Todos os anos, no dia 25 de maio, é comemorado o Dia do Trabalhador
Rural. A data foi criada em homenagem ao falecimento do deputado federal
Fernando Ferrari (1921-1963), que foi um dos políticos mais engajados na luta
pelos direitos dos trabalhadores rurais.
São esses trabalhadores que, todos os dias, tiram seu
sustento da terra e oferecem às pessoas da cidade grande a oportunidade de uma
alimentação saudável. Apesar disso, muitas pessoas desvalorizam esse tipo de
trabalhador, julgando-os “simples” e “não capacitados”.
Sim, a vida no campo é simples em termos de recursos. Não
existem shoppings, lojas com roupas da moda ou internet com fibra óptica, mas
essas pessoas têm um conhecimento da terra que uma pessoa da cidade grande
nunca pode esperar ter. Isso é algo que o dinheiro não compra.
Conhecer o cheiro da chuva, saber a época de cada fruta,
conhecer as técnicas de colheita e plantio, cuidar dos animais… Todas essas
características são distantes do mundo da cidade grande.
Além disso, o agronegócio é um dos mais importantes setores
para a economia do nosso país. Um estudo, realizado em agosto de 2019 pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, mostrou que o setor
representa 21,6% do PIB nacional.
O agronegócio não é só trabalho de pessoas do campo. Ele
envolve profissionais de vários segmentos, como fabricantes de maquinário,
nutricionistas, veterinários, transportadores, lojistas e muitos outros.
Segundo o último Censo Agro do IBGE, são mais de 15 milhões de pessoas ocupadas
em alguma atividade agropecuária no Brasil.
Somando isso aos outros setores afetados, como pesquisa,
estudo e muitos outros, o trabalho no campo se mostra não só essencial para a
existência de uma sociedade saudável, mas o grande impulsionador da economia
brasileira.
Fontes:
O Trabalhador Rural, por Paola Brindisi Correia. Disponível
em: https://jus.com.br/artigos/35929/trabalhador-rural
25 de maio, Dia do Trabalhador Rural. Disponível em: http://www.asforama.com.br/noticia/25-de-maio-dia-do-trabalhador-rural
Entenda como o agronegócio impulsiona a economia brasileira.
Disponível em: https://g1.globo.com/especial-publicitario/dia-do-agricultor/brf/noticia/2019/08/05/entenda-como-o-agronegocio-impulsiona-a-economia-brasileira.ghtml
As receitas mais simples sempre são aquelas que conquistam o
nosso coração… e a nossa barriga também!
Confira agora os ingredientes para essa receita incrível de macarrão
ao molho branco e brócolis.
INGREDIENTES PARA O MACARRÃO:
500 g de macarrão a sua escolha;
Água para cozinhar;
Sal a gosto.
INGREDIENTES PARA O MOLHO:
1 cebola pequena picada;
1 colher de margarina;
1 caixinha de creme de leite;
½ litro de leite;
1 colher (sopa) cheia de maisena;
1 xícara de queijo ralado (de preferência roquefort
ou parmesão);
1 colher (sobremesa) rasa de sal;
2 pés de brócolis japonês cozidos no vapor.
MODO DE PREPARO:
Coloque a margarina na panela. Quando estiver totalmente
derretida, acrescente a cebola e o sal.
Quando a cebola estiver transparente, acrescente o creme de
leite e deixe cozinhar por 2 minutos para pegar o gosto.
Coloque o leite (com a maisena dissolvida para não
empelotar) e mexa até o molho começar a ter uma consistência mais firme.
Desligue o fogo e acrescente o queijo, mexendo muito bem
para ele não grudar. O molho está pronto.
Cozinhe os brócolis no vapor, corte da forma que desejar e
misture ao molho.
Acrescente o macarrão e pronto! Se quiser, você pode colocar
o macarrão e o molho em uma travessa de vidro, colocar queijo ralado por cima e
levar ao forno por uns minutinhos até dourar. Fica uma delícia!
* Essa receita nós encontramos lá no site Tudo Gostoso.
