oleaginosas. Fornecem cerca de 10 gramas de proteínas. Para melhores escolhas, compare os níveis de açúcar.

Iogurte grego
Um dos produtos pioneiros no mercado de alto teor proteico. Um pote com 130 gramas incrementa o cardápio com 13 gramas de proteína. Não se esqueça de conferir teores de gordura e açúcar.

Salgadinho
Proteínas vegetais vindas de leguminosas como a soja e a ervilha enriquecem os chamados snacks proteicos, que chegam a conter 7 gramas em um pacote. Aqui, vale olho atento ao sódio.

Cookies
São uma possibilidade para o lanche da tarde da molecada. Elaborados com proteína vegetal, há os que ofertam 10 gramas do nutriente em duas unidades. Mas nada de exagero, combinado?

Pó para vitaminas
A criatividade do cozinheiro é que manda. Dá para misturar com frutas, entre outros ingredientes. Uma colher chega a proporcionar 20 gramas de proteína.

Leite
Se os tipos comuns já são belas fontes de proteína, as versões turbinadas se mostram interessantes para quem precisa de reforço. Um copo de 200 mililitros chega a conter 10 gramas do nutriente.

A proteína vai à mesa

Entre fontes vegetais e animais, experimente incluir mais variedade no cardápio:

Carne bovina assada
1 bife de 100 g = 25 g de proteínas

Quinoa
4 colheres (sopa) ou 50 g = 7 g de proteínas

Ovo cozido
1 unidade média de 45 g = 6,5 g de proteínas

Tofu
Bloco de 50 g = 3,3 g de proteínas

Salmão grelhado
1 posta de 100 g = 26 g de proteínas

Feijão cozido
1 concha ou 100 g = 4,8 g de proteínas

Amendoim torrado
1 punhado ou 30 g = 6 g de proteínas

Grão-de-bico cozido
1 concha ou 100 g = 6,6 g de proteínas

Leite desnatado
1 copo de 200 ml = 7,2 g de proteínas

Queijo minas
2 fatias ou 50 g = 8,5 g de proteínas

Iogurte
1 copo de 200 ml = 8 g de proteínas

Frango assado
1 coxa grande ou 55 g = 10 g de proteínas

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Muita gente erra ao higienizar os alimentos

Com o coronavírus à solta, experts do Centro de Pesquisas em Alimentos da Universidade de São Paulo (FoRC-USP) decidiram avaliar quais cuidados a população vem tomando para evitar o contágio por alimentos ou embalagens — mesmo que a chance de transmissão por essas vias não esteja comprovada. Eles montaram, então, um questionário online que foi respondido por 3 mil pessoas. “A preocupação com a higienização surpreendeu positivamente”, avalia o engenheiro de alimentos Uelinton Manoel Pinto, coordenador do trabalho.

Só que, na hora da limpeza, uma parcela considerável comete erros (os dados estão abaixo). Por isso, os autores criaram uma cartilha que ensina como higienizar os alimentos que serão consumidos crus. “As medidas são essenciais porque evitam várias doenças”, diz a nutricionista Jéssica de Aragão, também à frente do projeto.

Os deslizes mais comuns na limpeza

Veja as principais trapalhadas dos participantes ao manipular os vegetais

+ 54,8% dos respondentes higienizam as frutas de maneira incorreta:

17,9% usam apenas água

27,4%, água com detergente

7%, água com vinagre

2,5%, outros produtos

+ 45,2% cometem equívocos com as verduras:

17,4% usam apenas água

10,6%, água com detergente

13,9%, água com vinagre

3,3%, outros produtos

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Vale lembrar que o vinagre não tem efeito contra o vírus. O detergente, embora consiga destruí-lo, pode deixar resíduos.

Nas frutas, menos da metade (45,2%) recorre à solução de água com hipoclorito de sódio, que inativa o vírus de forma segura. Nas verduras, 54,8% se valem da mistura.

Como higienizar vegetais que serão ingeridos crus

Pente-fino
Se houver necessidade, comece removendo as partes estragadas e machucadas dos alimentos.

