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Primeiro passo para emagrecer: saber que não existe alimento proibido

Outro dia, conversando com uma amiga, ouvi dela a pergunta considerada mais importante para quem quer emagrecer: “Qual alimento eu não posso comer em hipótese alguma?”. Pois essa é uma armadilha que criamos. Adotar o pensamento binário, baseado no “sim ou não”, estimula em nossas mentes um padrão de permitido e proibido, certo e errado. Memorize aqui um conceito importante: não existe alimento saudável, e sim um padrão alimentar saudável.

Quando tentamos banir algum item que julgamos ser o vilão da dieta equilibrada, acabamos criando, em paralelo, um desejo – às vezes, incontrolável – de ingeri-lo.

Os mecanismos desse comportamento ficaram ainda mais evidentes nesse período de distanciamento social. Afinal, aqueles alimentos saborosos e até então vetados do dia a dia, ganharam status de prêmio de consolação devido à alteração da nossa rotina – algo parecido ocorre com as bebidas alcoólicas.

Acontece que pensar em alimentos proibidos e permitidos gera culpa e sensação de fracasso quando cedemos à tentação. Para escaparmos desse comportamento, o primeiro passo é mudar o adjetivo ligado a esses ingredientes.

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Comece se perguntando: “Eu quero isso?”. A partir daí, defina os alimentos como desejados ou não desejados. E, ao se permitir consumir algo, foque no fato de que você está no controle da situação: trata-se de sua opção e responsabilidade. Assim, tanto o ônus como o bônus da escolha são inteiramente seus.

Se você taxa um alimento de proibido e cede à tentação, a ingestão prazerosa inicial será imediatamente substituída por culpa. Esse sentimento exigirá outro pedaço para amenizar o sofrimento. Após o deleite inicial, o segundo pedaço trará de volta o peso na consciência. Este ciclo se repetirá até que o maior prazer possível nessa situação aconteça: o fim do alimento. Pode parecer engraçado, mas a verdade é que temos imensa satisfação ao realizar uma tarefa assim. É como se ticássemos a alternativa “acabou a tentação”.

Por outro lado, a permissão do alimento figura como uma escolha. E quando isso acontece, o sabor de cada mordida é ritualizado e sentido, representando o prazer da opção – sem a necessidade de ver o fim do prato como prêmio. Na ausência da culpa, nos permitimos comer devagar e curtir cada pedaço. Por isso, muitas vezes até nos satisfazemos com uma quantidade menor.

Alterar esse tipo de pensamento representa, portanto, a grande estratégia para encontrar o caminho definitivo do emagrecimento. Então, quando algum alimento surgir na sua mente como proibido, lembre-se: você pode comê-lo! Mas é realmente isso o que deseja?

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Se a resposta for sim, coloque-o em um momento especial da semana, como se fosse uma ilha para a travessia. Falamos mais desse conceito no livro “O Fim das Dietas” (compre aqui). Em resumo, as ilhas são estratégias programadas para que seu trajeto ao emagrecimento seja prazeroso, e não apenas o destino dessa viagem.

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A efetividade das advertências nos rótulos de alimentos

Em diversas partes do mundo avança a discussão sobre a importância de modificar o sistema de rótulo dos alimentos, considerado confuso para grande parte das pessoas. Uma das opções que se destaca é o modelo de advertência. Ele apresenta, na frente das embalagens, os ingredientes que estão em excesso no produto e que, se consumidos sem moderação, podem ocasionar prejuízos à saúde – como sódio, gorduras e açúcares. Veja exemplos:

<span class="hidden">–</span>Divulgação/SAÚDE é Vital

Esse tipo de informação pode influenciar o comportamento do consumidor, já que contribui para escolhas mais saudáveis. Assim, é capaz de auxiliar na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e problemas do coração.

No Brasil, diferentes estudos foram conduzidos para identificar o melhor modelo de rotulagem nutricional frontal. No início de julho, a divulgação de uma pesquisa realizada pela Embrapa Agroindústria de Alimentos em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e com a Universidad de la República do Uruguai reforçou as evidências de que o uso das advertências é de fato a opção mais vantajosa.

