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Enquete: qual nutriente você acredita que está faltando na sua dieta?

O padrão alimentar do brasileiro mudou. Passamos a priorizar itens mais engordativos e com baixíssima qualidade nutricional. O problema é que a ausência de substâncias essenciais, como vitaminas e minerais, tem uma série de repercussões na saúde. A desnutrição é um quadro preocupante, que precisa de diagnóstico e tratamento.

Você percebe a ausência de algum nutriente na sua dieta? Participe de nossa enquete do mês no quadro abaixo. E lembre-se: procure um médico ou um nutricionista para uma avaliação mais aprofundada do seu cardápio e da sua saúde.

 

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Transforme a sua relação com a comida

Catarina teve uma adolescência difícil: aos 16 anos, viu sua irmã mais velha morrer e foi obrigada pelos pais a se casar com o cunhado viúvo. Ela se recusou a virar noiva e iniciou uma greve de fome. Decidida, convenceu os parentes e passou a morar num convento. No entanto, mesmo com o fim da briga familiar, a menina continuou insistindo em não comer. Passava semanas à base de pão e água, agora por motivos religiosos. Tinha dias em que seu único alimento era a hóstia da missa. Frágil e vítima de anorexia, faleceu muito jovem, aos 33 anos, após sofrer um AVC.

A história de Catarina poderia muito bem se passar em 2020 e ser compartilhada em qualquer rede social. Mas ela viveu na Itália entre 1347 e 1380. Após sua morte, foi canonizada, ganhou o nome de Santa Catarina de Siena e o título de padroeira da Europa.

Ela, aliás, é apenas uma das 250 santas italianas que tiveram na biografia algum episódio típico de transtorno alimentar, quadro psiquiátrico marcado por dificuldades em manter refeições saudáveis e equilibradas ao longo de determinado período da vida.

Apesar de essas condições não serem um fenômeno moderno, é inegável que elas explodiram nas últimas décadas: estima-se que doenças como anorexia e bulimia (saiba mais sobre as principais clicando aqui) acometam cerca de 2% da população mundial.

“No Brasil, alguns dados indicam que esses problemas atinjam 4,6% das pessoas, o dobro do encontrado em outros lugares”, relata a psicanalista Joana de Vilhena Novaes, professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Os especialistas ainda apontam uma mudança de perfil: esses quadros, antes restritos a jovens do sexo feminino de classe média ou alta, começam a se tornar preocupantes em homens, pessoas mais velhas e moradores da periferia. Mas o que está por trás desse fenômeno?

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Cobrança por um corpo perfeito

Os transtornos alimentares são a ponta do iceberg de algo mais abrangente e preocupante que assola toda a sociedade: nossa relação com a comida nunca foi tão ruim. Vivemos num mundo com índices alarmantes de sobrepeso e obesidade — mais de 50% dos brasileiros estão com quilos a mais, por exemplo.

Ao mesmo tempo, seja em capas de revista, seja nas redes sociais, há uma eterna cobrança por um corpo perfeito, sem nada fora do lugar. “Estamos dentro de uma cultura neurótica, com uma pressão social constante pela magreza”, analisa a nutricionista Marle Alvarenga, idealizadora do Instituto Nutrição Comportamental, em São Paulo.

Ao mesmo tempo, dá pra notar certo desprezo coletivo pelas refeições: nossos almoços e jantares ficam cada vez mais curtos e impessoais. Comemos olhando para a tela de celulares, computadores e televisões. Os pratos já aparecem prontos: basta pedir pelo aplicativo que o motoboy entrega na porta de casa ou tirar o congelado da geladeira e botar dois minutos no micro-ondas.

“E isso sem contar a total perda de autenticidade: não temos ideia de como muitos alimentos são preparados. O que é um nugget senão um monte de conservantes, estabilizantes e um pouco de frango?”, questiona o historiador Henrique Soares Carneiro, coordenador do Laboratório de Estudos Históricos das Drogas e da Alimentação da Universidade de São Paulo (USP).

Para piorar, um grande volume de produtos industrializados peca no quesito saúde: estão empanturrados de sal, gordura e açúcar, ingredientes que dão sabor e cujo excesso pode promover ganho de peso, hipertensão, colesterol alto, diabetes…

“Esses alimentos estimulam demais nossas papilas gustativas e nos deixam com vontade de comer de novo para repetir aquela mesma sensação”, destrincha a nutricionista Ana Carolina Pereira Costa, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo (IPq-HC).

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Alimentos mocinhos e vilões

Ironicamente, a exigência do corpo perfeito leva a um cenário oposto: a preocupação exagerada com o valor nutricional de cada ingrediente. O pãozinho vira apenas um reduto de carboidratos. Brócolis só valem a pena por serem ricos em antioxidantes. E por aí vai.

