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Dieta sem glúten e sem caseína não melhora comportamento de autistas

Na falta de remédios para amenizar os sintomas do autismo, muitas famílias acabam recorrendo a tratamentos alternativos, como dietas sem glúten e também sem caseína, a proteína do leite e derivados. Pois novas evidências indicam que estratégias do tipo não têm efeito no comportamento dos pacientes.

Primeiro, pesquisadores da Universidade de Granada, na Espanha, avaliaram 28 crianças portadoras de autismo que adotaram um cardápio livre de glúten por três meses. Em seguida, pelo mesmo período, elas aboliram a caseína. No segundo estudo, outras 37 crianças e adolescente apostaram em cada esquema por seis meses.

Em nenhuma das investigações houve mudanças no comportamento dos participantes, independente da substância retirada do prato – glúten ou caseína. Os achados foram publicados no Journal of Autism and Developmental Disorders.

Quando tirar glúten e caseína pode ser benéfico

Portadores do transtorno do espectro autista podem ter as paredes do intestino mais porosas e apresentar problemas como refluxo, constipação e diarreia. Daí, nasceu a dieta SCSG (sem caseína, sem glúten) como abordagem tanto para controlar esses incômodos quanto para melhorar o comportamento da criança.

Essas duas moléculas causariam um estado de inflamação crônica no órgão mais sensibilizado. De fato, estudos mostram níveis maiores de anticorpos contra o glúten em alguns autistas. Já a caseína, digerida anormalmente, é transformada em beta-casomorfina, molécula que, absorvida pelas paredes porosas do intestino, chegaria ao sistema nervoso central com potencial toxicidade.

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Os relatos positivos dos adeptos da SCSG atraíram interesse da ciência, e a relação foi alvo de pesquisas nas últimas décadas. Mas os estudos mais recentes não encontraram resultados conclusivos em relação a mudanças comportamentais. É provável que o benefício se restrinja ao alívio dos incômodos gastrointestinais – e só.

Mais evidências devem surgir nos próximos anos sobre o tema. Enquanto isso, o ideal é não cortar alimentos da dieta sem orientação médica, até mesmo porque o glúten e a caseína estão presentes em alimentos importantes na dieta infantil, como leite e pão.

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20 receitas para turbinar o consumo de vegetais

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda comer cinco porções diárias de frutas, legumes e verduras — alimentos associados à prevenção das mais diversas doenças. Mas só 23% dos brasileiros conseguem cumprir a meta, de acordo com a última edição do Vigitel, pesquisa do Ministério da Saúde feita por telefone. A falta de acesso pesa no resultado, mas muito disso é costume também. Se você é do tipo que alega não ser fã de vegetais ou culpa a ausência de tempo para prepará-los, chega de mesmice: confira 20 ideias de nutricionistas para inseri-los de maneira saborosa e prática no cardápio.

1. Vai um arroz de couve-flor?

<span class="hidden">–</span>ilustrações: Anália Moraes/SAÚDE é Vital

Da família das crucíferas, ela é rica em vitamina C e em compostos como o sulforafano, ligado à redução do risco de câncer. De uns tempos pra cá, ganha terreno como substituta do arroz. Basta tirar o talo, processar os floretes crus (ou levemente cozidos) e refogar com os temperos preferidos. Também dá para ralar e cozinhar junto ao cereal.

Como o sabor é neutro, nem o mais exigente paladar infantil se queixará. As partes duras viram caldo, creme ou recheios em outras receitas.

2. Salada diversificada

<span class="hidden">–</span>ilustrações: Anália Moraes/SAÚDE é Vital

Ela é a oportunidade perfeita (e não raro perdida) de botar mais cor na dieta. “O ideal é ir além dos clássicos alface, tomate e cebola”, ensina Clarissa Fujiwara, nutricionista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.

Mescle itens de tons diferentes: agrião, rúcula, repolho roxo e radicchio, além de cenoura ralada, legumes cozidos e até frutas. Manga e morango agregam substâncias bem-vindas e notas agridoces ao prato.

Só evite incluir pão, rico em carboidratos, e os queijos, fontes de gorduras — sobretudo se a salada for um acompanhamento, já que a refeição principal oferecerá esses nutrientes.