O estudo investigou o efeito de diferentes modelos na percepção do consumidor sobre a saudabilidade de alimentos. Concluiu-se que as advertências – representadas por símbolos como o octógono preto, o triângulo preto e o círculo vermelho, e que transmitem uma mensagem de alerta – facilitam a interpretação das informações do produto.

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Além disso, os sinais pretos desempenharam melhor do que o uso de cores, pois exigiram menos tempo para serem detectados nas embalagens coloridas de muitos produtos alimentícios.

Nossa situação atual

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é responsável pela atualização das normas de rotulagem nutricional em vigor. As discussões foram iniciadas em 2014 e, em dezembro de 2019, a entidade encerrou uma consulta pública para que a população opinasse sobre o melhor modelo de rotulagem nutricional a ser adotado no país. Mas, até agora, a análise não foi finalizada.

O modelo de rotulagem frontal sugerido pela Anvisa é o de uma lupa (veja abaixo), que, apesar de indicar o conteúdo elevado de nutrientes não saudáveis, não permite a repetição da imagem de acordo com o número de nutrientes em excesso. Isso significa que, se um produto apresentar exagero de gorduras saturadas, açúcar e sódio ao mesmo tempo, o consumidor só encontraria uma única lupa. No sistema de advertência, por outro lado, teríamos três símbolos de alerta, um por nutriente.

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Acontece que não há evidências científicas que respaldam tecnicamente o modelo sugerido pela Anvisa, pois não foi comprovada a superioridade da lupa em relação à rotulagem de advertência. A proposta é questionada por diversos especialistas, inclusive pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), porque diminui o poder do símbolo.

Os resultados da pesquisa da Embrapa corroboram um estudo realizado com o Datafolha em 2019, no qual 82% dos participantes identificaram corretamente o alimento mais saudável a partir das advertências em formato de triângulos. Com a lupa, apenas 62% conseguiram responder de forma correta.

No Chile, primeiro país a implementar o modelo de advertências, pesquisas apontam mudanças positivas nos hábitos da população. Os consumidores entendem melhor a qualidade nutricional dos produtos alimentícios e houve uma diminuição na compra de itens cheios de açúcar, como bebidas adoçadas e cereais matinais.

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Não dá para esperar

O enfrentamento da epidemia da obesidade e de doenças crônicas não transmissíveis nunca foi tão urgente. Segundo dados do Ministério da Saúde, 56% da população está com excesso de peso e 7% são diabéticos – fatores que inclusive potencializam os efeitos negativos do novo coronavírus, o atual temor no mundo todo.

E já é consenso na comunidade científica que o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados está diretamente associado ao ganho de peso e a outros tantos problemas graves de saúde.

Embora esses quadros sejam largamente vinculados a comportamentos individuais, a verdade é que estão relacionados, sobretudo, a mudanças no padrão alimentar da população. E elas são fortemente influenciadas por fatores ambientais, como a falta de informações claras nos rótulos e a publicidade de alimentos.

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Considerando o número de pessoas atingidas e a natureza estrutural do problema, não há dúvidas de que essa é uma questão coletiva, e não individual. Por isso, precisa ser enfrentada urgentemente por meio de políticas públicas efetivas. A rotulagem nutricional de advertências é a medida que poderá abrir esse caminho de mudanças.

*Laís Amaral é doutora em Ciências e pesquisadora do Idec e Ana Paula Bortoletto é doutora em Nutrição e Saúde pública e coordenadora do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec.

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Dia do Agricultor: momento de celebrar o trabalhador do campo!

Considerada uma das profissões mais antigas do mundo, o agricultor já foi chamado de lavrador, pequeno produtor e até de camponês. O Dia do Agricultor é comemorado em 28 de julho, graças ao Decreto de Lei nº 48.630, de 1960, assinado pelo então presidente Juscelino Kubitschek, em comemoração aos 100 anos do Ministério da Agricultura.

Muita coisa mudou desde a instituição da data. A tecnologia, a ciência e o empreendedorismo transformaram a arte de produzir o alimento, com técnicas que possibilitaram o avanço da colheita, geraram o aumento na produtividade e da produção de alimentos, proporcionando um grande passo para nosso país que tornou-se o maior produtor de cana-de-açúcar, café, cacau, laranja, soja e feijão.