Há dez anos, a Embrapa Hortaliças, em Brasília, oferece cursos presenciais sobre hortas caseiras. Mas as medidas de isolamento social — necessárias para frear a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2) — levaram a entidade a lançar aulas online. Nas primeiras horas após o anúncio, mais de 2 mil pessoas se inscreveram. “Quando chegamos a 8 mil participantes, precisamos fechar a lista, caso contrário a plataforma não aguentaria”, conta a bióloga Lenita Haber, uma das criadoras de conteúdo do curso. Para ela, o aumento no interesse pelo cultivo de plantas está evidente. “Neste momento, estamos refletindo sobre muitas coisas, inclusive a importância de termos acesso a ingredientes frescos e saudáveis”, avalia.
Para a nutricionista Vanderli Marchiori, fundadora da Associação Paulista de Fitoterapia (Apfit), o movimento é muito bem-vindo. “Quando cuidamos de uma horta, somos desafiados a criar novas preparações para aproveitarmos a planta ao máximo”, explica. Com isso, a qualidade da alimentação dá um salto.
Essa associação é, inclusive, corroborada por diversos estudos. Em 2019, pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, avaliaram indivíduos que praticavam a horticultura em sua comunidade. Eles notaram que esse pessoal apresentou maior vontade de cozinhar, saboreou mais itens frescos e reduziu o consumo de fast-food.
Em 2017, uma revisão assinada por uma equipe da Universidade de Tóquio, no Japão, destacou ainda o papel desse tipo de atividade contra depressão e ansiedade — problemas que ganham terreno com o distanciamento social. “Mexer com a terra acalma”, afirma a nutricionista Luciana Tomita, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A expert montou uma horta comunitária no terraço da instituição para beneficiar a dieta e a saúde mental dos alunos.
Mas não só. Ela leva estudantes de medicina para conhecerem o espaço e perceberem que, mais tarde, ao atender populações de baixa renda, é possível incentivar uma alimentação equilibrada mesmo com recursos financeiros limitados. Afinal, uma horta cabe em qualquer espaço e não pesa no bolso. Vamos aprender os passos básicos?
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DICAS PARA QUEM VIVE EM ESPAÇOS PEQUENOS
1- A escolha das espécies
Não existe regra. Mas os professores acham que, para quem mora em espaços diminutos ou está iniciando na horticultura, compensa mais apostar em ervas e temperos. A herbalista Gabi Pastro, da Hortas e Saberes, na capital paulista, é fã de cebolinha, salsinha, coentro e manjericão. “São muito fáceis de semear”, explica. Alecrim, orégano, hortelã e sálvia também se destacam — a turma toda tem mil usos na cozinha.
Se optar por mudas, elas crescem rápido, empolgando o jardineiro novato. O agrônomo Osmar Mosca Diz, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, só sugere aguardar de 15 a 20 dias para a colheita de estreia. “Se cortar na primeira semana, não haverá folha suficiente para a planta fazer fotossíntese e se desenvolver”, ensina.
2- Defina o local
A nutricionista Luciana, da Unifesp, reforça que não há limitações quanto ao tamanho do espaço disponível. “O essencial é que a área escolhida receba sol, o fator que mais interfere no crescimento da planta”, avisa. Antes de você acomodar a hortinha em um local específico, a dica de Gabi é anotar o horário em que os raios solares começam e terminam de bater ali. “O ideal é pegar, no mínimo, quatro horas de sol”, calcula.
A herbalista comenta que a ventilação natural também faz diferença. Contudo, a horta não deve tomar vento em excesso — o que muitas vezes acontece em varandas localizadas em andares altos. “O solo pode secar muito rápido e, aí, a planta não aguenta”, conta o jardineiro e paisagista Randall Fidencio, do canal de YouTube Vila Nina TV.
3- O recipiente adequado
Entre os vasos, os de cerâmica agradam pela beleza e por facilitar a transpiração das plantas. “Mas os de plástico também funcionam”, diz Fidencio. Para Gabi, um material ingrato é o metal, porque esquenta demais. Assim, a raiz não avança perto das paredes do vaso, prejudicando seu crescimento e a evolução plena da planta.