Dica esperta

Tem quem ache salada “sem graça”. A grande sacada para acabar com essa impressão é focar na elaboração de molhos saudáveis e, claro, apetitosos. Iogurte com hortelã (desnatado, caso precise gerenciar o peso), ervas, mostarda, mel, limão, vinagre balsâmico, azeite e até um queijo branco dão um toque de sabor ao prato. Outro conselho é deixar o molho pronto na geladeira para facilitar o consumo.

3. Picolé caseiro

<span class="hidden">–</span>ilustrações: Anália Moraes/SAÚDE é Vital

O verão está aí, e o sorvete feito em casa é uma boa alternativa às versões industrializadas, que muitas vezes têm altas doses de açúcar, gordura e aditivos químicos. Dá para investir nas forminhas próprias para isso, à venda em lojas de utensílios domésticos, ou nos saquinhos, resultando no famoso sacolé.

A pedida é tirar proveito das frutas que apresentam dulçor natural. A banana madura, que é doce e fica cremosa quando processada, pode ser a base para uma mistura com outras variedades.

Dica esperta

As frutas com muita água, como melão e melancia, formam cristais de gelo e podem ficar com textura desagradável uma vez congeladas. Já morango e outros tipos vermelhos vão bem no picolé, assim como a manga.

Outra opção é fazer um sorbet para comer no pote. Basta congelar a fruta antes e bater no liquidificador com iogurte para alcançar mais cremosidade. A tática ainda evita que as maduras apodreçam.

4. Molhos caprichados

<span class="hidden">–</span>ilustrações: Anália Moraes/SAÚDE é Vital

O bolonhesa original leva cenoura picada em cubos. E dá para inovar mais. “Salsão e erva-doce combinam com o molho de tomate sem alterar consistência e sabor”, sugere Gabriela Cilla, nutricionista e gastróloga da NutriCilla, em São Paulo.

Outro truque é incluir pimentão vermelho — retire as sementes antes de jogar na panela. Tem ainda o molho pesto, que leva rúcula, espinafre ou agrião. Brócolis, por sua vez, têm tudo a ver com penne, fettuccine, e por aí vai.

5. Espaguete vegetal

<span class="hidden">–</span>ilustrações: Anália Moraes/SAÚDE é Vital

A receita caiu nas graças de quem precisa controlar o peso. Mas não é só essa turma que se beneficia do truque, pois os vegetais mais usados — ou seja, abobrinha, cenoura e palmito — são vantajosos para todos. Existem utensílios que fatiam nesse formato, mas vários mercados já os vendem prontos.

Eles amolecem rápido: alguns minutos no molho são suficientes. Se quiser ousar, prove com tubérculos. Aí, é preciso cozinhar pouco para não virar purê.

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6. Bebidas inusitadas

<span class="hidden">–</span>ilustrações: Anália Moraes/SAÚDE é Vital

Comer a fruta é sempre melhor, já que facilita o aproveitamento das fibras. Mas os sucos naturais podem, sim, entrar na rotina. E por que não bater junto aquele alimento que passa longe do seu prato?

Beterraba, cenoura e tomate são ingredientes que ofertam substâncias vantajosas e combinam com laranja e maçã, por exemplo. Ervas como hortelã e um pouco de mel aguçam o paladar — não precisa nem recorrer ao açúcar.

Dica esperta

Deixe a bebida mais cremosa com leite, bebidas vegetais ou com a banana congelada que iria para o sorvete. Falando nisso, sempre que possível processe a fruta com casca e tudo. A do abacaxi, por exemplo, é rica em bromelina, substância que dá uma força e tanto à digestão.

7. Pizza colorida

<span class="hidden">–</span>ilustrações: Anália Moraes/SAÚDE é Vital

Até é bacana enriquecê-la com vegetais e usar a massa integral. Só que a presença de itens lotados de gordura, caso de alguns queijos, requeijão, bacon e calabresa, torna essa opção mais propícia para ocasiões especiais. Há jeitos, contudo, de deixá-la mais equilibrada.

“Vale priorizar frango e atum, que são proteínas magras, e apenas um tipo de queijo, como parmesão curado ou mussarela”, orienta Gabriela.

Para fechar com chave de ouro, brócolis, abobrinha, cogumelos, palmito, cebola, milho, ervilha, rúcula e escarola têm afinidade com a mistura de molho de tomate e queijo. Para um resultado ainda mais leve, vá de mussarela de búfala.