Além de produzir alimentos, o agricultor é responsável pela produção de matéria-prima para insumos utilizados no dia a dia, como móveis, lápis e algodão, tudo isso passa pelas mãos do agricultor.

Entre os agricultores existe uma vertente forte e importante dessa função, que são os agricultores orgânicos. Eles têm como objetivo respeitar o meio ambiente acima de tudo, buscando sempre produzir a partir de fontes renováveis. Dessa forma, colaboram na redução das pegadas de carbono no planeta e contribuem na busca de um novo caminho para a produção de alimentos e para o futuro do homem no campo e da sociedade.

Parabéns pelo seu dia, agricultor!

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As origens da rica culinária brasileira

Disponibilizada pela Amazon Prime, serviço de vídeos online sob demanda, a série História da Alimentação no Brasil é baseada no livro homônimo (clique para comprar) do antropólogo Luís da Câmara Cascudo (1898-1986). A atração, dirigida por Eugenio Puppo, reúne mais de 400 horas de gravações e entrevistas para contar as origens de alguns ingredientes essenciais da nossa culinária, como a mandioca, o milho, a banana e o coco.

Há também espaço para os pratos típicos, caso de churrasco e cuscuz. Os episódios mostram como esses alimentos ficaram onipresentes nos lares brasileiros e, mais do que isso, foram capazes de criar tradições entre indígenas, africanos e europeus ainda celebradas nas festas do Norte ao Sul do país até hoje.

Para assinar a Amazon Prime, clique aqui.

O desbravador dos pratos

Câmara Cascudo foi o mais importante pesquisador da alimentação brasileira. Confira trechos que ele escreveu sobre três ingredientes abordados na nova série:

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Mandioca, a rainha do Brasil
“[Os portugueses] afirmavam, unânimes, ser aquela raiz o alimento regular, obrigatório, indispensável aos nativos e europeus recém-vindos. Pão da terra em sua legitimidade funcional. Saboroso, fácil digestão, substancial.”

Verde milho, doce milho
“O milho era uma presença na alimentação indígena […] e o milharal é um documento do trabalho humano, porque essa gramínea só se reproduz semeando-se. Acompanha o homem prestando-lhe um auxílio generoso.”

O caso das bananas
“A fruta mais popular no Brasil é a banana. Crua, assada, cozida; com açúcar, canela, doce em calda e a bananada, compacta; assada, com queijo, cartola; farinha para crianças; mingau, tortas. Com mel. Licor.”

Ficha técnica

História da Alimentação no Brasil

Direção: Eugenio Puppo

Número de episódios: 13 (com 26 minutos cada um)

Onde assistir: Disponível no serviço de streaming Amazon Prime Video

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O melhor café para a sua saúde

“O brasileiro tem café correndo em suas veias”, brinca a barista Concetta Marcelina, professora de gastronomia do Senac, em São Paulo. Dá para entender a analogia… Afinal, somos o principal produtor dos grãos no mundo e, ao mesmo tempo, o segundo maior mercado consumidor — ficamos atrás apenas dos Estados Unidos. Para ter ideia, uma pesquisa encomendada pela empresa Jacobs Douwe Egberts, dona das marcas Pilão e L’OR, e divulgada no ano passado, indica que 98% dos lares consomem café. E, apesar da oferta cada vez maior de máquinas de expresso caseiras, a bebida coada segue a mais popular. Ótimo que seja assim. Em estudo da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e do Instituto Norueguês de Saúde Pública, esse tipo foi considerado o melhor para o organismo.

No trabalho, os pesquisadores avaliaram os hábitos, com foco no consumo de café, de 508 747 pessoas de 20 a 79 anos durante cerca de duas décadas. Nesse período, 46 341 participantes morreram — boa parcela por doenças cardiovasculares. Então, cruzaram-se os dados. A primeira conclusão é que, de modo geral, a bebida não impacta negativamente a saúde. Pelo contrário: o café filtrado foi associado a mais aniversários pela frente. Nos cálculos dos cientistas escandinavos, o costume diminuiu em 15% o risco de falecer por qualquer causa em comparação a não tomar a bebida. Para morte por doenças cardíacas, a redução do perigo bateu 12 e 20% entre homens e mulheres, respectivamente. O café coado não foi citado à toa: em todos esses aspectos ele se mostrou superior ao método não filtrado. Os autores da investigação já têm pelo menos uma hipótese: sem o filtro, substâncias presentes no grão reconhecidamente capazes de elevar o colesterol acabam passando para a xícara.