Na linha de reaproveitar o que já existe, Luciana indica caixas de isopor — daquelas descartadas por supermercados. “São muito práticas”, defende. A bióloga Lenita, da Embrapa Hortaliças, dá outras saídas sustentáveis: garrafas pet e de leite. “Nesses recipientes mais estreitos, prefira espécies que ficam eretas, como alecrim”, aconselha. Todos os itens exigem furos embaixo para evitar o acúmulo de água e o apodrecimento da raiz.
4- Pontapé no plantio
De acordo com Diz, uma boa para os jardineiros de primeira viagem é adquirir mudas prontas, vendidas em vasinhos com terra. Isso porque sua raiz já está bem desenvolvida. “A planta cresce rapidinho”, nota. Para isso, basta transplantar a muda para o vaso (ou outro recipiente) definitivo, que precisa ter o tamanho certo para a espécie e um solo rico.
Outra alternativa é recorrer à semente. Nesse caso, demora mais para ver e usar a planta — mas há a satisfação de acompanhar o processo do zero. Agora, se você comprou manjericão, salsinha ou cebolinha no supermercado e eles vieram com a raiz, uma possibilidade bacana é botar essa parte na terra para rebrotar. Se tiver só o talo, Fidencio indica deixá-lo em um copo com um tiquinho de água no fundo. Em uns dez dias a raiz dá as caras. Daí é só levar para o vaso.
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5- Solo preparado
Já ganhou um tempero de lembrancinha e não conseguiu mantê-lo? Isso provavelmente ocorreu porque a terra nesses vasos não oferta nutrientes. Por isso, após selecionar um recipiente definitivo para a planta, é indispensável preparar o solo. Fidencio recomenda colocar uma camada de argila expandida (para a drenagem) e outra de terra — mas não pode ser qualquer uma.
“A correta é aquela conhecida como substrato ou terra vegetal”, relata. Ela é preta, soltinha e supernutritiva. Só após uns quatro meses o adubo é requerido — priorize os orgânicos, como húmus de minhoca e esterco. Ou aprenda receitas caseiras. Fidencio, por exemplo, gosta de bater água, pó de café e cascas de banana e de ovo no liquidificador. É com o líquido que ele realiza a rega.
6- Hora de molhar
Sem receita de bolo aqui: a exigência de água varia de acordo com a espécie cultivada, a época do ano, as condições da terra, entre outros fatores. Para Gabi, o mais corriqueiro é as pessoas acharem que mataram as plantas pela falta de água. “Só que, normalmente, é o contrário”, frisa.
Para ter noção se chegou a hora de regar, a herbalista orienta empregar o truque do dedômetro. É assim: você cava a terra e finca o dedo lá dentro, até mais ou menos a segunda falange. “Se sentir a ponta dele úmida, não regue”, diz. Só busque água em caso de secura.
“Há uma mania de verificar apenas a parte de cima da terra. Mas ali costuma estar seco mesmo, por causa do sol”, completa. Se as folhas se mostrarem amareladas e em queda, eis outro sinal para maneirar na irrigação.
7- Precauções na poda
Esse processo, tão crucial para a manutenção da planta, é também o momento da colheita de ervas e temperos — quando as perfumadas espécies podem, finalmente, ser lançadas nas panelas. “Se quiser, dá para podar todo dia”, informa o agrônomo da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Antes de passar a tesoura, é imprescindível conhecer bem sua horta. “Tem gente que vai na base e corta tudo, detonando a planta”, anuncia Fidencio, do Vila Nina TV. “Umas se recuperam, mas outras morrem”, acrescenta. Então, ao definir o que cultivará, pesquise sobre a espécie — incluindo seu ponto de corte. Depois de uma poda correta, o esperado é que ela rebrote rapidinho.
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DICAS PARA QUEM VIVE EM ESPAÇOS MAIORES
1- A eleição das plantas
Para quem pode ter vasos (ou outros recipientes) de grandes dimensões, o plantio de hortaliças, raízes e frutíferas é interessante, já que permite um maior volume de produção. Se optar por árvores — como jabuticabeira, limoeiro, e por aí vai —, só ajuste expectativas. “É impossível ter uma copa generosa se o sistema radicular, ou seja, a raiz, está em um espaço limitado”, esclarece Diz. A árvore dará frutos, mas dentro de suas possibilidades, claro.