8. Chips variados

<span class="hidden">–</span>ilustrações: Anália Moraes/SAÚDE é Vital

Dá para prepará-los com batata, mandioquinha, cenoura, abobrinha e até frutas como banana e maçã. No caso dos tubérculos, mantenha a espessura fina, coloque em uma assadeira com sal e papel-toalha embaixo para tirar um pouco da água antes de assar — assim, fica crocante. Já a abobrinha deve ser um pouco mais grossa.

Preaqueça o forno, tempere com azeite, sal e ervas, espalhe sem sobrepor as rodelas e aguarde de dez a 30 minutos, a depender do alimento. Sirva durante novelas, filmes, futebol e reuniões com os amigos.

9. Lasanha sem massa

<span class="hidden">–</span>ilustrações: Anália Moraes/SAÚDE é Vital

Berinjela, abobrinha e palmito fazem as vezes da massa para uma receita mais nutritiva. “Mas prepare os legumes separadamente, porque os pontos de cozimento são diferentes”, orienta a nutricionista e chef Natália Werutsky, da Faculdade Santa Helena, em Recife.

Aí é só intercalar com o recheio e finalizar no forno. Tudo bem montar a lasanha com os vegetais crus, mas, nesse caso, fatie mais fino antes de assar.

10. Antepastos levinhos

<span class="hidden">–</span>ilustrações: Anália Moraes/SAÚDE é Vital

Da tradicional caponata de berinjela aos patês de rúcula, pimentão e grão-de-bico, muitas receitas elaboradas com vegetais podem ser servidas antes da refeição principal. Uma indicação de entrada leve e gostosa é tomate ralado e temperado com limão, azeite e sal — vinagrete também é uma boa. Fica refrescante e com ótima textura. Como base, privilegie pães integrais ou biscoito de arroz.

Dica esperta

A caponata do mercado reúne bastante azeite, que preserva os alimentos e é aliado da saúde, mas soma calorias extras ao menu. Na versão caseira, é possível usar um pouco menos do óleo e ainda acrescentar vegetais picados — abobrinha, pimentão, salsão e tomate caem como uma luva. Para variar, refogue tudo e cozinhe por 15 minutos na panela ou leve ao forno.

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11. Legumes recheados

<span class="hidden">–</span>ilustrações: Anália Moraes/SAÚDE é Vital

Trata-se de uma tática certeira para oferecer vegetais a quem não é fã do grupo. “A apresentação diferenciada ajuda a pessoa a quebrar os paradigmas que tem em relação àquele alimento”, comenta Andréa Esquivel, nutricionista diretora da consultoria Gastronomia Nutritiva, em São Paulo. O pulo do gato é rechear com algo que já agrade, a exemplo de carne moída.

Dica esperta

Legumes recheados harmonizam com bases úmidas e suculentas. Vale tanto um molho de tomate quanto molho branco feito com iogurte ou queijos, como mussarela de búfala, requeijão light ou ricota. Abobrinha, pimentão e tomate têm o formato ideal para isso. Dentro, carne de porco, frango e arroz também podem dar jogo. Que tal recorrer às sobras do almoço ou jantar?

12. Torta nutritiva

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Parece trabalhoso, mas não é: basta escrever “torta de liquidificador” em portais de buscas na internet para comprovar. O melhor é que dá para salvar itens abandonados na geladeira.

Ervilha, milho, palmito, brócolis e tomate são alguns dos vegetais que costumam entrar na fórmula. Só maneire em queijos e embutidos — e no tamanho da porção, óbvio.

Dica esperta

Varie o sabor da massa com uma base de milho, feita com fubá. São 2 xícaras dele, 1 e 1/2 de leite, 1/2 de óleo, 1 de farinha de trigo, além de 2 colheres (sopa) de maionese, 2 de fermento em pó, 3 ovos inteiros e 50 gramas de queijo ralado.

Unte a fôrma com o próprio fubá, coloque metade da massa, o recheio e preencha com o restante. Asse em forno preaquecido por cerca de 40 minutos.

13. Canapés

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Vai receber convidados? Monte barquinhas com verduras mais incomuns, como endívia, erva-doce e alface-romana, importantes fontes de fibras, vitaminas e minerais. O recheio deve ser cremoso, porém consistente, para que as bases de vegetais aguentem firme na bandeja.

