A quarentena, o distanciamento social, o estresse e outros fatores decorrentes da pandemia mudaram seu comportamento alimentar? Você passou a comer mais ou a abusar de doces? O que mudou?
Fazer perguntas como essas para você mesmo é um bom começo para ajustar, sem neurose, sua alimentação em um período tão desafiador. Mas, para entender a importância disso, antes vou precisar recorrer à ciência.
A maioria dos estudos revela que adotamos comportamentos hedônicos — sendo permissivos e generosos nas porções, nas frequências e nas escolhas do cardápio diário — em momentos de grande ansiedade. Alguns autores associam esse padrão hedônico com a imprevisibilidade e a possível “gratificação” promovida por alimentos especialmente saborosos.
Durante uma pandemia dessas proporções, nós não temos respostas para tudo (aliás, nunca temos, mas às vezes acreditamos que sim). Ficamos olhando para o futuro em busca de soluções, em vez de nos concentrarmos também no presente. É esse olhar sempre para um amanhã incerto que gera tensão emocional.
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Esse estado de nervos, por sua vez, altera a concentração de diferentes neurotransmissores no cérebro. Temos, por exemplo, a redução dos níveis de serotonina, uma substância ligada à sensação de bem-estar.
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E, na falta dessa molécula, o corpo corre atrás de fontes alimentares que, indiretamente, estimulam sua produção. É o caso dos alimentos mais ricos em gordura. Claro que, no cenário descrito, a opção por esse tipo de comida não é voluntária: “Nossa, estou tão ansioso que preciso de uma manteiga”. Não é assim.
Porém, nosso inconsciente entra em cena com força, a partir experiências de vida. Vou explicar melhor.
Imagine que, na primeira vez que ficou ansioso, você resolveu conscientemente comer um pedaço de chocolate para se recompensar. Poucos minutos depois, seu nervosismo diminui. Essa informação, não racional, fica armazenada em uma região do cérebro denominada sistema límbico. O aroma, o sabor e a sensação após comer o chocolate estarão devidamente catalogados e arquivados nessa região.
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Na próxima ocasião que sua ansiedade der as caras, essa memória será resgatada do arquivo pelo seu inconsciente. E pronto: lá vai aquela barrinha suculenta, marronzinha e perfumada de cacau para dentro da boca. Ou mesmo um pão com dose extra de manteiga.
Ok, mas o que tudo isso tem a ver com as questões do começo do texto? Elas ajudam a racionalizar seu padrão alimentar de maneira geral, cerceando o inconsciente.
Quando se pegar com vontade de consumir algum alimento com grande quantidade de gordura, pergunte para você mesmo: “Por que estou com vontade de comê-lo?”. Essa manobra serve para colocar a parte do sistema nervoso central mais racional de olho no danado sistema límbico.
Se a resposta for um genuíno “me programei para comer esse doce”, ótimo. Aproveite o chocolate e mantenha a alimentação sob controle. Já se a vontade só surgiu porque o chocolate está ali na sua cara ou porque você está nervoso, cuidado!
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Uma boa estratégia para esse momento é substituir o ato de comer por outra atividade que dá prazer. Eu, por exemplo, adoro cuidar das minhas plantas. Aprendi com meus avós e me relaxa muito seguir essa tradição. Pense nas coisas da sua vida que podem ocupar esse lugar. Você vai se surpreender em como isso tira a vontade de guloseimas. Falamos mais sobre o tema no nosso livro O Fim das Dietas (compre aqui).
Durante o período de confinamento, esse padrão pode ter se repetido em sua vida. Aproveite essas situações para treinar outro comportamento alinhado com o seu projeto de emagrecer. Quando esse alimento for de fato um desejo, dissociado das ansiedades do dia, vá e aproveite com calma, saboreando-o lentamente. Bom apetite.
Pesquisadores da Embrapa resolveram aproveitar pedaços quebrados da castanha de caju — que perdem valor comercial — parar criar uma bebida. E foram além: enriqueceram a receita com probióticos, micro-organismos proveitosos para a saúde. “Percebi que o extrato de castanhas tinha um pH ideal para a manutenção dessas bactérias”, revela a engenheira de alimentos Laura Bruno, da Embrapa Agroindústria Tropical, em Fortaleza.