O cardiologista Luiz Antonio Machado César, ex-presidente e assessor científico da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), lembra que, entre a população estudada, o método não filtrado preferido era a prensa francesa. Nele, a água quente é despejada sobre o café moído e fica em infusão por uns bons minutos. Daí, pressiona-se um êmbolo, separando, finalmente, o pó do líquido. No Brasil, por outro lado, o café não filtrado mais comum provavelmente vem da máquina de expresso. “Nela, ocorre a compactação do pó no porta-filtro e depois a extração do café pela água quente sob pressão”, ensina a nutricionista Mônica Pinto, coordenadora de projetos da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Ou seja, o processo dura poucos segundos. “Na prensa francesa, o tempo de contato da água com o pó é muito maior. Portanto, mais substâncias são extraídas”, compara César.

A verdade é que ninguém precisa abdicar do café da máquina se estiver na correria e não der tempo de recrutar o coador — até porque, se não houver exagero, tudo indica que é melhor tomar do que não ter esse hábito. “A preocupação é se o indivíduo só bebe o expresso e em alta quantidade”, pondera o médico. “Nesses casos, é possível encarar algum malefício. Mas ainda não dá para bater o martelo”, acrescenta. Estudioso do grão, César estava atrás desse tipo de resposta em experiência conduzida no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas de São Paulo. Por causa da pandemia do novo coronavírus, o projeto está em banho-maria.

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De qualquer forma, os especialistas assumem que o tipo coado é, entre todos, o que tem maior capacidade de reter o cafestol e o kahweol, as substâncias gordurosas e polêmicas do grão. É que essas moléculas ficam presas nas tramas do pano ou no papel. De acordo com o cardiologista, dá para beber até uns 600 mililitros por dia numa boa — com leite ou não, vai do gosto do freguês. “Acima dos 65 anos, sugerimos o consumo de, no máximo, 450 mililitros”, aponta. Para quem é do time que só gosta do expresso, aí é melhor ser mais comedido e ficar em até quatro xícaras. Para a nutricionista da Abic, dentro desses limites cada pessoa deve buscar a dose que dá mais satisfação, sempre lembrando que falamos de um item estimulante por causa da cafeína. “O ideal é reduzir o consumo à noite para não afetar o sono”, avisa. “A primeira xícara deve ser tomada na primeira hora após o despertar e as demais com intervalos mínimos de duas horas”, recomenda.

O estudo nórdico não é o primeiro e certamente não será o último a ligar esse comportamento a benefícios como proteção cardíaca e uma vida mais longa — e há muitos outros efeitos na mira da ciência. O café é desses alimentos lotados de compostos fenólicos, que são substâncias antioxidantes. “Elas protegem as células, bloqueando processos que seriam prejudiciais ao nosso organismo”, resume o médico da Socesp. É como se o líquido ajudasse a desacelerar processos atrelados ao envelhecimento e que têm relação íntima com problemas cardiovasculares, capazes de culminar em um infarto ou derrame. Mônica cita ainda a presença de vitamina B3 e minerais como potássio, ferro e manganês. Para uma singela xícara, é um mix de respeito. A seguir, desvendamos alguns truques para o café coado ideal — tanto para a saúde como para o paladar.

O filtro

Hoje, há vários métodos de extração que se valem da versão de papel — considerada mais prática —, e, por isso, esse filtro surge em formatos diversos. Em geral, o que prevalece na casa das pessoas é o tipo Melitta. Fato é que o papel tende a reter mais as substâncias gordurosas do café. “Mas, em certas regiões do país, há preferência pelo coador de pano”, conta a química Camila Arcanjo, coordenadora do campus da Specialty Coffee Association (SCA) do Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo (Sindicafesp). Como ele não precisa ser descartado a cada uso, é melhor para o meio ambiente.