Agora, se houver um canteiro à disposição para o plantio ser realizado direto no solo, aí é garantia de desenvolvimento ilimitado. “Em comparação ao vaso, trata-se de uma condição menos estressante para a planta”, resume Lenita. “Por outro lado, os cuidados necessários aumentam”, pontua. Dedicação é a palavra de ordem.
2- Arrumação do terreno
Nos vasos, o preparo do solo segue a linha citada para quem vive em espaços menores. No chão, porém, há especificidades. É preciso, por exemplo, promover uma limpa no terreno. Tire mato, plantas invasoras, restos de construção, enfim, todas as impurezas. “Aquilo que não se decompõe deve ser removido”, sintetiza Lenita.
Ela incentiva preparar um canteiro de, no máximo, 1,20 metro de largura. “Esse limite é para facilitar a manipulação das plantas”, justifica. Se for maior, imagine o trabalhão para mexer nas espécies que ficarem na área central — ora, pisar nas colegas pode botar tudo a perder.
Garanta pelo menos uns 30 centímetros de profundidade. Após um mês do plantio, foco em adubar: como os canteiros estão expostos o dia inteiro e o ciclo produtivo é intenso, repor nutrientes é decisivo.
3- Controle de pragas
Não é que vasinhos com ervas e temperos sejam imunes a elas. “Mas, quanto mais extensa a área, maior a suscetibilidade a problemas fitossanitários”, contextualiza a bióloga da Embrapa Hortaliças. Para Fidencio, uma das maneiras de preservar a saúde da horta é não amontoar as plantas. “Elas exigem ventilação e sol”, argumenta o jardineiro.
Outra medida antipragas é investir no chamado consórcio de espécies. Segundo Lenita, um ambiente com vários tipos de plantas atrai insetos benéficos e ganha resistência contra doenças. Só que não dá para organizar o canteiro de qualquer jeito. “Tenha cautela para que uma frutífera não faça sombra para aquilo que fica rente ao solo”, exemplifica a especialista.
4- Rodízio de variedades
Para o solo ser mais bem estimulado, o jardineiro do Vila Nina TV fala para alternar os locais de plantio. “Onde tinha folhas, depois você põe tubérculos”, cita. Mas evite enterrar sementes pequeninas, como as de alface e rúcula, direto no espaço considerado definitivo. Reserve um pedacinho de terra para elas. “Como se fosse um berçário”, brinca Osmar Diz. É que esse momento inicial demanda delicadeza no manejo. Só depois de mais desenvolvida é que a muda deve ser transplantada para sua área oficial.
Cabe ressaltar ainda que apostar em espécies diferentes traz ganhos não só ao bem-estar da horta. Trata-se de uma oportunidade para tornar a alimentação variada e permitir o contato com uma infinidade de nutrientes. Fora o gostinho de saber a origem do alimento. Esse é único.
No mês de março, quando a Europa figurava como epicentro da pandemia do novo coronavírus, um documento vindo da Itália direcionou os holofotes para a vitamina D. Dois médicos, também professores da Universidade de Turim, constataram que pacientes hospitalizados pela Covid-19 apresentavam taxas baixas da substância — isto é, tinham o que se chama tecnicamente de hipovitaminose D.
A dupla juntou evidências sobre o elo do nutriente com a imunidade e preparou um relatório que ganhou as manchetes dos jornais de todos os cantos do planeta.
Os italianos, e outros profissionais na sequência, sugerem que a adequação dos níveis seria um reforço na proteção e no tratamento contra a doença. Entretanto, até agora não se tem notícia da publicação oficial do estudo em nenhum periódico científico. Também faltam detalhes sobre o trabalho, como número de participantes envolvidos, condições clínicas, entre outros aspectos fundamentais, para que a substância seja realmente alçada ao posto de inimiga do vírus Sars-CoV-2.