Durante suas análises, a profissional ainda se certificou de que as cepas de lactobacilos e bifidobactérias — tipos já comercializados — permanecem estáveis no produto por um mês. Na etapa seguinte, o sabor foi aprovado nos testes. A novidade é bacana sobretudo para quem não consome lácteos, onde os probióticos geralmente são incorporados. Para colocá-la no mercado, agora é preciso achar uma empresa interessada.
Quem são as bifidobactérias
Essa turma de probióticos, representada pela cepa animalis, foi a selecionada para compor a bebida final, que passou pelos testes sensoriais. “É o tipo mais estudado”, justifica Laura Bruno.
A melhora do trânsito intestinal é seu trunfo. Mas, assim como ocorre com qualquer probiótico, o efeito é observado com a ingestão frequente. “Essas bactérias não ficam permanentemente na microbiota”, lembra a pesquisadora.
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Foram quase dez anos de discussão entre o setor produtivo e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até a publicação do novo marco regulatório para suplementos alimentares no Brasil, em 2018. Até então, só cerca de dez categorias existentes no país eram, do ponto de vista regulatório, aplicáveis a “suplementos alimentares“, sendo que a própria Anvisa reconhecia que o arcabouço normativo no segmento estava fragmentado e desatualizado, o que prejudicava o controle sanitário e jurídico entre esses produtos.
A categoria foi criada e definida pela Anvisa em julho de 2019 com o objetivo de garantir o acesso da população a suplementos seguros e de qualidade, num contexto em que, por mais que tivéssemos avanços tecnológicos com a indústria, precisávamos de ajustes na própria legislação. O reflexo disso se via no lado do consumidor, que tinha mais dificuldade para contar com produtos capazes de trazer benefícios à sua saúde — especialmente quando comparávamos a situação com mercados maduros como Europa e Estados Unidos.
Agora, os fabricantes de suplementos têm até 2022 para implementar as mudanças previstas pelo governo e devemos ter novos progressos com a nova legislação dentro desse mercado estimado em mais de 5 bilhões de reais ao ano.
Ao mesmo tempo que aumenta a oferta de produtos, a regulamentação traz mais segurança ao consumidor, uma vez que define melhor ingredientes e seus limites, padrões de controle microbiológico, boas práticas de fabricação, informações que devem constar nos rótulos etc. Hoje, posso afirmar que os riscos associados ao uso de suplementos alimentares são basicamente aqueles relacionados à compra de produtos irregulares ou ao consumo irresponsável.
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Um dos insumos utilizados pela Anvisa para efetivar essa mudança foi resultado da primeira pesquisa da Abiad sobre hábitos de consumo dos suplementos alimentares no Brasil. Esse levantamento descobriu que mais da metade dos lares brasileiros possuía pelo menos um membro que consumia suplementos e a maioria das pessoas buscava informação a respeito com profissionais de saúde.
O crescimento e a capilarização do consumo no Brasil, aliado à busca de informação e à preocupação com a saúde, reforçou a tese de que estávamos em um momento propício para avançar ao patamar criado pelo novo marco regulatório.
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O papel dos suplementos
Sabemos que o consumo diversificado, balanceado e consciente de alimentos é importantíssimo para a imunidade e a redução na predisposição e gravidade de diversas doenças. A indústria tem pensado nos últimos anos em como oferecer produtos que complementem essa necessidade e atendam a diferentes grupos.
Gosto de ressaltar que suplementos alimentares não são medicamentos. Eles não servem para tratar ou curar doenças, mas, sim, para ajudar na manutenção da saúde. Embora não seja necessário ter a prescrição médica para seu uso, a orientação de profissionais como médicos e nutricionistas é sempre bem-vinda para obter os melhores resultados.
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A mudança de legislação no Brasil vigora em boa hora, uma vez que entramos na pandemia do coronavírus com um acesso mais democrático aos suplementos. Ainda é cedo para afirmar, mas algumas pesquisas lá fora já apontam para a tendência pós-Covid de ingressarmos no novo normal com menos interesse em artigos de luxo e maior propensão a investir na própria alimentação e saúde de forma geral.
Isso só reforça o papel da indústria de alimentos em um período de emergência como o que atravessamos, bem como sua responsabilidade em manter toda a cadeia em funcionamento. A Covid-19 renova a nossa preocupação e a do cidadão brasileiro com a segurança do alimento que se leva para casa e a importância de prezarmos pela qualidade e segurança alimentar.