Água corrente
Lave as verduras, folha a folha. Frutas e legumes também vão para baixo da torneira, um de cada vez.

Dá-lhe cloro
Deixe 10 minutos de molho em solução com 1 colher (sopa) de água sanitária (2 a 2,5% de cloro ativo) para 1 litro de água.

Lava e seca
Enxágue em água corrente. Aguarde o alimento secar naturalmente ou use utensílios específicos.

E as embalagens?

Confira algumas atitudes em relação a entregas de delivery e itens de mercado:

+ Pouco mais da metade (57,2%) relata limpar os pacotes do delivery.

+ 46,1% transferem a comida e descartam a embalagem.

+ Mais de 80% fazem a higienização das compras de supermercado.

O jeito certo de limpar embalagens

Rígidas
Latas, garrafas, potes e afins podem ser lavados com água e sabão. Outra alternativa viável é passar um pano umedecido com álcool 70% ou solução
clorada.

Flexíveis
Segundo a cartilha, o pano umedecido com álcool 70% ou solução clorada também serve aqui. Se houver duas embalagens, descarte a externa antes de guardar o alimento.

Indispensável mesmo é lavar as mãos

Na pesquisa, 65% dos voluntários revelaram tomar essa atitude antes e depois de receber refeições por delivery. Para os especialistas, o número deveria ser maior. “É uma etapa até mais crucial do que limpar embalagens”, diz Jéssica. A cientista de alimentos Emília Lima, outra responsável pelo trabalho, concorda. “Precisamos incorporar novos hábitos. Lavar as mãos por 20 segundos é um deles”, ensina.

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Mel: poderes reconhecidos

“Que tal tomar um pouco de mel para aliviar essa tosse?” A sugestão tem cara de sabedoria popular, daquelas passadas de geração em geração para aliviar um dos sintomas clássicos do resfriado. Mas a realidade é que foi retirada — com certos ajustes de linguagem, obviamente — de um estudo recém-publicado no periódico científico BMJ Evidence Based-Medicine. Nele, pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, revisaram 14 pesquisas sobre o assunto e chegaram à conclusão de que o consumo do mel é mais efetivo do que estratégias usuais se o objetivo é abrandar as manifestações de uma infecção do trato respiratório superior mais leve, caso do resfriado.

Para o clínico geral Marcelo Sampaio, da BP — A Beneficência Portuguesa de São Paulo, a conduta é utilizada há um tempão porque sempre trouxe resultados favoráveis. “Esse trabalho vem validar um método antigo”, interpreta. A mesma linha de raciocínio é seguida pelo médico de família Rafael Ornelas, da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, na capital paulista. “Já existiam evidências de que o mel é uma das poucas substâncias com efeitos comprovados na melhora específica da tosse”, conta. “Esse novo estudo consolida os achados e indica que a estratégia não é só crença de vó. Está baseada em ciência”, completa.

A legitimação do poder do alimento frente a esse problema pode parecer banal para algumas pessoas, mas, no dia a dia da prática médica, tem bastante relevância. Afinal, pegar um resfriado é algo relativamente comum na vida de crianças, adultos e idosos, e, não raro, os episódios se repetem mais de uma vez ao ano. Tem mais: segundo a líder da investigação inglesa, o quadro é um dos principais motivos para a prescrição de antibióticos — remédios destinados a matar bactérias. A questão é que a maior parte das infecções do trato respiratório superior, resfriado entre elas, é provocada por vírus. Ou seja, alvo errado.

O tratamento com antibióticos não só é ineficiente nesses casos como contribui para o agravamento de uma situação cada vez mais preocupante nos hospitais, a resistência bacteriana. É que o uso descomedido e sem critérios desse tipo de medicamento acaba selecionando os micro-organismos mais fortes, que passam a se proliferar. Com o tempo, surgem bactérias aptas a provocar superinfecções — e, aí, os antibióticos nem funcionam mais. Segundo Sampaio, há estimativas de que ocorrem 23 mil mortes por ano no Brasil como consequência da prescrição inadequada dessa classe de drogas.