Agora, pensando no sabor da bebida, a história fica mais controversa. “O pano vai acumulando resíduo. Logo, você nunca vai tomar uma xícara igual à anterior”, avisa Júlia Fortini, barista da Academia do Café, na capital mineira, e campeã brasileira de métodos de extração. Se quiser provar dessa técnica clássica, que remete a casa de vó, é fundamental respeitar certos cuidados com o coador de pano. Acompanhe abaixo:

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<span class="hidden">–</span>Ilustração: Thiago Almeida/SAÚDE é Vital

A água

Ainda que o sistema de abastecimento da sua cidade forneça uma água de qualidade pela torneira, evite essa opção ao preparar o café. “Ela tende a concentrar um pouco mais de cloro e outros resíduos”, ensina Concetta. “A filtrada apresenta melhor qualidade”, completa a barista. Para Júlia, um dos principais mitos em torno da água é o papo de que ela não pode dar sinal de fervura — caso contrário, queimará o café. “Só que, antes, o grão é torrado a uma temperatura de mais ou menos 200 °C. Se fosse queimar, seria nessa hora”, ilustra.

Mas deixar fervendo realmente não é legal, já que o oxigênio vai embora e o líquido perde propriedades. Aposte no meio-termo: quando a água começar a entrar em ebulição, soltando bolhas médias, desligue o fogo e aguarde um pouco antes de usar.

<span class="hidden">–</span>Ilustração: Thiago Almeida/SAÚDE é Vital

O pó

Para obter um café de qualidade, Camila frisa que a matéria-prima é o ponto principal. Há basicamente quatro linhas de produtos: tradicional, superior, gourmet e especial. Para quem não quer se aprofundar nas nomenclaturas, mas deseja uma bebida mais saborosa, um recado: “Verifique a data da torra ou fabricação. Quanto mais recente, melhor”, diz Concetta.

Ela também sugere a torra média. “Quando é muito forte, encobre os aromas e o açúcar natural do café. Restam só cor e cafeína”, justifica. Uma embalagem com bastante informação (de onde vem, quem produz etc.) é outro bom sinal. “Se for provar pela primeira vez, compre o pacote menor”, orienta Ramos.

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<span class="hidden">–</span>Ilustração: Thiago Almeida/SAÚDE é Vital

O dulçor

O ideal é dispensar o açúcar. “Se estiver habituado a adicionar muitas colheres, reduza gradualmente”, orienta Mônica. A nutricionista reforça que isso é importante não só por causa das calorias, mas também pelo risco de diabetes. Cabe ressaltar que, em geral, a impossibilidade de degustar uma xícara sem pesar no ingrediente denota a má qualidade do café. Busque uma bebida que você consiga tomar com só um tiquinho de açúcar.

<span class="hidden">–</span>Ilustração: Thiago Almeida/SAÚDE é Vital

A dose correta

Se empolgou ao saber que, para a saúde, tudo bem tomar ao redor de 500 mililitros de café ao dia? Mas atenção: o conselho dos baristas é preparar a bebida aos poucos. Nada de fazer pela manhã e largar na garrafa térmica o dia inteiro. “Ela oxida facilmente. Assim, vai perdendo suas características sensoriais”, alerta Júlia, da Academia do Café. Segundo Ramos, um bom parâmetro é passar a quantidade que você pretende beber em uma hora.

<span class="hidden">–</span>Ilustração: Thiago Almeida/SAÚDE é Vital

Quarentena cafeinada

Durante o confinamento domiciliar devido à pandemia do coronavírus, ocorreram muitas mudanças de hábito entre a população. Por exemplo: o consumo de café, que sempre foi expressivo, disparou. De acordo com a Abic, o acréscimo no mês de março chegou a 35%. Para Mônica, as pessoas resolveram estocar o produto no primeiro mês de quarentena por causa do receio de um possível desabastecimento.

Mas não dá para se esquecer do impacto da bebida em nosso bem-estar. “Ela tem um valor social e emocional muito grande”, reconhece a nutricionista. “O café dá conforto e traz recordações de se estar em família”, adiciona Concetta. E, para quem adora o tipo coado, estar dentro de casa, pertinho da cozinha, também é um convite para passar um cafezinho com maior frequência.