Com o isolamento, e muita gente fazendo home office, fica claro que não é tarefa simples garantir uma alimentação variada e equilibrada. Não são poucas as pessoas para as quais caiu por terra aquele paradigma de que, ao ficar em casa, seria possível se alimentar melhor. Precisamos pensar em saídas factíveis numa rotina que depende tanto de produtos frescos como industrializados.
Nesse contexto, existem evidências de que suplementos alimentares podem representar uma boa opção de complemento à alimentação. A pesquisa da Abiad já mostrava que os produtos mais consumidos no país eram os multivitamínicos, seguidos de ômega-3, minerais como cálcio e vitaminas como a C. De olho nos dados de março e abril de 2020, observamos um aumento considerável no consumo de multivitamínicos e da vitamina C em específico, itens associados à imunidade.
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É importante lembrar que, recentemente, a Anvisa estabeleceu os critérios para produtos estamparem em suas embalagens alegações como “auxilia no funcionamento do sistema imune”. Isso é contemplado para substâncias como selênio e as vitaminas A, B12, C, D, entre outras.
Com o marco regulatório de 2018, os suplementos passam a fazer parte da categoria de “alimentos” e trabalhamos tanto para assegurar o abastecimento desses itens como para que as empresas mantenham a qualidade dos produtos e uma comunicação assertiva e clara com o consumidor.
O Brasil tem cada vez mais consumidores conscientes e ávidos por se informar e cuidar da saúde. É nesse cenário que os suplementos ganham terreno e, baseados nos avanços da ciência, poderemos criar, aprimorar e fornecer produtos seguros e proveitosos para a população.
* Tatiana Raposo Pires é engenheira de alimentos, mestre e doutora em ciência dos alimentos e presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD)
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O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) criou um banco de dados online que reúne pequenos produtores em todas as regiões do Brasil. Basta digitar a cidade em que você se encontra e uma relação de iniciativas é listada — dá para saber, inclusive, se há entrega em casa ou venda só no ponto físico.
O nutricionista Rafael Arantes, do Idec, conta que a platafoma — chamada Comida de Verdade — visa incentivar a alimentação mais equilibrada e, ao mesmo tempo, dar uma força para o agricultor familiar. “Muitos ainda não são produtores orgânicos, mas estão no caminho de transição”, informa. Nesse processo, o meio ambiente sai ganhando. Para acessar a plataforma, basta clicar aqui.
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Grande parte da festa junina são as comidinhas. Claro,
existem as brincadeiras, a música e as danças típicas, mas essas são apenas as
atividades que fazemos entre um quitute e outro.
O que importa mesmo é todo o sabor e a tradição por trás das
receitas típicas dessa temporada.
Mesmo sem sair de casa, você pode preparar essas delícias
para você e sua família, é só seguir as receitas que separamos e aproveitar
todo o sabor dessa festa tão tradicional. Confira!
Curau de
leite de coco e paçoca
Ingredientes:
6 xícaras (café) de milho-verde fresco ou
congelado;
2 xícaras (chá) de leite;
6 ovos ligeiramente batidos;
1 xícara (chá) de leite de coco;
1/3 de xícara (chá) de açúcar;
Manteiga para untar;
Paçoca despedaçada para finalizar.
Modo de preparo:
Bata o milho e o leite no liquidificador e passe a mistura
por uma peneira. Reserve.
Junte os ovos, o leite de coco e o açúcar e misture-os bem
com um fouet.
Distribua a mistura em 12 forminhas untadas com manteiga.
Leve ao forno, em banho-maria, por 40 minutos ou até que ele
fique bem firminho e cremoso.
Retire do forno, espere esfriar e desenforme. Finalize com a
paçoca.
Canjica com
creme de amendoim
Ingredientes:
500 g de canjica;
1,5 litro de água;
1 pau de canela;
1 lata de leite condensado;
750 ml de leite;
200 g de creme de amendoim;
1 xícara (chá) de amendoim tostado e moído.
Modo de preparo:
Deixe a canjica de molho na água de um dia para o outro.
Escorra a canjica e coloque-a em uma panela de pressão.
Acrescente a água e a canela.
Feche a panela e cozinhe durante 45 minutos no fogo brando
(160° C) após o início da pressão.
Deixe sair a pressão, abra a panela e acrescente o leite
condensado e metade do leite.