“Não podemos nos esquecer de que cada comida conta uma história e é resultado da ancestralidade, da cultura e da forma de viver de um povo”, lembra a chef Janaína Rueda, que está à frente do renomado restaurante Bar da Dona Onça, em São Paulo.

De 2015 a 2018, Janaína liderou uma reformulação nos cardápios das escolas públicas paulistas. “Junto com a Secretaria de Educação, treinamos 1 823 merendeiras de 2 200 escolas, que faziam comida diariamente para quase 2 milhões de alunos”, calcula.

Nesse meio-tempo, saíram de cena os industrializados, que foram substituídos por alimentos frescos. Por trás de cada receita, havia um ensinamento às crianças e aos adolescentes. “O projeto, porém, foi cancelado e tudo voltou a como era antes”, conta a chef.

Essa neura com a saúde, aliás, tem outro efeito colateral: a noção maniqueísta de que existem alimentos mocinhos e vilões. Tem hora que o glúten é o responsável pelos males que atingem a humanidade. Depois, a culpa recai sobre a lactose. Em paralelo, aparece a dieta detox como resposta para tudo. Na sequência, basta apostar no óleo de coco ou nos suplementos de magnésio. Parece que a gente está sempre à procura de respostas mágicas para problemas complexos.

Enquanto isso, a verdade segue diante de nosso nariz: uma alimentação equilibrada e variada, junto da prática regular de atividade física, até nos permite regalias à mesa de vez em quando. “O que é mais saudável: um bolo de chocolate ou uma maçã? Depende do contexto”, raciocina Ana Carolina. Se você estiver numa festa de aniversário cheio de vontade de experimentar um pedaço de bolo, comer apenas uma fruta não vai deixá-lo satisfeito… “A saúde envolve corpo, mente e a nossa relação com os outros”, completa.

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Familiares e amigos contra os transtornos alimentares

Ok, deu pra entender que cozinhas e salas de jantar não são ambientes tão cômodos e aconchegantes quanto antigamente. Todo mundo é de alguma maneira afetado por isso no dia a dia. Mas por que somente uma parcela mínima das pessoas vai desenvolver um transtorno alimentar?

“Aqui entram na conta fatores genéticos, questões familiares e psicológicas, que se somam e levam ao desenvolvimento de quadros como a anorexia ou a bulimia”, responde Marle Alvarenga. Indivíduos cujos pais são muito rígidos e preocupados com a aparência, por exemplo, têm maior tendência a desenvolver esses quadros.

Para prevenir essas condições ou evitar seu agravamento, devemos prestar atenção em como encaramos os momentos à mesa e buscar ajuda de um profissional quando necessário. Em muitos casos, familiares e amigos podem dar o suporte e levar o paciente para a primeira consulta, pois ele não consegue visualizar o problema.

“Estima-se que aconteça uma demora de três a cinco anos entre o início dos sintomas e o diagnóstico”, informa o psiquiatra Eduardo Aratangy, supervisor do IPq-HC. Tempo demais desperdiçado: sabe-se que o acompanhamento feito por uma equipe composta de médicos, psicólogos e nutricionistas é essencial para apaziguar e reverter os distúrbios.

Claro que todos nós também podemos (e devemos) tomar medidas para melhorar nossa relação com a comida. O primeiro passo é entender que cafés da manhã, almoços e jantares são um momento sagrado para o corpo. Dentro de sua agenda de compromissos, planeje os pratos com cuidado e carinho.

Na hora do preparo, dê preferência aos ingredientes frescos — se forem frutas e verduras, veja se está na temporada de colheita, o que garante mais sabor e nutrientes. Por fim, visite feiras livres, mercados e empórios. “Comer bem não é necessariamente caro”, lembra Joana Novaes.

Sim, a simplicidade é um ingrediente-chave para refeições mais completas e felizes. Reflita e… bom apetite!

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DRINKS PARA O CARNAVAL

Carnaval tá aí e nada melhor do que comemorar essa época do ano com um belo
drink! Pensando nisso, escolhemos três opções fáceis e gostosas pra curtir a festança:
Caipiroska com picolé
Ingredientes
50 ml de vodka;
Frutas da estação;
1 picolé;
1 colher (sopa) de açúcar ou adoçante.

Modo de preparo

  1. Em uma coqueteleira, adicione as frutas escolhidas e o açúcar ou adoçante. Macere-
    os levemente.
  2. Em seguida, adicione 50 ml de vodka, adicione o gelo e agite até resfriar.
  3. Passe para um copo baixo e finalize adicionando um picolé dentro do copo como
    guarnição.

Pink & hibiscus
Ingredientes
50 ml de gin Beefeater Pink;
100 ml de chá de hibisco.