Na Inglaterra, um estudo mostrou que 48% dos médicos já recomendaram antibióticos para aliviar uma simples tosse. “Se uma análise assim for feita no mundo inteiro, incluindo o Brasil, vamos ver que isso é bem frequente”, aposta Sampaio. Tanto os profissionais de saúde como os pacientes precisam compreender que a tática está equivocada. Para falar a verdade, não existe nenhum remédio que vá tratar a causa do resfriado em si. “Mas há condutas que ajudam a amenizar os sintomas enquanto o corpo vai se curando”, resume Ornelas. É justamente aí que entra o mel — associado a outros comportamentos, como boa hidratação, dieta equilibrada e bastante repouso.

O produto derivado do trabalho das abelhas impressiona por sua composição. A nutricionista Gabriela Maia, do Rio de Janeiro, conta que ele exibe cerca de 180 tipos de compostos. “Há água, açúcares, aminoácidos, enzimas, minerais, vitaminas e inúmeros antioxidantes”, lista. Mas não adianta buscar uma fórmula exata: isso depende de vários fatores, como clima, local, espécie de abelha, tipos de flores que fornecem o néctar aos insetos, e por aí vai. O fato é que esse arranjo fino dá ao mel a habilidade de, entre outras coisas, desarmar a inflamação que culmina na tosse seca e irritativa característica dos resfriados. “E ele também parece combater o processo viral”, observa Sampaio.

Só é essencial permanecer ligado aos sintomas para distinguir uma infecção mais branda provocada por um vírus de algo mais tenso, como gripe, Covid-19 ou doenças bacterianas. Segundo Ornelas, o resfriado costuma se resolver em alguns dias e não ocasiona febre, falta de ar ou mal-estar intenso. Então, se notar a persistência ou o agravamento do problema, faz sentido procurar um médico ou serviço de saúde. Se há evidências de uma infecção por bactéria, por exemplo, aí, sim, será preciso lançar mão de um antibiótico.

Nas situações mais simples, porém, não tem por que complicar. O mel pode dar uma força. O clínico geral da BP só ressalta que o estudo inglês não determina um padrão de uso, já que se trata de uma revisão de vários experimentos com diversas metodologias. Em outras palavras, ainda não é possível estabelecer quantidade de consumo nem forma de apresentação (puro, misturado com leite ou chá…). “Vale o bom senso, e um profissional pode auxiliar nessa indicação”, aponta Sampaio. Para o médico, tomar uma colher de sobremesa a cada seis ou oito horas é um bom parâmetro a seguir.

A exceção fica para crianças com menos de 1 ano. “Isso por causa da possibilidade de o mel conter a toxina botulínica, o que pode ser perigoso numa fase em que o sistema imune ainda é imaturo”, explica a nutricionista Mariana Del Bosco, de São Paulo. “O botulismo é uma condição rara, porém grave. Melhor não arriscar”, concorda Ornelas. Na visão de Mariana, nem a partir dessa idade compensa apresentar o mel à molecada. “Sobretudo até os 2 anos, o hábito alimentar está em formação, e a ideia é evitar alimentos com paladar doce”, justifica. Nessa etapa da vida, o açúcar admitido é aquele encontrado naturalmente nas frutas e no leite.

Outro grupo que pede certa cautela com o mel é o de quem tem diabetes. “O mel é composto de açúcares simples, que chegam diretamente à corrente sanguínea, liberando energia imediata ao organismo”, esclarece a nutricionista Maria Angélica Fiut, presidente da Associação Brasileira de Fitoterapia (Abfit). Quem convive com a doença tem dificuldade de aproveitar o aporte instantâneo porque a insulina não atua direito — e é esse hormônio que auxilia na transformação da glicose em energia.