Em um liquidificador, bata o restante do leite com o creme
de amendoim e misture à canjica.
Deixe cozinhar até ferver e ficar cremosa. Depois, coloque
em um refratário e distribua o amendoim picado.
Sirva quente ou frio, como preferir!
Vinho quente
Ingredientes:
2
xícaras (chá) de açúcar;
2
xícaras (chá) de água;
4
paus de canela;
4
cravos-da-índia;
1
laranja;
1
maçã cortada em cubos;
1
fatia de abacaxi cortada em cubos;
1
litro de vinho tinto.
Modo de
preparo:
Leve ao fogo
a água, o açúcar, a canela, os cravos, a casca da laranja, a maçã e o abacaxi.
Deixe ferver
por, aproximadamente, 5 minutos.
Junte o
vinho e deixe no fogo até ferver novamente. Desligue o fogo e distribua o vinho
em canecas.
Sirva bem
quente.
Gostou das
receitas? Nós encontramos essas de festa junina lá no site M de Mulher. Dê um
pulinho lá e confira!
O parto prematuro — quando o bebê chega ao mundo antes da 37ª semana — está entre as principais causas de mortalidade infantil. Essa situação ainda aumenta a probabilidade de comprometimentos cognitivos entre as crianças. Para garantir que o nascimento ocorra no tempo adequado, uma equipe da Universidade de Queensland, na Austrália, sugere que as mulheres prestem atenção à dieta na fase pré-concepção.
É que, após analisar cerca de 3 500 voluntárias, o grupo notou que um padrão baseado no consumo de vegetais antes da gravidez estava relacionado a um menor risco de parto prematuro. “Iniciar uma dieta saudável após a concepção pode ser tarde demais, já que o bebê se forma durante o primeiro trimestre”, ressalta Dereje Gete, um dos autores da investigação.
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Faz tempo que caiu por terra a noção de que toda bactéria é ruim — ainda que tantas sejam terríveis. Sem algumas delas, certos alimentos não existiriam e nossa saúde pagaria um preço. Entre as parceiras estão as bactérias do kefir aí da foto, que, junto a leveduras, são cultivadas em grãos de lar em lar e equilibram a microbiota intestinal.
Existem cada vez mais provas de que o estilo de vida influencia o surgimento de um tumor. Pois cientistas da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, decidiram entender a relação entre o consumo de fibras — presentes em vegetais e cereais integrais — e a incidência do câncer de mama.
Revisando 20 estudos, eles compararam os níveis mais altos e baixos de ingestão e notaram que a primeira situação estava atrelada a uma queda de 8% no risco da doença. “Há a hipótese de que as fibras ajudam a reduzir o estrogênio em circulação”, informa a nutricionista Letícia Carniatto, do A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo.
É que tal hormônio incita a proliferação de células mamárias — saudáveis ou não —, o que alimentaria o problema lá na frente. Mas Letícia pondera que o trabalho traz indícios de benefícios, e não um atestado de causa e efeito.
Só vantagem!
Incluir mais fibras na rotina propicia outros efeitos reconhecidos pela ciência:
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Intestino regulado
Essas substâncias não só auxiliam na formação do bolo fecal como estimulam os movimentos do intestino.
Colesterol na faixa
Elas também induzem a eliminação do colesterol ruim, o LDL, que é arrastado junto com as fezes.
Saciedade em alta
Alimentos fibrosos exigem mais mastigação e têm digestão vagarosa. Logo, ficamos satisfeitos por tempo prolongado.
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A esmagadora maioria de nós pode afirmar, sem receio de soar exagerada, que está vivendo uma realidade sem precedentes. Há quem diga que só dá para comparar a pandemia do novo coronavírus com o que aconteceu com a gripe espanhola, que teria matado ao redor de 50 milhões de pessoas pelo planeta há 100 anos. Lá como cá, a humanidade precisou ficar em casa para minimizar a circulação do vírus. Só que o confinamento em si tem seus efeitos colaterais. Um dos mais comentados e apontados por anônimos e celebridades nas redes sociais é o descontrole alimentar. Enquanto os passeios na rua estão mais restritos, a cozinha e a despensa viraram o point do momento. E o resultado disso pode ser visto em cima da balança ou na frente do espelho.