Tônica
Modo de preparo
O primeiro passo é preparar o copo enchendo-o de gelo. Em seguida, coloque o hibisco
em um sachê e infusione no fundo da taça. Adicione a tônica. Por último, adicione o
gin. Misture devagar até que fique bem rosa.
Drink laranja blue
Ingredientes

50 ml whisky;
200 ml de suco de laranja;
15 ml de curaçau blue;
3 pedras de gelo.
Modo de preparo:
Em uma taça ou copo de drink, adicione um ingrediente por vez. Sirva em seguida!

E aí, qual receita você curtiu mais? Conta para a gente nos comentários.
Fonte: M de Mulher e Casa Vogue

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Um mar de peixes nativos e alternativos para desbravar

Nada como um rodízio em um restaurante japonês para apreciar diferentes sabores, cores, texturas e aromas, numa deliciosa viagem sensorial. E a experiência pode ficar ainda mais surpreendente se o sushiman oferecer sashimis e sushis de olhete ou de sororoca. Assim como o badalado salmão, a dupla fornece carne de excelente qualidade e a delicadeza perfeita para o preparo desses pratos orientais. Mas é desconhecida para muita gente. Por isso mesmo ambos integram o grupo dos Penacos, simpático apelido vindo da sigla para peixes alimentícios não convencionais.

Pesquisadores, chefs de cozinha e supermercados têm trabalhado para que o brasileiro desbrave esse oceano de diversidade — e não só em restaurantes, mas em casa também. Uma das entusiastas é a bióloga Rúbia Yuri Tomita, do Instituto de Pesca (IP-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

“Nosso país apresenta uma grande variedade de espécies nutritivas e saborosas que não são valorizadas como deveriam”, salienta. Muitos peixes que nadam por aqui não ficam devendo nada a celebridades importadas.

Inclusive há os que entregam substâncias como o ômega-3. O carapau, também conhecido como xerelete, é um dos que contêm a tal gordura boa, aliada da saúde cardiovascular.

Veja bem, não se trata de aposentar bacalhau & cia. Cada qual tem seu lugar dentro do contexto do equilíbrio e do gosto pessoal. Na cartilha da alimentação saudável, quanto maior a variedade, mais nutrientes no prato.

Enquanto uns pescados concentram conteúdos extras de gorduras benéficas, existem os magrinhos, que somam poucas calorias e são opções para quem anda de olho na balança. Alguns ofertam uma pitada a mais de zinco, o mineral guardião do sistema imune, outros têm maior quantidade de fósforo, que afia a memória.

Para garantir que nada falte, portanto, a estratégia é alternar. O melhor é que esse desfile de espécies proporciona puro deleite ao paladar.

<span class="hidden">–</span>Ilustração: Eber Evangelista/SAÚDE é Vital
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Consumo de peixes no Brasil

Só que, antes de pensar em variar espécies, precisamos nos lembrar de incluir os nadadores na rotina. Apesar do litoral de dar inveja e da maior bacia hidrográfica do planeta, o brasileiro come pouco peixe. Se botar na conta nossas raízes étnicas, o estranhamento é ainda maior.

“Os índios sempre foram grandes apreciadores de pescados, assim como os portugueses”, lembra a pesquisadora Hellen Kato, da Embrapa Pesca e Aquicultura, no Tocantins. Mas, enquanto a média mundial de consumo per capita é de 20 quilos, por aqui estamos em 9,5 quilos anuais por pessoa.

“Destaca-se ainda a enorme disparidade entre as regiões do país”, diz Rúbia. No Norte, até pela força das tradições, a população é bem fã do alimento; já no resto do Brasil…

Não bastasse, contam-se nos dedos as espécies procuradas. “Em geral, a escolha se dá pela praticidade: o consumidor leva o que está embalado e sem espinhas nem escamas”, exemplifica Hellen.

Para piorar, mitos rondam a peixaria, até mesmo em relação ao traquejo culinário. Por isso, cozinheiros andam empenhados em apresentar tipos negligenciados e que, inclusive, podem acabar no lixo por falta de valor comercial.

O chef de cozinha Fábio Leal, da Soutu, em Santos (SP), é um dos parceiros do Instituto de Pesca para popularizar os Penacos — entre seus pratos favoritos está a sororoca grelhada. Uma de suas sugestões é ter um peixeiro de confiança. “O ideal é optar pelo animal inteiro e pedir para o vendedor limpar e filetar”, indica.

Como escolher o peixe

Para acertar na peixaria, a nutricionista Andréa Waisenberg, da capital paulista, tem alguns truques: os olhos do peixe precisam ter aspecto brilhoso, a coloração das guelras deve ser vermelha, é necessário que as escamas estejam grudadas ao corpo e, por fim, o correto é que a carne apresente consistência firme. Quanto ao aroma, odores fortes anunciam que o alimento não está fresco.