Boas (e sofisticadas!) escolhas das nutricionistas: arroz de sushi com shimeji, cogumelos refogados, lentilha com frutas e pasta de ricota com uma pitada de gorgonzola.

14. Vegetais na lata

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Segue a mesma lógica do suco. A versão in natura é a mais recomendada pelos especialistas, mas, se o tempo é curto ou a preguiça dominou, melhor consumir os vegetais em caixinha, lata ou congelados do que não colocar nenhuma cor no prato.

Hoje, o mercado disponibiliza conservas mais equilibradas, com pouco ou quase nada de sal, além de legumes pré-cozidos embalados a vácuo e verduras congeladas — tem milho, ervilha, brócolis e afins.

Para saber qual levar para casa, leia o rótulo com atenção. A lista de ingredientes deve exibir poucos itens, e, ao analisar a tabela nutricional, foco no teor de sódio — mineral cujo excesso faz a pressão decolar.

15. Arroz turbinado

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Verdadeiro pau pra toda obra, ele anda meio jogado de escanteio, mas não deveria. Além de ser fonte de carboidratos, vitaminas e minerais, o cereal tem sabor e textura que facilitam a introdução de novos sabores.

Quem não gosta do arroz de forno da vó? Tanto ele quanto a versão à grega podem ser adaptados ao seu paladar e à saúde. Basta colocar legumes para refogar depois do alho e da cebola. Se preferir mais al dente, acrescente-os no fim do cozimento ou no arroz que sobrou da última refeição.

O risoto, além de feito no caldo de legumes caseiro (quem nunca tentou está perdendo), pode ser enriquecido com cogumelos, tomate, rúcula, manjericão e abobrinha ralada. A hora de entrar na panela depende do vegetal escolhido.

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16. Purê além do trivial

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Os mais famosos são à base de tubérculos, a exemplo de batata, batata-doce, mandioquinha e inhame. Mas é bacana dar uma ampliada nesse repertório. Prove os purês de abóbora, banana-da-terra, ervilha, cenoura, grão-de-bico e couve-flor.

Se desejar reduzir o teor calórico, aproveite mais a cremosidade do próprio legume e maneire no líquido (vale leite desnatado ou bebida vegetal). Até as verduras viram creme — o de espinafre é uma maneira de inserir as poderosas folhas verde-escuras no cardápio.

17. Tiras para petiscar

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Parece papo fitness, mas cenoura, pepino e salsão cortados em tiras dão excelentes petiscos. Crocantes e refrescantes, os legumes não só têm poucas calorias como esbanjam vários nutrientes. E dão certo com uma porção de molhos.

O homus, pasta árabe à base de grão-de-bico e tahine, casa bem com a cenoura. Já o pepino ganha outra cara quando mergulhado no iogurte com hortelã. Coalhada seca e creme de ricota também ornam. Fora que conferem aquele toque elegante e colorido à mesa da festa.

18. Estrogonofe veggie

<span class="hidden">–</span>ilustrações: Anália Moraes/SAÚDE é Vital

Com a ascensão do vegetarianismo e do veganismo, as receitas de estrogonofe de vegetais se popularizaram. “Cogumelos, tofu defumado, cará e nabo cozido podem ser substitutos da carne, mas é preciso caprichar no molho e nos temperos”, destaca Natália.

Vale lembrar que o prato leva creme de leite e, por isso, possui um teor mais elevado de gordura saturada. Então, nada de abusar. Considere trocá-lo por creme de leite light ou iogurte natural. No lugar do catchup, convoque a polpa de tomate.

19. Churrasco verde

<span class="hidden">–</span>ilustrações: Anália Moraes/SAÚDE é Vital

Vegetais dão um show na grelha. Dá para testar uma infinidade: couve-flor, repolho, abobrinha, berinjela, cebola, quiabo, cenoura, pimentão, brócolis… O tempero faz a diferença. Aposte em alho, ervas e especiarias diferentes. Para facilitar, faça um pré-preparo quando voltar das compras, higienizando e dividindo os alimentos.

De sobremesa, as frutas podem ser grelhadas — banana, abacaxi, maçã e goiaba combinam com o calor. O fogo precisa estar alto para caramelizar por fora e manter a maciez interna.