Parte desse ato incontrolável de abre e fecha da geladeira pode ser explicado pelo estresse do isolamento — que inclusive tem preocupado especialistas de várias áreas mundo afora. Recentemente, uma revisão de 24 estudos publicada no jornal científico The Lancet pelo Imperial College London, na Inglatera, alertou que “o impacto psicológico da quarentena é amplo, substancial e duradouro”. Entre os fatores de tensão, eles listam o medo da pandemia, a duração do confinamento, as perdas financeiras, as informações contraditórias… Tudo isso, acredite, pode acabar em pizza. Ou hambúrguer, brigadeiros, salgadinhos e outros petiscos.
Quem ajuda a explicar esse intrincado circuito nervoso, herdado de nossos ancestrais, é a psiquiatra Christina de Almeida dos Santos, secretária da Comissão de Transtornos Alimentares da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP): “Quando estamos diante de um perigo, o organismo se prepara para nos defender. Para isso, ele libera hormônios como adrenalina e cortisol na circulação”, descreve. Com o impulso dessas substâncias, estoques de glicose são jogados no sangue — tudo para gerar energia e facilitar uma reação de defesa.
No mundo moderno não é diferente: o principal gatilho desse processo é o estresse. Quando ele diminui, vem um apetite cavalar para repor a reserva de combustível utilizada. “Aí vamos atrás de itens com alta densidade calórica, como os ricos em açúcar, gorduras e carboidratos”, relata Christina, que também é coordenadora da ATA — Atenção aos Transtornos Alimentares, de São José dos Pinhais (PR). Ocorre que, devido à pandemia de Covid-19, a doença provocada pelo coronavírus, o alarme do estresse pode ficar ativo quase 24 horas por dia, culminando em uma procura quase constante por comida apetitosa.
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Esse não é o único caminho que leva até o armário das guloseimas. No lugar de tensão, podem surgir tristeza, insegurança, frustração, tédio e desespero. Ao passar por essa montanha-russa de emoções, uma porção de gente é atraída por aquilo que os estudiosos chamam de comer emocional. “Ele acontece quando nos alimentamos não por fome fisiológica, mas, sim, para buscar conforto e alívio em resposta a esses sentimentos”, esmiúça a nutricionista Ana Feoli, professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e coordenadora dos grupos de pesquisa em estilo de vida e saúde da instituição.
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No fim de maio, o programa Vigilantes do Peso divulgou um levantamento sobre hábitos na pandemia que evidencia bem essa situação. Ele foi baseado em um questionário respondido por 2 289 pessoas de todo o território brasileiro — 96,7% relataram estar em isolamento social, sendo que 87,1% viviam confinadas havia mais de um mês. Os dados indicam que 27% dos indivíduos se sentiam descontrolados e ansiosos e, por isso, admitiam que andavam comendo “muito mais do que o normal”. Segundo o nutricionista do programa Matheus Motta, trata-se da tal fome emocional. “O indivíduo come para suprir um sentimento”, ressalta. Mas ele já esperava ver mudanças nos hábitos dos indivíduos à mesa. “Quando há alteração na rotina, a alimentação segue esse movimento”, explica.
A nutricionista Lara Natacci, pós-doutoranda na Universidade de São Paulo (USP) e estudiosa da relação entre alimentação e emoções, também acha compreensível que a reviravolta no dia a dia acabe interferindo na dieta e resultando no surgimento da confusão entre fome física e vontade de comer. “Fora que estamos passando mais tempo dentro de casa e, consequentemente, perto da cozinha”, lembra. “Isso favorece tanto o comportamento de comer mais quanto o de se alimentar em horários diferentes”, acrescenta Lara. Nasce, assim, o famoso perfil beliscador.
O outro lado do apetite
Enquanto tem gente que procura refúgio na comida, há uma parcela que se vê desestimulada a se alimentar na quarentena. Ou pior: decide se impor uma dieta rigorosa na tentativa de controlar o peso. Esse pessoal também merece um olhar cuidadoso. “Há risco de o sistema imunológico sair abalado”, alerta Lara Natacci, nutricionista de São Paulo. “Uma alimentação restrita pode não entregar os nutrientes necessários para o metabolismo funcionar direito”, justifica. Para o nutricionista Matheus Motta, do programa WW Vigilantes do Peso, também não é a melhor ocasião para definir grandes metas, como virar vegetariano. “Se quiser realizar mudanças, o ideal é fazê-las aos poucos”, orienta. Assim, cai a probabilidade de se frustrar. De emoções fortes, bastam as desencadeadas pela pandemia em si.