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<span class="hidden">–</span>Ilustração: Thiago Almeida/SAÚDE é Vital

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Compra de suplementos sobe na pandemia

Um estudo encomendado pelos conselhos de Farmácia à consultoria IQVIA revela que, comparando o primeiro trimestre de 2019 com o mesmo período em 2020, houve um acréscimo de 35,5% nas vendas de vitamina D e de 180% nas de vitamina C. Suspeita-se que a pandemia de coronavírus tenha inflado os números.

“As duas vitaminas são importantes para a manutenção do sistema imunológico”, interpreta a nutricionista Maísa Antunes, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mas a pesquisadora pondera: nossas defesas já funcionam a 100% se estivermos saudáveis. “Os suplementos não incrementam esse valor”, frisa.

Assim, suplementos só deveriam ser recrutados caso se comprove a deficiência por meio de exames. “E na dose certa para suprir a carência”, observa Maísa. Quem faz a ingestão por conta própria corre o risco de abusar e sofrer efeitos indesejáveis.

Apelo à imunidade

Muitas marcas estão vendendo produtos com a alegação de que turbinam nossas defesas naturais — tem suplemento para shot, leite, suco… “São propagandas enganosas”, critica Maísa.

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De acordo com a nutricionista, caso o indivíduo enfrente algum problema que realmente comprometa o sistema imunológico, é preciso tratar esse quadro específico. E a saída não estará em um shot ou coisas do tipo.

 

<span class="hidden">–</span>Fotos: Dercílio (brócolis e couve), Alex Silva (cogumelos, leite e salmão), Deborah Maxx (agrião), Fabio Castelo (limão), Fabio Heizenreder (caju), Marcelo Zocchio (goiaba), Sheila Oliveira (pimentão)/SAÚDE é Vital

O sol continua rei

Para não faltar vitamina D, a exposição solar é medida-chave:

Só um pouquinho
Reserve uns 20 minutos ao dia para tomar sol. Pode aproveitar os raios da manhã, embora o ideal seja entre 10 e 15 horas.

Corpo descoberto
O certo é que o sol incida direto na pele. Mas não precisa ser no corpo inteiro. Dá pra intercalar braços e pernas.

Janela aberta
Para os raios cumprirem sua função, vidros também não devem ficar no meio do caminho. Deixe o sol entrar sem barreiras.

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Chegou a época da mexerica. Conheça todos os benefícios dessa fruta!

Mexerica, tangerina, bergamota ou mimosa. Como você
chama essa fruta na sua região?

Estamos na época de uma das frutas mais amadas do
Brasil. A mexerica é adocicada e muito prática, já que para o consumo é
facilmente descascada com a mão e considerada um ótimo lanche para qualquer
momento do dia.

Saiba
5 benefícios e curiosidades da mexerica

1.  Ela é rica
em vitaminas, em especial a C, que fortalece a defesa do organismo e age como
antioxidante, prevenindo contra o envelhecimento precoce das células.

2. É considerada também uma ótima fonte de fibras,
que favorecem o bom funcionamento intestinal e trazem a sensação de saciedade.

3. Existem diversas espécies e variedades e até
mesmo suas folhas podem ser aproveitadas como chá, que tem um cheiro delicioso,
é saboroso e ainda tem poder calmante.

4. Os gomos da mexerica têm poucas sementes e ajudam
a reduzir a absorção de glicose e gorduras.

5. Tem uma boa quantidade de sais minerais, como
potássio, cálcio, ferro, magnésio e fósforo.

Veja
uma receita de chá feito com a casca da mexerica

Para consumir o chá, é necessário
desidratá-la, colocando-a em uma forma de alumínio e deixando ao sol por alguns
dias. Após esse período, é indicado guardar as cascas em um pacote bem fechado
na geladeira e consumir em até dois meses.

Para preparar o chá, basta colocar 500 ml
de água para esquentar e, quando alcançar fervura, adicionar as cascas de 3 mexericas.
Deixe por três minutos, desligue e coe. O chá pode ser tomado quente ou frio,
sem adição de açúcar.