André Ahn, chef de cozinha de São Paulo, reforça que também é interessante conhecer a cadeia do peixe. “Vale investigar as origens e o caminho percorrido por ele”, orienta.

Respeitar a sazonalidade, atitude que tem tudo a ver com a reprodução e o tamanho das espécies, não só favorece o meio ambiente como é atestado de alimento mais gostoso. “Nós temos que aprender a comer o que o mar nos manda”, aconselha Ahn, que prepara desde sushis até moquecas com tipos como o olho-de-boi, a prejereba e o peixe-galo.

A bióloga Cintia Miyaji, da Paiche Consultoria, na Baixada Santista, reconhece que o consumo de pescados alternativos ajuda a diminuir a pressão sobre espécies ameaçadas. “Mas é fundamental que haja boas práticas e que a pesca seja sustentável”, enfatiza.

Aos poucos, o movimento chega até as grandes redes. O Pão de Açúcar lançou, em 2017, um projeto de incentivo aos Penacos. “Foi feito um levantamento, com base na legislação, além da consulta em universidades para escolher aqueles que estão fora do risco de escassez”, comenta André Artin, gerente de desenvolvimento do grupo. Saramonete, catuá e xaréu desfilam nas gôndolas.

Mas Cintia defende a importância de mais pesquisa em torno dos peixes alternativos para que a população os reconheça — embora não reste a menor dúvida de que todos ofereçam proteína da melhor qualidade. Então, fica o convite: mergulhe nesse mar de possibilidades e faça um rodízio de espécies.

<span class="hidden">–</span>Ilustração: Eber Evangelista/SAÚDE é Vital

Benefícios para o meio ambiente

“Quando as práticas são sustentáveis, a oferta de peixes se dá de forma segura, acessível e uniforme, diminuindo a pressão sobre os estoques na natureza”, explica Cintia Miyaji, uma das autoras do Guia de Consumo Responsável de Pescados.

Já Susy Yoshimura, diretora da área de sustentabilidade do Pão de Açúcar, avisa que espécies em risco de extinção não são vendidas. O respeito ao defeso, referente à época de reprodução, e ao tamanho dos animais é prioridade.

Fontes: Helen Kato, da Empraba Pesca e Aquicultura, em Tocantins (quadros peixes) e Instituto de Pesca (IP-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (gráfico consumo).

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Lote de milho verde da marca Quero é recolhido por presença de bactérias

Cuidado com as caixinhas de Milho Verde Recart 200g, da marca Quero. A empresa Heinz, detentora do produto, anunciou o recolhimento voluntário de um lote com 244 caixas após detectar uma possível contaminação por bactérias que causam problemas gastrointestinais.

O lote que não deve ser consumido é o L08 Val 07/2021. Ele foi fabricado no dia 8 de janeiro de 2020, entre 6h30 e 23h. Na imagem abaixo, você vê onde encontrar essas informações na embalagem:

As informações do lote estão no topo da embalagemFoto: Heinz/Divulgação

O anúncio do recall veio depois que a empresa identificou o potencial risco de presença de bactérias que podem desencadear náuseas e infecção intestinal. De acordo com a Heinz, outros produtos — com milho verde ou não — estão livres do problema.

Se você já adquiriu o Milho Verde Recart 200g desse lote, é possível substituí-lo gratuitamente. Para isso (ou para resolver outras questões relacionados ao recolhimento), a empresa sugere entrar em contato pelo telefone 0800 16 5858, de segunda à sexta, das 8h às 18h.

O Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania de São Paulo, afirma que pessoas eventualmente afetadas pelo consumo do produto da marca Quero podem solicitar a reparação de danos.

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Sorvete com gordura mais saudável é desenvolvido no Brasil

Pesquisadores do mundo todo vêm se esforçando para encontrar uma gordura mais equilibrada e substituir a trans nos produtos industrializados. Perigosa sobretudo para o coração, essa versão está banida nos Estados Unidos e até 2023 deve sair de cena no Brasil. Pois a cientista de alimentos Rafaela Airoldi, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo, em Piracicaba, parece ter encontrado um ingrediente adequado. Ele já foi até testado na formulação de um sorvete de baunilha.

A expert aposta no chamado oleogel. Trata-se da mistura de um óleo vegetal com algum outro ingrediente considerado estruturante. Para ser mais específico, ela juntou o óleo de soja com uma cera retirada da carnaúba (uma palmeira).

“Essa mistura é considerada mais saudável porque a técnica não causa nenhuma modificação química no óleo”, explica Rafaela. Ou seja, se um óleo é mono ou poli-insaturado — tipos de gorduras consideradas benéficas —, permanecerá com esse perfil.