Na pesquisa do Vigilantes do Peso, 47% dos entrevistados admitiram ser mais difícil manter a alimentação equilibrada durante a quarentena justamente porque acabam comendo qualquer coisa que esteja disponível. Motta lembra que, se as guloseimas dão sopa em casa, é porque elas foram compradas. Portanto, o impacto emocional na dieta fica evidente desde a ida ao supermercado. “Nesses dias, durante as compras, tive a impressão de que faltava leite condensado”, exemplifica o nutricionista.
Não é coincidência. Ao investigar os hábitos de mais de 5 mil consumidores, pesquisadores do Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite constataram que, depois do início da crise da Covid-19, 14% das famílias aumentaram o consumo desse ingrediente obrigatório na receita de brigadeiro. A manteiga, outro item indispensável em sobremesas, foi mais buscada por 16% dos respondentes. São dados que trazem à tona o maior interesse por alimentos associados ao prazer.
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Aliás, essa é outra característica da fome emocional: há desejo por receitas consideradas superapetitosas. Já reparou que ninguém fica fora dos eixos diante de brócolis ou maçã? “Os alimentos mais palatáveis, como os açucarados, elevam os níveis de dopamina e serotonina, neurotransmissores que atuam nos sistemas de recompensa, prazer e bem-estar”, ensina Ana. “Mas as sensações são momentâneas”, acrescenta a professora.
Não à toa, esse modo de comer, baseado na tentativa de lidar com os sentimentos, ocorre repetidamente e se torna mais associado a um descontrole alimentar. Essa foi uma das conclusões de Lara em sua pesquisa de mestrado. A nutricionista ainda conseguiu identificar, por meio de questionários, que as fontes de carboidratos eram realmente as grandes promotoras de alívio emocional entre os voluntários. Vale lembrar que, dentro do corpo, esse nutriente é convertido em açúcar. “Para muitas pessoas, ele remete a conforto”, interpreta. Ela própria carrega essa memória. “Quando eu chorava, lembro da minha mãe molhando a chupeta no açúcar”, diz.
Enxergar na comida um atalho para a felicidade está longe de ser um pecado, diga-se de passagem. Para a nutricionista Sophie Deram, autora do livro O Peso das Dietas (Editora Sextante), um prato gostoso faz a gente se sentir vivo, alegre e seguro. “Não há nenhum problema em decidir preparar uma receita aconchegante”, tranquiliza. Ou até mesmo ligar naquele restaurante e pedir para entregar o seu prato favorito. O sinal de alerta deve acender, porém, quando esses episódios deixam de ser conscientes e planejados. É a urgência que fala mais alto. “Aí temos o comer transtornado”, crava Sophie.
Há outras pistas para descobrir se, mais do que fonte de prazer, os alimentos viraram uma muleta emocional. De acordo com a nutricionista Marcela Kotait, coordenadora da equipe de nutrição do Ambulatório de Anorexia Nervosa do Programa de Transtornos Alimentares (Ambulim) do Hospital das Clínicas de São Paulo, a maneira de comer entrega muita coisa. “Ela ocorre com mais voracidade, com menos mastigação e não há escolha específica de alimentos nem programação”, lista. Ou seja, muito diferente daquela vontade genuína que faz a gente resolver que o almoço do próximo domingo será uma bela feijoada. “Além disso, normalmente há consumo de uma grande quantidade de alimentos, sem oportunidade de sentir o gosto e apreciá-los”, observa Ana. E o pior: ao fim da comilança, a sensação de culpa costuma emergir.
Rota desgovernada
Na visão de Sophie, há um grupo mais suscetível a perder a linha neste momento. “São as pessoas que sempre travaram uma briga com a comida”, aponta. A nutricionista informa que viver de restrições mexe com o cérebro, que acaba desencadeando mais apetite ainda. Agora, com fortes emoções e o acesso fácil a guloseimas, cresce a probabilidade de uma autoliberação seguida de descontrole. “É como se a comida virasse a coisa mais importante no ranking da recompensa”, analisa.