20. Dentro de omeletes

<span class="hidden">–</span>ilustrações: Anália Moraes/SAÚDE é Vital

Para encerrar esta extensa e saborosa lista, um clássico da cozinha rápida: a omelete. Ela costuma ser enriquecida em restaurantes, mas você pode testar misturas criativas em casa. Prove com cebola, cogumelos frescos, abobrinha ralada, couve, alcachofra picada e até vegetais previamente cozidos, como cenoura em cubos e batata. O que muda é o preparo: os crus vão ralados, e os cozidos devem ser feitos e picados antes.

“Para evitar que a preparação fique seca, use um pouco de requeijão, homus ou coalhada”, sugere Gabriela. Sem exagero, para a receita não ficar pesada.

Uma coisa importante em relação à omelete e a todos os outros itens citados até aqui é não ficar bitolado nos mesmos recheios e temperos. A diversidade é o preceito básico para uma alimentação equilibrada e gostosa de verdade.

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Dá para se prevenir do coronavírus por meio da alimentação?

Apesar do que dizem algumas fake news por aí, não existe alimento ou nutriente milagroso que evite ou trate a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. “A imunidade é formada por um conjunto de fatores que atuam contra diferentes doenças, vírus e bactérias. Não podemos elencar um único alimento ou uma vitamina para resolver um problema de saúde”, aponta o infectologista Hélio Bacha, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, à Agência Einstein.

Por outro lado, uma dieta balanceada como um todo ajuda o organismo a se manter preparado contra invasores. “Se o indivíduo se alimentar corretamente, seu sistema imunológico estará competente, independentemente do tipo de infecção”, informa a nutricionista Deise Cristina Caramico, professora do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo, em entrevista à SAÚDE.

Deise conta que temos de investir em fontes de todos os nutrientes, porém destaca alguns que dão uma força especial. “Eles favorecem os glóbulos brancos, que são as nossas células de defesa”, complementa.

Saiba quais são eles e onde se encontram:

  • Proteínas: alimentos de origem animal (carne vermelha e branca, leite, ovos) e leguminosas (feijão, soja, ervilha, grão de bico). “Recomendo comer leguminosas junto com cereais, como arroz e milho, para que um complemente o outro”, ensina Deise. Essa mistura fornece aminoácidos de ótima qualidade.
  • Zinco: carnes de todos os tipos, principalmente a vermelha, derivados de animais e frutos do mar.
  • Magnésio: leguminosas, oleaginosas (nozes, amêndoas, castanhas) e verduras folhosas.
  • Selênio: a principal fonte é a castanha do Pará ou do Brasil.
  • Vitamina A: está presente em fontes de gordura (queijo, gema do ovo) e em vegetais de coloração alaranjada, como manga, mamão e cenoura.
  • Vitamina C: o micronutriente mais famoso quando citamos imunidade é ofertado por frutas cítricas (laranja, mexerica, maracujá, limão, abacaxi).
  • Complexo B: “É composto por várias vitaminas disponíveis em todos os grupos. Então é necessário ingerir um pouco de cada”, raciocina a profissional. Lembrando que a B12 é encontrada apenas naqueles de origem animal. Por isso, os veganos precisam considerar suplementos, com orientação profissional.

O papel da microbiota intestinal

Os prebióticos e probióticos também têm sua importância nessa história. Além de fortalecer a imunidade, eles estimulam sua atuação.

Os probióticos são micro-organismos que colonizam nosso intestino e promovem diferentes benefícios — eles fazem parte da composição de iogurtes e leites fermentados. Já os prebióticos são, digamos, a comida dos micro-organismos que integram a microbiota. Estamos falando das fibras da cebola, da aveia e por aí vai.

E os suplementos alimentares?

Na época de gripe, a procura nas farmácias por suplementos de vitaminas, principalmente da C, costuma aumentar. É possível que o mesmo aconteça na pandemia atual.

A professora explica que só é necessário lançar mão desses produtos caso haja diagnóstico de algum nutriente em falta. “Se a alimentação de uma pessoa é balanceada, ela já recebe esses elementos nas quantidades suficientes para manter a boa performance do sistema imune”, assegura.

A recomendação para quem não tem um cardápio bacana é, em um primeiro momento, mudar esse comportamento. “Agora, se não resolver, ela poderá usar suplementos”, conclui Deise. E, mais uma vez, sempre sob orientação profissional.