“Isso é totalmente diferente do que acontece na hidrogenação”, completa, fazendo menção ao processo que resulta na trans. Mesmo que a gordura originalmente usada seja benéfica, esse método (usado para permitir que a gordura permaneça sólida em temperatura ambiente) acaba transformando-a naquela substância nada saudável.

Com o oleogel, porém, a tal hidrogenação é desnecessária. “Conseguimos fazer o óleo vegetal ficar sólido com a ajuda do agente estruturante, que, no caso do meu trabalho, foi a cera de carnaúba”, descreve.

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O teste no sorvete

Rafaela conta que esse tipo de doce utiliza mais ou menos 10% de gordura em sua formulação. É bastante coisa — daí o motivo de escolhê-lo como matriz para aplicar o oleogel.

No sorvete de baunilha em que houve substituição de 50% da gordura tradicionalmente empregada, a aceitabilidade geral ficou em torno de 58% entre as pessoas que o provaram – ou seja, de cada dez voluntários, seis aprovaram o gosto e outras características.

Já no sorvete em que 100% da gordura foi substituída pela junção de óleo de soja com cera de carnaúba, a aceitabilidade geral ficou em 50% (cinco a cada dez).

“Os resultados são satisfatórios”, comenta a pesquisadora. “Mas ainda precisamos realizar modificações na fórmula para aperfeiçoá-la”, admite.

De acordo com a cientista de alimentos, esse novo tipo de gordura tem potencial para ser incorporado a diversos itens, como cream cheese — algo que inclusive está em estudo nos Estados Unidos —, produtos cárneos, margarina e por aí vai. Agora nos resta aguardar para ver se os estudos influenciarão nas prateleiras dos mercados.

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Os 12 principais tipos de transtorno alimentar, de anorexia a compulsão

Hoje, não só aumenta o número de transtornos alimentares como o de suas vítimas. Tanto que o último Congresso Brasileiro de Psiquiatria (CBP), que aconteceu no Rio de Janeiro, contou com uma sessão especial para discutir as diferentes formas desse problema se manifestar.

Selecionamos os principais tipos para que você aprenda a identificá-los e saiba quando é hora de procurar ajuda:

Anorexia

Na sala do CBP onde se discutiu os diferentes tipos de transtorno alimentar, especialistas apresentaram doenças já conhecidas há séculos e outras que foram descritas nos últimos anos. A anorexia, claro, foi uma das mais citadas.

“Trata-se de uma condição mental com a mais alta taxa de mortalidade, pois provoca uma perda de peso muito rápida”, descreve a psiquiatra Christina de Almeida dos Santos, da Faculdade Pequeno Príncipe, em Curitiba, uma das palestrantes do evento.

Os pacientes começam a restringir o consumo de alimentos que eles consideram muito calóricos e esses cortes ficam cada vez maiores. Ao mesmo tempo, distorcem a própria imagem corporal e continuam a achar que estão gordos.

Bulimia

Outro quadro bastante conhecido desse panteão de doenças. Ao contrário do que se pensa, os acometidos por ela não são magérrimos. Muitos ficam constantemente acima do peso e se incomodam bastante com esse fato.

“Na bulimia, há dois momentos: primeiro, um exagero no consumo de determinados produtos. Na sequência, o sujeito se sente culpado por ter ingerido tudo aquilo e encontra alguma maneira de expurgar aquelas calorias”, explica a médica Fátima Vasconcellos, diretora da Associação Brasileira de Psiquiatria.

O método mais utilizado para eliminar esse excesso costuma ser a indução do vômito. Mas existem outras maneiras encontradas para fazer essa compensação.

“Há quem tome remédios, como laxantes e diuréticos, enquanto outros apostam em exercícios físicos extenuantes”, acrescenta a especialista. Essas ações geralmente são feitas sem que familiares e amigos saibam.

Compulsão alimentar

Ao lado de anorexia e bulimia, a compulsão alimentar faz parte da tríade clássica dos transtornos alimentares. Nela, a questão é o exagero mesmo: a pessoa devora uma quantidade enorme de comida. Alguns chegam a ingerir de 4 mil a 15 mil calorias em poucos minutos — a média recomendada para um adulto saudável são 2 mil calorias por dia.

Aqui, não acontece nenhuma tentativa para eliminar esses alimentos, como vômitos ou remédios. Esses ataques súbitos de gulodice são motivados por dilemas emocionais, como ansiedade e estresse. “Falamos de um problema grave de saúde pública, pois muitos dos portadores desenvolvem obesidade grave”, ressalta Fátima.

É importante diferenciar também episódios isolados de algo mais crônico e preocupante: exagerar vez ou outra no rodízio de pizzas ou na churrascaria não é reflexo de uma doença psiquiátrica.