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Quem segue a mesma linha de raciocínio é Marcela: “Comportamentos restritivos elevam o risco de episódios de compulsão”. Na contramão, pessoas que tinham uma relação saudável com os alimentos, no sentido de entender o que as motivava a comer, tendem a passar menos apuros em um período turbulento como este. “Esses indivíduos construíram um vínculo mais profundo com a comida”, explica a nutricionista do Ambulim. Outro traço perceptível nessa turma que não cai de boca nos beliscos é uma maior autonomia. Afinal, não há uma visão padronizada de dieta. “Quando você entende que pode comer de tudo, isso naturalmente acontece de forma mais equilibrada”, interpreta a especialista.
Mas Marcela reconhece que, em um contexto tão peculiar quanto o atual, outros perfis (não só quem vivia focado na dieta rígida) se tornam mais propensos ao abuso alimentar. De novo: na hora de ver um filme, ninguém precisa abdicar da pizza e da taça de vinho. Está tudo bem se permitir gostosuras e até exagerar vez ou outra. O que preocupa é a frequência e a intensidade com que as refeições volumosas acontecem, servindo de tapa-buraco emocional. “A comida não pode virar protagonista da quarentena”, resume a expert do Ambulim.
Se ficar atrás de comida se transformar na atividade central deste período, uma das consequências mais óbvias pode ser o acúmulo considerável de peso — potencializado pelo fato de que nem todo mundo tem conseguido se manter engajado numa rotina de atividade física dentro de casa. Em atendimentos online, Lara já identificou essa queixa. Na verdade, ela vem sendo reportada por gente do mundo inteiro. “O ganho de peso tem repercussões físicas e mentais”, esclarece Christina, da ABP. Do ponto de vista psicológico, a médica menciona a insatisfação com a imagem corporal, capaz de contribuir para o surgimento de quadros de ansiedade e depressão ou agravá-los. Fora isso, existe o famoso elo entre a obesidade e diversas doenças, como diabetes, hipertensão, gordura no fígado…
Hoje, o que tem se ressaltado bastante é a influência do peso na própria Covid-19. É que diversas publicações científicas colocam a obesidade como um fator de risco relevante para desenvolver as formas mais graves da doença causada pelo coronavírus. Um desses trabalhos, conduzido por cientistas da Alemanha, do Reino Unido e dos Estados Unidos e divulgado na Nature Reviews Endocrinology, traz algumas prováveis explicações. Segundo os autores, a obesidade é relacionada a disfunções respiratórias, a exemplo de maior resistência nas vias aéreas, prejuízos na troca de gases e fraqueza nos músculos envolvidos no ato de respirar. Essas condições facilitariam o ataque do vírus aos pulmões. Muitos especialistas recordam ainda que, por si só, a obesidade incita um estado de inflamação no corpo, o que seria exacerbado na presença do Sars-CoV-2.
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Por essas e outras, faz sentido encontrar maneiras de viver esse “novo normal” com mais equilíbrio. Principalmente porque ninguém sabe ao certo por quanto tempo o agente infeccioso vai atormentar o planeta — e novas temporadas de confinamento podem ser essenciais até a descoberta de um remédio eficiente ou do surgimento de uma vacina contra ele. “É preciso aprender a se reconectar e se escutar. O ideal é permanecer longe da mentalidade de dieta restrita”, aconselha Sophie.
Uma sugestão de Lara é realizar um planejamento alimentar que não envolva só as refeições principais, mas os lanchinhos também. “Caso contrário, abrimos o armário e comemos o que tem lá”, argumenta. Aliás, essa programação tem tudo para tornar a lista de compras automaticamente mais equilibrada. Outra estratégia válida é deixar à mão alimentos como frutas, oleaginosas, iogurte, e por aí vai. “O primeiro a ser visto é sempre o escolhido”, brinca. Então, que seja uma banana em vez de um pacote de bolachas recheadas, certo?
Apesar de a rotina de uma parcela da população estar do avesso, mais uma medida essencial é tentar colocar o mínimo de ordem na bagunça. “Tenho paciente que está almoçando às 17 horas e jantando às 2 da madrugada”, compartilha Christina. Ela diz que é importante manter os horários de certas atividades mais definidos. Nessa programação, a médica chama atenção especial para o sono — outro hábito que anda todo desregulado atualmente.