Mesmo que não haja consenso sobre o uso da vitamina D com função preventiva ou terapêutica diante do patógeno, muita gente tem se agarrado a qualquer fio de esperança — até porque o panorama assusta. Mas, sem as devidas ponderações, tais mensagens podem levar ao uso de suplementação por conta própria, o que é contraindicado pelos especialistas. Tanto que diversas sociedades médicas brasileiras lançaram notas de alerta enfatizando o risco do excesso da substância, que pode ser tóxico.
“O trabalho italiano aponta uma associação, ou seja, não estabelece uma relação de causa e efeito”, interpreta o endocrinologista Sérgio Maeda, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia — Regional São Paulo. “É como se deixasse pistas para novas investigações”, explica.
Ainda de acordo com Maeda, existe um tipo de pirâmide quando se fala em evidências científicas. No cume, estão pesquisas rigorosas cujos resultados são realmente capazes de nortear diretrizes e recomendações em saúde. Só que o tipo de análise conduzida na Itália está longe desse patamar — daí por que não dá para sair indicando vitamina D a torto e a direito. Mesmo que o nutriente seja primordial ao sistema imunológico, seria necessário um aprofundamento nos estudos, com critérios mais rígidos, para validar seu papel na Covid-19.
Parece que os esforços já começaram. “Há estudos com a vitamina D em andamento mundo afora”, observa a infectologista Rosana Richtmann, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). A médica salienta, entretanto, que a substância não faz parte do tratamento. Afinal, as etapas essenciais para se chegar a um veredicto levam tempo. E, assim como o Sars-CoV-2 esconde mistérios e desafia a ciência a cada dia, o próprio efeito da vitamina precisa ser mais bem compreendido.
A nutricionista Silvia Ramos, do Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região (SP/MS), pondera que o documento italiano promove reflexões. Ela lembra que o começo da pandemia no Hemisfério Norte se deu no inverno. “Os idosos acometidos pela Covid-19 poderiam estar com suas reservas de vitamina D ainda mais reduzidas pelas condições climáticas”, raciocina. “De qualquer forma, não temos evidências de que a suplementação possa frear o Sars-CoV-2”, reforça.
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Papel na imunidade
O que é alvo de investigações há tempos é a relação da vitamina D com a imunidade. Inclusive, essa conexão aparece em uma revisão de artigos publicada no periódico The Lancet Diabetes and Endocrinology em 2017. Nela, a substância se mostrou útil frente a infecções respiratórias que acometem nariz, ouvidos e garganta. “Cabe ressaltar que os resultados foram mais perceptíveis após a adequação entre indivíduos que apresentavam níveis realmente baixos da vitamina”, nota Maeda.
A pediatra Adyléia Contrera Toro tem avaliado o nutriente na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Ele exerce um importante papel no sistema imunológico”, afirma. A professora relata que a vitamina interfere nos grupos celulares envolvidos em processos inflamatórios. “Possui também efeitos antibacterianos e de defesa pulmonar”, completa. Alguns achados chegam a ligá-la ao controle da asma, reforçando a recomendação de as grávidas manterem as taxas em dia para salvaguardar os pulmões do bebê.
Natasha França, nutricionista e professora do Centro Universitário de Rio Preto, em São Paulo, conta que a substância influencia tanto na imunidade inata quanto na adquirida. “Existem indícios de que a vitamina D está por trás da modulação de moléculas chamadas peptídeos, caso das defensinas, que agem em prol das respostas imunológicas”, ensina. Estudos apontam ainda sua capacidade de apoiar os linfócitos, nossas células de defesa.
A substância angaria atenção em outros aspectos. Há suspeitas de que sua presença resultaria em proteção cardiovascular, sem contar nas hipóteses de que ela atua no equilíbrio e na atividade da insulina, hormônio que dá um jeito no excesso de açúcar no sangue. Se considerarmos que hipertensos e diabéticos estão no grupo de risco da Covid-19, são papéis mais do que bem-vindos.
Para que essa vitamina possa desempenhar tantas funções — especialmente a de zelar por músculos e ossos, sua tarefa clássica —, o contato com a luz solar é primordial. Quando absorvidos pela pele, os raios ultravioleta estimulam um processo que ocorre tanto no fígado quanto nos rins, e transforma a vitamina D em um hormônio chamado calcitriol, que é sua forma ativa. Traduzindo: é ele quem faz e acontece pelo corpo.