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Tare

Sigla para transtorno alimentar restritivo evitativo. É o quadro típico de crianças que se recusam a comer um grupo alimentar específico por motivos que vão de aparência e cor a odor, textura, temperatura e paladar. Há quem não experimente nada que seja amarelo, outros fogem de purês e papas, um terceiro grupo evita frutas e verduras, e assim por diante.

Claro que todo mundo tem suas manias e preferências nos primeiros anos de vida, mas deve-se ligar um sinal de alerta quando essa restrição impede o consumo de nutrientes essenciais, que impactam o desenvolvimento infantil e podem levar a déficits importantes.

Recentemente, um jovem britânico de 17 anos vítima de Tare perdeu a visão porque só se alimentava de batata frita e pão branco. A ausência de vitaminas e minerais em sua dieta foi tão grave que lesou o nervo óptico, responsável por captar e transmitir os estímulos de luz do ambiente ao cérebro.

Ruminação

O sujeito regurgita um pouco do que comeu na última refeição e mastiga novamente. Parte dos portadores cospe o conteúdo, enquanto outra parcela engole uma segunda vez. Esse processo se repete praticamente todos os dias e não está relacionado a nenhuma outra condição médica, como o refluxo gastroesofágico.

Se comparado com o vômito provocado na bulimia, o volume de alimentos que volta à boca é pequeno, o que permite disfarçar a ruminação por meio de tosses e outras táticas. Esse quadro foi descrito em bebês, crianças, adolescentes e até adultos de 20 a 30 anos.

Além da saúde mental, o transtorno traz outras consequências ao organismo: a ida constante de ácidos estomacais para o esôfago, a garganta e a cavidade bucal provoca úlceras, mau hálito e cáries. Muitos sofrem uma perda de peso rápida e desenvolvem outros incômodos, caso de náuseas, constipação ou diarreia.

Pica

Em latim, pica é o nome de um pássaro muito comum em parte da Europa. Esse bicho come praticamente qualquer coisa. Os sujeitos com essa síndrome apresentam um comportamento parecido: eles ingerem itens que não são considerados alimentos de verdade, como moedas, terra, argila, carvão, tecidos… Além disso, entram na descrição os casos de quem engole ingredientes sem nenhum preparo, como farinhas e batatas cruas.

É normal que crianças pequenas levem à boca muitos desses objetos, pois estão explorando o mundo à sua volta. A situação fica séria quando isso vira um hábito e perdura por três meses ou mais.

O transtorno, também conhecido pelo nome de alotriofagia ou alotriogeusia, se distingue de costumes locais: alguns povos originários da África e das Américas experimentavam terra e outros elementos estranhos ao paladar em rituais e cerimônias religiosas.

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Ortorexia

Pizza sexta à noite? Nem pensar! Uma sobremesa no almoço de domingo? Pecado mortal. A ortorexia, que ainda não é um transtorno alimentar reconhecido por toda a comunidade científica, vem da junção dos termos gregos “orexis” (apetite) e “orthos” (correto). O que pega aqui é a obsessão por alimentos saudáveis, puros e naturais.

O quadro, descrito há 22 anos pelo médico americano Steven Bratman, costuma aparecer em mulheres de classes sociais mais abastadas, bem como em pessoas com traços de perfeccionismo e que se cobram muito. A questão não está nas calorias de cada prato, mas, sim, na pureza dos produtos.

O quadro pode gerar grande sofrimento emocional, pois o indivíduo geralmente se recusa a comer algo que não foi preparado por ele mesmo, e também leva a um isolamento social, já que muitos evitam refeições ou confraternizações e festas.

Vigorexia

“Esse não é um transtorno alimentar clássico, mas, sim, uma dismorfia corporal que tem uma ligação com as fobias”, define o psiquiatra Adriano Segal, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.

A obsessão aqui está na ideia de um corpo perfeito, com músculos fortes e torneados. Diferentemente dos tipos sobre os quais já falamos, a vigorexia é mais comum em homens jovens que se submetem a uma rotina exaustiva e exagerada de exercícios físicos.

Em paralelo aos treinos na academia, muitos também criam neuras com a comida: só comem frango com batata-doce ou acham que suplementos proteicos são suficientes para se manterem de pé.

Há ainda um grupo que aposta pesado em anabolizantes e outras substâncias proibidas para alcançar o resultado — e eles nunca estão satisfeitos e querem sempre aumentar o tamanho do peitoral, dos braços e das pernas.

Diabulimia

Eis outra condição descrita nas últimas décadas que ainda não entrou oficialmente no grupo dos transtornos alimentares. A diabulimia é a junção de diabetes com bulimia.

Vamos voltar alguns passos para explicar direito essa história: diabéticos apresentam falhas na ação da insulina, um hormônio secretado pelo pâncreas. Por uma série de motivos, a substância não consegue mais fazer a glicose virar combustível para as células.