Nesse sentido, pesquisadores da Universidade Grand Canyon, nos Estados Unidos, chegaram a incluir o descanso inadequado entre os fatores de risco para o ganho de peso na quarentena. Isso depois de avaliarem questionários que foram enviados para cerca de 1 200 pessoas via Facebook. Não é de agora que se estabelece essa conexão. Segundo Christina, já foi demonstrado que a privação de sono reduz os níveis do hormônio da saciedade, enquanto aumenta os da fome. Resultado: um apetite indomável.
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Não dá para se esquecer do grande calcanhar de aquiles da comilança: o turbilhão de sentimentos impulsionado pelo isolamento. Para lidar com eles, uma das recomendações é investir em válvulas de escape que não fiquem para os lados da cozinha. “Que tal arrumar os armários, ligar para os amigos, ouvir música ou tomar um banho quente?”, cita Christina. “Aposte em atividades de relaxamento, como meditação”, reforça Lara.
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Para a hora das refeições, a dica é se alimentar com atenção plena. “Preste atenção na cor, no sabor, na textura e no aroma do que está comendo. Dedique-se exclusivamente a esse momento”, receita Ana. Há fortes indícios de que evitar distrações à mesa favorece a noção da saciedade e reduz a probabilidade de um consumo exagerado. Mais: se curtir, aventure-se entre panelas e fogões. “Resgate receitas de família”, encoraja a professora da PUC-RS. Quem se arrisca a cozinheiro tira mais proveito de ingredientes frescos, minimamente processados e vantajosos para a saúde, criando também uma ligação de mais harmonia com a comida.
Se estratégias assim não forem suficientes para aplacar a fissura por mastigar o dia inteiro, compensa procurar auxílio especializado. Durante a pandemia, o Conselho Federal de Nutricionistas liberou os atendimentos online — e há médicos e psicólogos fazendo consulta a distância também. “Nosso papel é, mais do que nunca, auxiliar as pessoas a melhorarem sua relação com a comida”, defende Ana. Para Marcela, do Ambulim, o primordial é buscar profissionais que tenham experiência em lidar com transtornos alimentares. Tudo para evitar uma prescrição de dieta nesta fase. Para quem anda devorando as emoções, o buraco é mais embaixo.
Compulsão é outra coisa
Embora a pandemia do novo coronavírus tenha contribuído para os episódios de descontrole frente à comida, isso não significa que o indivíduo sofra do transtorno de compulsão alimentar. Esse quadro é definido por ataques de gula que levam ao consumo de uma quantidade absurda de comida (às vezes a ingestão chega a 15 mil calorias). Eles duram poucos minutos e, em geral, são escondidos. Leva-se em conta ainda a frequência dos acessos de exagero. “O diagnóstico acontece quando há um episódio por semana durante pelo menos três meses”, esclarece Christina, da ABP. “Nesses casos, é fundamental ter o apoio de nutricionista, psicólogo e psiquiatra, todos especializados em transtornos alimentares”, orienta Marcela, do Ambulim. Na pandemia, quem convive com esse ou outro quadro (como anorexia) deve manter o tratamento à risca.
É importante manter o sistema imunológico preparado para
infecções, principalmente durante as épocas mais frias do ano.
Para isso, existem algumas alternativas de suplementos
alimentares que oferecem ao organismo os nutrientes necessários, mas não
recomendamos a utilização desse tipo de recurso.
A melhor forma para manter a imunidade em dia é consumindo
sucos naturais que são ricos em vitaminas e compostos que reforçam a defesa do
corpo.
A seguir, separamos três receitas de sucos para você
aumentar a imunidade. Confira!
COUVE, LARANJA E CENOURA
Ingredientes:
250 ml de suco de laranja;
1 folha de couve picada;
1 cenoura;
1 colher (sobremesa)
de semente de girassol.
Bata tudo no liquidificador e sirva em seguida, sem coar.
LIMÃO, GENGIBRE E MAÇÃ
Ingredientes:
100 ml de água de coco;
2 fatias de gengibre;
½ maçã;
Suco de 1 limão-siciliano;
Canela em pó a gosto;
Cubos de gelo.
Bata tudo no liquidificador e sirva em seguida.
LARANJA, COUVE, HORTELÃ E ABACAXI
Ingredientes:
Suco de 4 laranjas;
2 folhas de couve sem talo;
Folhas de hortelã a gosto;
3 rodelas de abacaxi.
Bata todos os ingredientes no liquidificador e sirva sem
coar.
Gostou? Essas receitas nós encontramos lá no site do
Universo Batu! Dê um pulinho lá e confira!