Porém, mesmo em um país tropical, não é raro o brasileiro apresentar carências. “Alguns perfis são mais suscetíveis. Caso dos idosos, que, por alterações metabólicas, não aproveitam muito bem a substância”, aponta a nutricionista Maísa Antunes, pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais. Obesos também enfrentam alguns desequilíbrios no organismo que geram déficits.
Exames de sangue tiram a prova e ajudam a definir a real necessidade de suplementação. Fato é que ninguém deve engolir cápsulas sem aval de médico ou nutricionista. “O excesso de vitamina D pode aumentar o risco para a formação de cálculos renais e, inclusive, em situações extremas, levar a uma insuficiência renal aguda”, avisa a endocrinologista Carolina Aguiar Moreira, da Fundação Pró-Renal e professora da Universidade Federal do Paraná. Sem contar sintomas como fraqueza muscular e tonturas, um perigo para os mais velhos.
O melhor caminho é reservar uns minutos para tomar sol. Em tempos de coronavírus, vale a janela, a varanda, o quintal… Nesses momentos, tente esvaziar a mente e respirar fundo — atenuar o estresse também ajuda a afiar a imunidade. Até porque a vitamina D não é a única peça indispensável para fortalecer nossas defesas.
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Alguns truques evitam a contaminação dos queijos e também asseguram sabor e textura por mais tempo. O veterinário e pesquisador Adauto Lemos, da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), ensina alguns desses macetes:
1- Ao comprar
Não importa se o queijo for embalado pela indústria ou no próprio supermercado: avalie o invólucro. “Ele deve estar íntegro, sem invasão de ar”, resume Lemos. Isso reduz o risco de contaminação.
2- Ao guardar
O alimento fatiado pode ir para uma vasilha. O vendido em formato de bloco (como o minas) deve ser colocado em um prato e coberto com pano umedecido, evitando que resseque e trinque.
3- Ao conservar
Lemos indica virar queijos em peça todo dia para manter a umidade uniforme. Após um tempo, é bom acomodar os frescais na parte da geladeira mais próxima ao freezer.
Fatia fina: melhor para o paladar
Se você é fã da mussarela, o fatiamento no balcão do supermercado ou da padaria é garantia de um produto mais fresco e saboroso. O pesquisador
da Epamig reforça que, para tirar proveito dessas características, o ideal é comprar a quantidade exata para uns três ou quatro dias. Outra dica, válida para qualquer variedade de queijo, é priorizar pedaços finos, que permitem extrair o máximo de seu gosto.
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É claro que cozinhar traz vantagens em termos de equilíbrio nutricional. Ocorre que nem todo mundo tem pique ou gosta de botar a mão na massa. Aí comprar comida pronta cai como uma luva — melhor ainda se os pratos forem balanceados.
Mas, por causa da pandemia provocada pelo novo coronavírus, essa alternativa anda causando receio. Para apostar no sistema delivery com tranquilidade, o Centro de Pesquisa em Alimentos da Universidade de São Paulo (FoRC-USP) listou medidas simples (estão na imagem abaixo).
Onde mora o perigo
“O alimento em si não é o veículo mais importante para o coronavírus”, ressalta a nutricionista Bernadette de Melo Franco, do FoRC. Para se multiplicar e fazer estrago, ele precisa viver dentro do nosso corpo. Por isso, é responsabilidade do ser humano não transformar a comida em foco de contaminação. Higienizar as mãos e mantê-las longe de olhos, bocas e nariz são atitudes indispensáveis.
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Durante atendimentos no ambulatório de obesidade grave do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), a equipe ouvia relatos recorrentes de pacientes com problemas nos ossos e nas articulações. Cientes de que o azeite tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias protetoras nesse contexto, os pesquisadores resolveram testá-lo em 111 voluntários.
Eles formaram três grupos: enquanto o primeiro adicionou 52 mililitros de azeite no dia a dia (o correspondente a 3,5 colheres de sopa), o segundo investiu em uma dieta tipicamente brasileira (com arroz, feijão, carne, vegetais…). Já a terceira turma seguiu a dieta brasileira e também usou o azeite.