Resumo da ópera: sobra açúcar na circulação. Para equilibrar essa equação, alguns pacientes precisam aplicar todos os dias doses de insulina. “Mas quem tem a diabulimia deixa de tomar de propósito o medicamento com o objetivo de perder peso”, conceitua Christina de Almeida dos Santos.

Essa decisão, porém, é pra lá de arriscada: o desbalanço nas taxas de açúcar traz graves consequências, como hipoglicemias e comprometimentos nos rins, nos olhos, no coração…

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Drunkorexia

Esse transtorno, divulgado pela primeira vez num artigo em 2008, já foi declarado um problema de saúde pública na Austrália, especialmente em mulheres universitárias jovens. Em inglês, “drunk” significa bêbado. A drunkorexia seria, então, o hábito de substituir a comida por bebidas como uma maneira de inibir o apetite e, assim, emagrecer. O consumo de doses é alto: são cinco ou seis drinques em menos de duas horas.

O álcool ainda tem outro papel por aqui: ele aplaca a ansiedade e o nervosismo, deixando o sujeito inebriado e sem focar em suas preocupações. Quem é acometido por essa condição desenvolve outros comportamentos típicos da anorexia ou da bulimia, como a indução de vômitos e o uso compulsivo de medicamentos.

O abuso etílico leva à dependência química, à falta crônica de nutrientes importantes obtidos por meio da dieta convencional e provoca lesões em órgãos como o fígado.

Fatorexia

A empresária britânica Sara Bird, de 53 anos, ficou assustada quando foi a um consultório e o médico fez o diagnóstico de obesidade. Sem se pesar havia muitos anos, não tinha notado que ganhara 30 quilos.

“Quando me olhava no espelho, via uma pessoa confiante, magra, mas na verdade estava obesa”, contou, numa entrevista à BBC Brasil em 2010. Foi daí que ela cunhou o termo fatorexia — “fat”, em inglês, significa gordura.

Desde então, Sara publicou livros, fez palestras e iniciou um movimento nas redes sociais para que o distúrbio fosse reconhecido pelos manuais de psiquiatria. Em suma, esse transtorno seria o inverso da anorexia.

“O sujeito não se enxerga gordo, mesmo com todas as mudanças no tamanho de roupas e medidas corporais”, observa Fátima Vasconcellos. Para piorar, ele persiste em hábitos nocivos à saúde e não vê motivos para procurar apoio profissional.

Pregorexia

Não é isso que você está pensando: ninguém está comendo pregos por aí para ficar com a barriga chapada — assim esperamos, pelo menos. “O ‘preg’ no início da palavra vem de ‘pregnancy’, ou gravidez, no bom português”, ensina Christina.

O conceito é super-recente e abrange qualquer transtorno alimentar que ocorra ao longo dos nove meses de gestação. Pode ser anorexia, bulimia, compulsão alimentar, ortorexia… “Muitas das mulheres ficam extremamente preocupadas com a questão do peso e da alimentação durante esse período e acabam caindo em armadilhas, como dietas restritivas, indução de vômitos ou atividades esportivas intensas”, complementa a expert.

A prática, claro, traz muitas encrencas: aborto espontâneo e dificuldades no desenvolvimento do bebê são algumas delas. Para evitar qualquer risco, tenha sempre uma conversa franca e tire todas as suas dúvidas com o obstetra.

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Por que persistem mitos e fake news sobre os adoçantes?

A quantidade de notícias alarmantes que circulam, tanto na imprensa como nas redes sociais, a respeito de produtos alimentares que seriam nocivos ou perigosos à saúde humana é um fato extremamente preocupante.

É evidente que o tema da segurança alimentar é importante e merece pesquisa constante, mas o que mais observamos, infelizmente, são resultados de pesquisas mal interpretados sendo utilizados como fonte de informação e que podem levar ao descrédito produtos e ingredientes extensivamente estudados.

As razões dessa abordagem equivocada costumam estar ligadas à complexidade da linguagem técnica, o que gera má compreensão por quem lê; uso de dados e informações fora do contexto original; e leitura parcial das pesquisas com uma análise superficial que leva a conclusões precipitadas.

Tristemente, um grupo que tem sido vítima frequente desse descuido é o de pessoas com diabetes. Já não bastassem a complexidade e os cuidados requeridos para o obter o controle da glicemia, agora sofrem por dúvidas e medos desnecessários em relação a escolhas alimentares.

Quem tem pelo menos 40 anos de idade deve se lembrar como era receber o diagnóstico de diabetes há três décadas ou mais: equivalia à declaração de que sua vida seria completamente limitada, cara e difícil.