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Três fake news sobre alimentação e coronavírus

Comer alho evita o contágio pelo coronavírus: pesquisas anteriores mostram que o alho tem componentes que auxiliam nos processos de defesa do organismo. Porém, não há evidência científica de que ele, sozinho, evite o novo vírus, também chamado de Sars-Cov-2.

“E não existem estudos comprovando que quem come mais alho tem menos doenças”, arremata Hélio Bacha.

Consumo de fontes naturais de vitamina C cura a Covid-19: uma mensagem enviada nos grupos de aplicativo alega que a vitamina C natural combate o novo coronavírus. Ela teria sido escrita por uma estudante chamada Laila Ahamadi, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Zanjan, que ficaria na China.

Segundo o texto, a enfermidade seria resultado de uma fusão entre os genes de cobra e morcego. A mensagem ainda indica que tomar água quente com rodelas de limão afastaria a chateação e até salvaria a vida dos atingidos.

Há várias informações incorretas aí, a começar pelo fato de que a Universidade de Zanjan fica no Irã, não na China. E a história da fusão de genes gera desconfiança por si só. Até o momento, nem foi confirmado qual animal serviu de intermediário para o novo coronavírus começar a atacar seres humanos.

De qualquer jeito, faltam evidências de que água quente com rodelas de limão ofereça qualquer proteção especial frente ao novo coronavírus. Alimentos com vitamina C contribuem para o sistema imunológico, porém não são tidos como remédio.

Beber água potável a cada 15 minutos expele o novo coronavírus: esse líquido é fundamental para a saúde e o bom funcionamento do corpo. Manter-se hidratado inclusive é uma recomendação médica para pessoas afetadas por infecções.

No entanto, postagens citam que um médico japonês recomenda a ingestão de água a cada 15 minutos para expelir qualquer vírus por meio da urina e do suor. “O Sars-Cov-2 não é eliminado dessa forma”, contesta Bacha.

*Este conteúdo também usou informações disponibilizadas pela Agência Einstein.

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Suplemento de antioxidante não melhora a fertilidade masculina, diz estudo

Alguns estudos anteriores apontavam que uma dieta rica em vitaminas, minerais e outros compostos com poder antioxidante teria capacidade de melhorar a qualidade do sêmen, facilitando, assim, uma gravidez. E é muito fácil encontrar várias dessas substâncias concentradas em suplementos vendidos na farmácia. Um novo estudo indica, porém, que as cápsulas parecem não fazer diferença na fertilidade masculina.

O trabalho avaliou um suplemento feito de vitaminas C, E e D, selênio, l-cartinina, zinco, ácido fólico e licopeno. Durante um período que variou entre três e seis meses, 171 casais foram divididos em dois grupos: metade ingeria esse produto com antioxidantes enquanto a outra parte ficava com o placebo (ou seja, uma cápsula sem as substâncias).

Nem os voluntários nem os médicos sabiam quem estava tomando o quê. Os homens de todos os casais apresentavam algum problema de saúde reprodutiva, como baixa concentração ou motilidade reduzida dos espermatozoides no sêmen. As mulheres tinham menos de 40 anos e condições favoráveis à gestação.

O suplemento decepcionou

Munidos de suas cápsulas, os casais foram orientados a tentar engravidar naturalmente durante os primeiros três meses e, caso não conseguissem, realizariam uma inseminação intrauterina. A técnica insere o sêmen diretamente no útero da mulher para facilitar a concepção.

Ao avaliar amostras do sêmen dos voluntários e as gestações depois desse período de tentativas, os pesquisadores não encontraram diferenças relevantes na concentração, motilidade, qualidade do DNA ou morfologia dos espermatozoides de homens que tomaram o suplemento – todos parâmetros ligados à qualidade do esperma.

As taxas de nascimento foram inclusive levemente maiores no grupo que ficou com o placebo – 24% contra 15%. Mas os autores ressaltam que, como a suplementação não parecia trazer benefício, não conseguiram um número suficiente de voluntários dispostos a ingerir as cápsulas por, no mínimo, três meses.

Seria preciso um número maior de participantes para bater o martelo sobre a influência dos antioxidantes nos índices de gestação e nascidos vivos. Por outro lado, seguir uma dieta equilibrada, com frutas, legumes e verduras – fontes naturais dessas substâncias –, é uma dica validada pela ciência para casais que desejam engravidar.