“Observamos que as duas medidas tiveram efeitos positivos na saúde óssea de adultos com obesidade grave”, relata a nutricionista Camila Cardoso, uma das autoras do trabalho.
Pode aquecer?
Para evitar a perda dos preciosos antioxidantes do azeite, a nutricionista Erika Silveira, professora e orientadora da pesquisa da UFG, afirma que a melhor forma de aproveitá-lo é em temperatura ambiente. “Outra orientação é optar pelo extravirgem”, avisa. Essa versão vem da primeira prensa da azeitona e, por isso, concentra mais substâncias benéficas.
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Privilegiar frutas, verduras e legumes facilitaria o controle da asma, segundo revisão publicada no periódico Nutrition Reviews. Por outro lado, laticínios e outras fontes de gorduras saturadas, a exemplo de carnes vermelhas, prejudicariam o quadro.
O alergista Pedro Giavina-Bianchi Jr., da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), reconhece que os vegetais reúnem substâncias consideradas benéficas para esses pacientes, como fibras e compostos anti-inflamatórios. “E o excesso de gorduras tem relação com a obesidade, que piora a gravidade da doença”, observa.
Porém, ele frisa que não há motivos para temer o leite e seus derivados. “Os estudos citados na revisão são de baixa qualidade. Fora isso, não vemos essa associação na prática”, pondera o médico.
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Um estudo da Universidade de Lübeck, na Alemanha, aponta que compensa mais fazer uma bela refeição de manhã do que bater uma pratada à noite.
Para chegar à conclusão, cientistas recrutaram 16 homens, que realizaram um desjejum pobre em calorias e, depois, um jantar mais pesado. Após um tempo, o esquema se inverteu. Os resultados indicam que, independentemente da quantidade calórica ingerida, o gasto energético era 2,5 vezes maior no início do dia.
Segundo a nutricionista Indiomara Baratto, da capital paulista, há indícios de que, à medida que a luz solar vai embora, o metabolismo se adapta, entrando em um modo de repouso. “Por isso, dar mais atenção ao café do que ao jantar pode ajudar na prevenção da obesidade e no controle do açúcar no sangue”, explica.
A refeição noturna
Para Indiomara, o melhor é que o jantar ocorra cerca de três horas antes de irmos para a cama. “A nossa capacidade de digestão diminui depois que o sol se põe”, justifica. Se a fome ressurgir mais tarde, a ceia está liberada. Basta apostar em alimentos levinhos, como frutas, iogurte natural, bebidas vegetais e chás.
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Beringela é uma delícia, né? Além de ser gostosa em
várias receitas, ela tem benefícios incríveis para o nosso corpo: ação
antioxidante, é rica em vitaminas do complexo B, além de ser fonte de cálcio.
Por isso, hoje escolhemos uma receita deliciosa de
beringela recheada:
Ingredientes:
1
beringela
1 cebola;
2 dentes de alho;
2 tomates;
2 colheres (sopa) de azeite;
Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto;
Folhas de manjericão a gosto;
Queijo parmesão ralado a gosto.
Modo de preparo:
Preaqueça o forno a 180 ºC (temperatura média).
Pique a cebola e os dentes de alho.
Corte o tomate ao meio e tire as sementes; depois corte-o em cubos
pequenos.
Lave bem a
beringela e depois corte-a ao meio, no sentido do comprimento.
Retira a polpa da
beringela com uma colher, deixando 1 cm de borda – o formato deve lembrar uma
canoa.
Pique a polpa da
berinjela e reserve.
Utilizando uma
frigideira em fogo médio, coloque azeite e refogue a cebola e o alho por cerca
de 3 minutos até murcharem. Coloque a polpa da beringela e deixe cozinhar por 5
minutos até ficar macia.
Coloque o tomate e
o manjericão e deixe cozinhar por mais 3 minutos.
Coloque sal e
pimenta a gosto.
Ponha o recheio
refogado na “canoa” de beringela e polvilhe queijo parmesão.
Leve ao forno até
que o queijo fique com aspecto dourado.