Fontes:


Tangerina ou mexerica? 11 benefícios da fruta que turbina a imunidade https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2018/10/05/tangerina-ou-mexerica-conheca-11-beneficios-e-como-consumir.htm

Mexerica: benefícios que vão muito além da vitamina C!

Conheça os benefícios da mexerica para a saúde
https://www.arevistadamulher.com.br/faq/30600-conheca-os-beneficios-da-mexerica-para-a-saude

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Excesso de álcool aumenta os riscos de câncer e compromete tratamentos

Durante a quarentena, a Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead) observou um aumento de 40% nas vendas de bebidas alcoólicas. Os motivos podem ser inúmeros: estresse, ansiedade, preocupação, ou mesmo distração, principalmente através de encontros virtuais.

O consumo precisa ser responsável, já que o abuso traz muitos malefícios para o corpo. Além de depressora, essa droga está relacionada ao desenvolvimento de diversas doenças, inclusive o câncer. Tumores de boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, fígado e intestino são mais comuns entre usuários de álcool.

A verdade é que mesmo baixas doses são tóxicas para o organismo — embora o exagero seja muito mais prejudicial. Não existe quantidade segura para o corpo. O álcool e os subprodutos de seu metabolismo, como o acetaldeído, podem ser classificados como carcinogênicos.

Um ponto importante é que os tumores relacionados ao consumo de álcool também são fomentados pelo cigarro. A combinação desses dois fatores potencializa o risco de câncer. Para reduzi-lo, é imprescindível controlar o consumo.

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Para pacientes oncológicos em tratamento, as bebidas alcoólicas são desaconselhadas, porque podem provocar diversos sintomas, como a alteração do hábito intestinal, náuseas, vômitos e diarreia. Isso, junto com os efeitos da doença e das terapias, compromete o bem-estar e a própria continuidade do tratamento.

Aliás, o álcool também pode interferir na absorção de medicamentos oncológicos que tenham sido utilizados via oral. Ele chega até a afetar a metabolização de tratamentos injetáveis. Ou seja, pode diminuir a eficácia ou exacerbar reações adversas da quimioterapia.

As estratégias mais eficientes para evitar o câncer ainda são reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas, não fumar, praticar atividades físicas, proteger-se do sol e manter a rotina de exames preventivos (como Papanicolau, mamografia e colonoscopia). A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc) disponibiliza em seu site materiais educativos de prevenção, que estão ao alcance de todos.

*Por Dra. Angélica Nogueira, diretora da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc) e Coordenadora do Comitê de Tumores Ginecológicos.

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Tenha um lar mais sustentável com 3 ações para transformar sua rotina

O período de
quarentena está durando mais tempo do que o esperado e as incertezas do futuro
podem prejudicar a saúde mental de muita gente, mesmo assim, existem
possibilidades de transformar o momento em oportunidade e escolher caminhos
mais saudáveis já dentro de casa.

Que tal
aproveitar para conhecer alternativas sustentáveis que podem melhorar a forma
com que você se relaciona com o ambiente e com o mundo?

Confira algumas ideias e comece já!

Reciclagem

Esse pode
ser o primeiro passo para fazer com que toda sua família se torne mais
consciente. Comece separando os sacos de lixo durante o descarte de papéis,
vidros, metais e plásticos. Para diminuir ainda mais a produção de resíduos
dentro de casa, escolha produtos com menos embalagens nos supermercados e leve
sempre com você sacolas de pano.

Compostagem

Você sabe o
que fazer com os resíduos orgânicos? A compostagem pode ser uma ótima opção, já
que contribui para a renovação da vida. Nesse processo, os micro-organismos,
como fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação da matéria orgânica.

Comece
separando os resíduos como, por exemplo, restos de verduras, frutas e outros
alimentos. A composteira transformará os resíduos em adubo para as plantas e
você pode escolher entre ter uma composteira apenas com os resíduos
(microbianas) ou com minhocas, as duas funcionam bem e apenas variam no tempo
da compostagem dos resíduos, com as minhocas o tempo cai pela metade.

Já existem
diversas ONGs que colaboram ensinando compostagem ou fazendo a coleta dos
resíduos. Se você não tem espaço para uma composteira em casa, apenas separe o
lixo e entregue no local correto.