O trabalho foi conduzido pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (país onde suplementos são superpopulares) e publicado no periódico Fertility and Sterility, da Associação Americana de Medicina Reprodutiva.

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ENTENDA OS PERIGOS DO AGROTÓXICOS NO SEU ALIMENTO

Consumir legumes e vegetais é um hábito muito saudável, né? Mas, quando esses produtos estão cheios de agrotóxicos, o que deveria auxiliar no bom funcionamento do organismo pode se tornar prejudicial à saúde.
Antes de mais nada é importante saber para que o agrotóxico serve. O objetivo deste produto químico é evitar que insetos e plantas daninhas atrapalhem o desenvolvimento das plantações de legumes, frutas e verduras. O único problema é que, uma vez em contato com o alimento, ele pode se tornar prejudicial a quem consome.
De acordo com um dossiê publicado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), 64% dos alimentos brasileiros são contaminados por agrotóxicos. O número é alarmante, e gerou 34.147 intoxicações no SUS, no período de 2007 a 2014. O composto químico pode aumentar o risco de câncer de mama, além de gerar problemas no fígado.
Como se não bastasse o dano físico, ele também agride o meio ambiente, atingindo a fauna e flora. O excesso de agrotóxicos pode afetar o desenvolvimento de insetos, como as abelhas, que são essenciais para o funcionamento do nosso ecossistema.

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É POSSÍVEL COMER COMIDAS GOSTOSAS SEM GLÚTEN?

Muita gente se assusta quando se depara com uma pessoa celíaca. A ideia de não consumir glúten numa dieta comum pode ser assustadora. “Como assim não pode comer pão? Nem chocolate?”. Pois é, aparentemente os celíacos sofrem! Mas, aos desavisados, é completamente possível manter uma dieta gostosa sem essa proteína.
Para quem não sabe, o glúten é uma proteína presente no trigo e em diversos farináceos, e algumas pessoas desenvolvem uma alergia a esse componente, causando péssimas reações no intestino. Para evitar complicações é necessário, então, começar novos hábitos alimentares.
Mas, a pergunta que não quer calar: é possível comer comidas gostosas sem glúten? Sim!!!!! Prova disso é essa receita deliciosa de bolo de cenoura. Confira os ingredientes:
2 cenouras médias sem casca;
3 colheres (sopa) de óleo de coco;
4 ovos;
2 xícaras de farinha de amêndoas ou castanha de coco ou coco ralado;
2 a 3 colheres (sopa) de adoçante natural;
1 colher (sopa) cheia de fermento;
Você também pode usar canela, cravo.
Bata a cenoura, o óleo e os ovos no liquidificador. Misture os outros ingredientes em uma vasilha. Unte a forma com óleo de coco e a farinha da amêndoa. Coloque a massa e asse no forno a 180º C.

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Um sorvete probiótico à base de leite de cabra

A ideia foi incorporar o prebiótico inulina e a bactéria do bem Bifidobacterium lactis a uma mistura de leite de cabra e cacau em pó para fazer um sorvete diferenciado. “Optamos por esse leite porque suas proteínas e gorduras são mais fáceis de digerir”, explica a engenheira de alimentos Karina Olbrich dos Santos, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa.

Já a presença do micro-organismo probiótico, que se mantém elevada mesmo sob congelamento, é bem-vinda ao intestino. De quebra, o sorvete tem baixa proporção de açúcar. Na receita, o cacau tornou mais suave o sabor do leite, e a aceitação do produto foi boa nas avaliações sensoriais.

“Também foram testadas com sucesso formulações com polpa de cajá e de morango”, conta Karina. Agora é verificar se a novidade chegará à indústria e ao mercado.

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Benefícios do leite de cabra

Menos alergênico: a bebida conta com baixíssima quantidade de proteínas responsáveis por crises alérgicas.

Mais magro: tem menos gordura que o de vaca e concentra a versão insaturada, de perfil mais saudável.

Rico em vitamina A: o micronutriente é aliado da saúde dos olhos e trabalha em prol da imunidade.

Fonte de selênio: o mineral ajuda a neutralizar os danos dos radicais livres no organismo e ainda resguarda o cérebro.

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