Embora se trate de um alimento natural que agrega um mix de substâncias potentes, a presença marcante de açúcares no mel é um ponto de atenção ressaltado pelos especialistas para todo mundo, sobretudo se a ideia é incluir o ingrediente na rotina — e não somente durante um resfriado. “O índice glicêmico do mel é bem parecido com o do açúcar branco”, diz a endocrinologista Paula Pires, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia — Regional São Paulo (Sbem-SP). Isso quer dizer que, ao ser consumido, ele também dispara a glicemia rapidamente, obrigando o pâncreas a produzir muita insulina. O abuso pode sobrecarregar esse sistema e abrir as portas ao diabetes.

Para amenizar esse impacto, a médica sugere combinar o mel (com comedimento) a alimentos ricos em proteínas, como um iogurte natural, ou abastecidos de fibras, a exemplo de frutas com casca. “Dessa maneira, há uma redução da carga glicêmica”, justifica Paula. Na prática, a associação não deixa o açúcar subir na circulação em um piscar de olhos, evitando os picos de glicose e insulina.

Mais um conselho é não pesar a mão ao trocar o açúcar branco pelo produto das abelhas. “O mel tem o poder adoçante um pouco menor. Então, ao incorporá-lo a bebidas, por exemplo, é preciso cautela para não usar uma dose extra”, recomenda Mariana. Cabe lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que o açúcar deve representar, no máximo, 10% das calorias da dieta. “Mas, para a entidade, o ideal mesmo é baixar o limite para 5%”, informa a nutricionista. Para um adulto, isso dá mais ou menos 25 gramas por dia — entram aqui a versão tradicional (de mesa) e aquela adicionada pela indústria aos produtos, além do próprio mel. A doçura natural de leite, frutas e verduras não conta.

Se respeitar quantidades e adoçar estritamente o necessário, o mel é, para a nutricionista Maria Angélica, mais vantajoso do que o açúcar refinado. Ela lembra que, além de atuar em tosses e pigarros, o alimento possui atividade prebiótica. “Significa que estimula o crescimento e a atividade de bactérias benéficas em nosso intestino”, traduz. A colega Gabriela compartilha da mesma opinião, citando evidências de ganhos também ao fígado, ao coração, aos pulmões e à imunidade em geral.

Para além do nosso organismo, degustar o mel é uma maneira de proteger as produtoras desse tesouro líquido: as abelhas. “Optar por esse alimento promove todo um sistema associado à vegetação saudável”, defende o ecólogo Jerônimo Villas-Bôas, cofundador da Reenvolver, empresa que busca agregar valor a produtos da sociobiodiversidade. Ora, sem florestas em pé, os insetos perdem sua fonte de nutrição, isto é, as flores. O desmatamento é particularmente preocupante para as abelhas nativas brasileiras, que vivem dentro de nossas matas. O sistema de criação delas ainda está engatinhando, tornando-as mais ameaçadas do que a espécie Apis mellifera, que é resultado do cruzamento entre abelhas europeias e africanas e muito mais abundante em nosso país — daí por que seu mel é facilmente encontrado e financeiramente mais acessível. Contudo, apesar de mais resistentes, as Apis enfrentam seus dilemas. Elas padecem com o uso exagerado de agrotóxicos, já que as colmeias costumam ficar em áreas de agricultura.

Recentemente, a química Ana Paula Ferreira de Souza, doutoranda pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), analisou 40 amostras de mel de Apis — coletadas das prateleiras dos supermercados — e identificou resíduos de glifosato em 15 delas. Trata-se de um herbicida largamente utilizado no Brasil. “Só que existe um limite permitido para preservar a saúde do consumidor. E esse patamar foi ultrapassado em seis produtos”, revela Ana. Ainda de acordo com ela, o mel de laranjeira foi um dos mais afetados pela substância. Não surpreende Eugênio Basile, proprietário da loja Mbee, em São Paulo. “Não há laranjal que não seja manejado com pesticidas e agrotóxicos”, declara.