Horta em casa

Nas grandes metrópoles é difícil ter acesso a uma
horta, mas você pode começar sua pequena produção dentro de casa. Que tal dar o
primeiro passo em um vaso?

Comece encontrando um cantinho que receba a luz do
sol por algumas horas do dia e que tenha uma boa ventilação. Escolha vasos de
barro e não esqueça dos furos no recipiente, para escoar a água. Você pode
introduzir uma pequena variedade de mudas no vaso ou escolher a sua favorita.

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Consumo de suplementos cresce na pandemia do coronavírus. Vale a pena?

A pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) pode ter contribuído para a população brasileira usar mais suplementos alimentares. Ao menos é o que sugere um levantamento encomendado pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais e Congêneres (Abiad).

Foram realizadas 275 entrevistas no mês de maio nas cidades de Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Brasília e Belém. Em todo os lares avaliados, pelo menos um morador recorria aos suplementos. O estudo indica que 48% desses usuários passaram a ingerir mais multivitamínicos e afins. Outros 47% mantiveram a mesma taxa de consumo, enquanto apenas 5% diminuíram.

De acordo com a engenheira de alimentos Tatiana Pires, presidente da Abiad, o crescimento era esperado. “Os respondentes já se preocupavam com a saúde. Na pesquisa que realizamos anteriormente, concluímos que eles mantêm um estilo de vida equilibrado e buscam informações sobre isso”, relata.

No período da pandemia, a maior justificativa para o aumento da busca foi melhorar a imunidade (63%), sendo que 9% dos indivíduos mencionaram especificamente a Covid-19. Os três tipos mais procurados foram multivitamínicos (28%), vitamina C (26%) e vitamina D (8%).

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Mas atenção: não há qualquer evidência de que suplementos reduzam o risco de infecção pelo novo coronavírus. Em um documento que aborda diferentes tratamentos contra essa infecção, a Sociedade Brasileira de Infectologia afirma: “Não há comprovação de benefício do uso de vitaminas C ou D, nem de suplementos alimentares, como zinco, exceto em pacientes que apresentam hipovitaminose ou carência mineral”.

O recado, aliás, não vale apenas no contexto do Sars-CoV-2. De acordo com uma revisão de 29 estudos liderada pelo Instituto Cochrane, a suplementação de vitamina C não preveniu resfriados, por exemplo. Atenção: a substância pode reforçar o sistema imune, mas em doses normais, que são atingíveis com uma alimentação minimamente balanceada.

No mais, extrapolar a dose diária preconizada de certos nutrientes por meio da suplementação pode aumentar o risco de problemas de saúde, como mostramos neste especial.

Daí porque parece preocupante o dado de que apenas 20% dos participantes do levantamento da Abiad consultaram profissionais da saúde antes de aumentar o consumo de suplementos. Tatiana pondera que as pessoas avaliadas já eram acompanhadas por especialistas e que a suplementação não necessariamente precisa de endosso médico.

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A questão é: como saber se você sofre alguma carência sem exames ou uma avaliação pormenorizada de sua dieta? Sem falar com quem realmente entende do assunto, fica bem complicado.

Por fim, o estudo revelou que 70% daqueles que aumentaram o consumo desses produtos desejam manter o hábito após a pandemia.

Nutrientes em prol da imunidade

Ok, o excesso de uma ou outra vitamina não vai trazer proteção adicional. Mas, de fato, há substâncias presentes em alimentos que, na quantidade adequada, beneficiam o sistema imunológico de maneira geral.

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O zinco (mineral encontrado em carnes, frutos do mar, peixes, cereais integrais) é um deles. A aclamada vitamina C, presente em frutas cítricas e famosa por seu potencial antioxidante, é outro. A capacidade antioxidante do selênio, abundante na castanha-do-Pará, também o coloca como aliado contra infecções.

Algumas pesquisas dão conta de que a vitamina D, obtida por meio da exposição aos raios solares e do consumo de certos pescados, favoreceria o trabalho das nossas células de defesa.

Mas não custa reforçar: a melhor forma de obter quantidades adequadas dessas substâncias é através da dieta e de bons hábitos.

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