Para garantir mais segurança, a dica é conhecer o produtor e priorizar o mel das abelhas nativas, que, por enquanto, vem de paisagens menos modificadas. Segundo o biólogo Cristiano Menezes, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, há mais ou menos 2 mil espécies delas em nosso território, sendo que de 300 a 350 não possuem ferrão. Nem todas produzem mel, mas, quando exercem essa atividade, o alimento é mais líquido e menos açucarado do que o fabricado pelas abelhas africanizadas. “Por ter mais água, ocorre um processo de fermentação natural dentro da colmeia, e micro-organismos benéficos transformam esse mel”, descreve Menezes.

“No meio do caminho, o produto adquire acidez e uma complexidade enorme”, relata Basile. “O mel é um dos alimentos que mais contam a história de uma região”, completa ele, lembrando que tudo interfere no resultado final, da composição do solo e da altitude à presença de sol e ação humana. Tamanha diversidade de sabores e aromas, nítida sobretudo nesses méis de abelhas nativas, caiu nas graças dos chefs. “A gastronomia colocou-os sob um novo holofote”, acredita o proprietário da Mbee.

A ciência também anda de olho na iguaria. “Um estudo australiano recém-publicado indica que o mel de abelhas sem ferrão carrega um açúcar interessante para a saúde”, noticia Menezes. O ingrediente se chama trealulose. “Ele promove a liberação de glicose na corrente sanguínea muito mais lentamente”, desvenda Gabriela. Além disso, a nutricionista observa que a substância não favorece cáries e exibe grande capacidade antioxidante.

Cabe frisar que o papel das abelhas — sejam Apis ou nativas — na saúde não fica restrito à produção de mel. Sua atuação mais ilustre é como agente polinizador. “Sem as abelhas, as plantas não produzem sementes nem dão frutos. Simplesmente deixam de cumprir a etapa reprodutiva e de sucessão”, ilustra Villas-Bôas. O biólogo da Embrapa nota que 75% dos cultivos agrícolas do mundo são beneficiados, de alguma maneira, pela polinização animal. “Isso representa um terço do volume de alimentos produzidos”, calcula Menezes. Defender as abelhas é, em última instância, sinônimo de salvaguardar a nossa espécie. O alerta foi dado lá atrás pelo físico alemão Albert Einstein (1879-1955). “Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência”, anunciou o cientista. Pois é, dentro de uma colher de mel há muito, muito mais do que o alívio da tosse.

Por trás de uma colherada

Confira do que é composto o alimento produzido pela abelha Apis mellifera, a mais disseminada pelo território brasileiro:

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75% de açúcares
Há glicose e frutose, tipos que caem rapidamente na corrente sanguínea. Por isso não dá para exagerar.

20% de água
Ela não deve exceder esse valor nem ficar abaixo de 15%. Já o mel de abelhas nativas é mais líquido.

5% de nutrientes
Há um combo formado por vitaminas, minerais, aminoácidos e inúmeros antioxidantes.

Linha de produção

O passo a passo mostra o trabalho meticuloso das abelhas para a produção desse alimento milenar, o mel. É o mais puro show da natureza:

1- A coleta
As abelhas operárias buscam néctar nas flores. Ele é estocado em um estômago especial, o papo de mel.

2- Barriga cheia
Satisfeito, o inseto retorna à colônia. No caminho, suas glândulas liberam enzimas que são incorporadas ao néctar.

3- Hora do passe
Na colônia, a solução açucarada (e cheia de água) é transferida para outras operárias. A abelha coletora volta ao campo.

4- Ajuste fino
Uma atrás da outra, as abelhas batem as asas, criando uma corrente de ar que remove o excesso de água do mel.

5- Lacração
Ao atingir o teor certo de água, o mel é guardado no favo. Cada célula é fechada com cera, barrando o contato com o ar.

6- Está pronto
No momento certo, o apicultor (com as roupas de proteção) retira os favos da colmeia para ter acesso ao mel.

7- Dose reserva
O apicultor precisa deixar um pouco do mel na colmeia. As abelhas recorrem a ele em tempos de flores escassas.

Cozinha com toque de doçura

Existem diversos modos de utilizar o mel e apreciar novos sabores. A despeito das escolhas, o crucial é se guiar pela moderação:

Café da manhã

+ Por cima de frutas
+ Com iogurte e aveia
+ No café ou no leite
+ No recheio da tapioca

Almoço e jantar

+ No molho de salada
+ Com carnes
+ Nos vegetais assados
+ Ao grelhar legumes

Sobremesas e snacks

+ Em bolos e pudins
+ Na pipoca
+ No flã de iogurte
+ Em vitaminas

Um vasto universo

Outros produtos fazem parte do mundo das abelhas. Além do néctar, elas comem o pólen das flores, item turbinado de proteínas. Já a geleia real é o alimento que as operárias ofertam à abelha rainha. “Esse produto é muito mais rico que o mel”, define Eugênio Basile, proprietário da Mbee, em São Paulo.

Para ter ideia, não há diferenças genéticas entre as operárias e a rainha. No entanto, por causa da dieta à base de geleia real, a soberana supera em cinco vezes o tamanho de suas súditas. Sem falar que pode viver até cinco anos — as abelham comuns alcançam uns 45 dias. O própolis, por sua vez, tem a função de barreira, blindando a colmeia. “Não à toa podemos utilizá-lo como bactericida”, nota Basile.

O sonho da colmeia própria

Uma maneira de resguardar as abelhas nativas sem ferrão é proporcionar a elas uma morada — e pode ser no seu quintal ou na sua varanda. Não precisa ter medo: são inofensivas. “O manejo é simples, principalmente ao optar por espécies acostumadas com o ambiente urbano, como a jataí”, ensina o biólogo Cristiano Menezes.

Os insetos podem ser adquiridos com criadores ou atraídos com uma isca — basta colocar extrato de própolis da abelha sem ferrão dentro de uma caixinha. Menezes lembra que a Embrapa Meio Ambiente lançou um curso online de três horas sobre a atividade, denominada meliponicultura. “Ele é gratuito e direcionado a iniciantes”, avisa. “Até crianças podem colher o mel”, destaca.

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Batata-doce: deliciosa e com inúmeros benefícios

A batata-doce é um tubérculo considerado uma ótima fonte de carboidrato. Quem nunca ouviu alguém focado na dieta dizer que comeria seu “frango com batata-doce”? Sim, essa combinação é ótima para quem faz musculação, mas os benefícios da batata-doce vão muito além disso!

As fibras e os
antioxidantes presentes nela promovem a saúde intestinal. Quando cozida e
resfriada, também fornece amido resistente, um tipo de amido que, ao passar
pelo intestino grosso, alimenta as bactérias benéficas, por isso a batata-doce é
considerada um probiótico que melhora o funcionamento do intestino.

Para quem
tem diabetes ela é uma ótima opção, já que controla a glicemia e a secreção de
insulina, por ser um alimento de médio índice glicêmico. Os carboidratos
presentes na batata-doce são digeridos mais lentamente, levando ao aumento
gradual da glicose no sangue e evitando picos de glicemia e de insulina.

A
batata-doce é bastante versátil e pode ser preparada de diversas formas.
Pensando em receber amigos em casa e oferecer snacks saudáveis? Confira a nossa
sugestão de receita de chips de batata-doce, fácil, rápida e deliciosa.


Ingredientes

– 1 batata-doce média;

– 1 colher (café) de sal;

– 1 colher (café) de orégano;

– Pimenta-do-reino a gosto;

– 2 colheres
(sopa) de azeite.

Modo de preparo

1. Lave bem a batata-doce e corte-a em fatias bem finas.

2. Adicione todos os ingredientes em uma vasilha.

3. Coloque as fatias de batata-doce em uma assadeira untada com manteiga.
Não deixe uma fatia sobre a outra.

4. Asse por 20 minutos em forno preaquecido a 230 ºC.

5. Vire as fatias e asse por mais 20 minutos ou até dourar.

Receita do
site Tudo Gostoso.

Fonte: Viva
Bem Uol.

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