Nesses anos, a ciência, em especial a da nutrição, a farmacêutica e a medicina, avançaram muito e trouxeram importantes contribuições para a qualidade de vida, segurança e acessibilidade dos diabéticos a medicamentos e alimentos.

Os chamados adoçantes, tecnicamente conhecidos como edulcorantes, eram produtos mais caros, difíceis de serem encontrados e com opções limitadas. Hoje, temos uma série de versões com valores acessíveis, sabores para os diferentes paladares e encontrados em todos os mercados e drogarias. Além disso, vários adoçantes também são utilizados pela indústria no preparo de alimentos e bebidas.

Assim, os diabéticos deixam de consumir doces, refrigerantes, café adoçado e outros alimentos com açúcar em suas receitas originais somente se for da vontade deles, e não por uma imposição de saúde ou de orçamento.

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Poucos conhecem a rigidez e seriedade que existe na aprovação de ingredientes e aditivos alimentares no Brasil. O órgão que regulamenta o setor no país é a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o mesmo que aprova rigorosamente a entrada e a comercialização de medicamentos. Um órgão formado por técnicos competentes e que utiliza como base o Codex Alimentarius, um programa conjunto da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) cujo objetivo é estabelecer normas internacionais na área de alimentos, incluindo diretrizes, padrões de produtos e códigos de boas práticas.

Diante desse aparato rigoroso e das evidências científicas soa no mínimo inconsequente a divulgação de certas notícias sobre os perigos de se ingerir adoçantes. Em primeiro lugar, para serem avaliados e aprovados por entidades como a Anvisa, aditivos como os edulcorantes precisam passar por testes experimentais e análises toxicológicas que investigam se a nova substância afeta o metabolismo, está relacionada ao câncer ou tem outros eventos adversos.

Uma revisão de estudos recente, publicada no respeitado The British Medical Journal, não identificou nenhum efeito maléfico à saúde com o uso de adoçantes. Da mesma forma, em 2017, o Consenso Ibero-Americano sobre Adoçantes Sem ou de Baixas Calorias, que reuniu análises de pesquisadores de vários países, concluiu que os edulcorantes “são alguns dos constituintes alimentares mais extensivamente avaliados, e a sua segurança foi revista e confirmada por organismos reguladores internacionais, incluindo a OMS, a Food and Drug Administration (FDA) e a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA)”

Resumindo, em função dos estudos realizados até o momento, não há por que ter receio do uso de adoçantes na alimentação diária, seja por uma restrição de saúde ou não. No entanto, a ciência é dinâmica e reavaliações sobre essa ou qualquer classe de substâncias serão sempre necessárias.

É tarefa dos nutricionistas e de outros profissionais da saúde, bem como da imprensa responsável, difundir conhecimentos confiáveis à luz da ciência e evitar que informações falsas ou controversas se propaguem. O custo humano e social para notícias falsas e má interpretadas relacionadas à alimentação é incalculável.

A indústria de alimentos, e mesmo alguns profissionais, ligados ou não ao setor produtivo, vêm sendo vistos como vilões por alguns movimentos, mas é graças aos esforços de ambos que os mais variados tipos de alimentos, dos naturais aos industrializados, chegam às mesas dos consumidores de todas as classes sociais e regiões do Brasil.

Cabe a cada família, a cada pessoa, escolher o leque de opções que vai equilibrar sua dieta, utilizando, ou não, determinados alimentos. O que não pode faltar à mesa de ninguém é a informação confiável e de qualidade.

Kathia Schmider é nutricionista e coordenadora Técnica da ABIAD (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres)

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SUCOS ENERGÉTICOS

Nesse calor não tem nada mais gostoso do que tomar um suco geladinho, né? Melhor
ainda se ele for natural e com ingredientes que deixam a gente com mais energia pra
aguentar uma rotina cansativa. Os sucos energéticos são bons não só para você que
treina assiduamente, mas também pra quem quer ter disposição para estudar e ter
hábitos mais saudáveis.
Separamos três receitas rápidas e gostosas para você que quer experimentar essa
opção refrescante:
Laranja com linhaça
Ingredientes
 5 laranjas descascadas;
 3 colheres (sopa) de linhaça.
Modo de preparo:
Esprema as laranjas e adicione a linhaça. Caso ache que o suco ficou muito grosso,
acrescente um pouco de água.
Suco de abacaxi com couve
Ingredientes
 2 fatias de abacaxi picadas;
 2 folhas de couve picadas;
 1 pedaço pequeno de gengibre fatiado;
 1 colher (sopa) de semente de linhaça;
 200 ml de água de coco;
 Gelo e açúcar mascavo a gosto.
Modo de preparo:
Liquidifique os ingredientes e sirva ainda frio.

Suco de açaí com guaraná em pó
Ingredientes:
 200 g de polpa de açaí;
 1 colher (chá) de guaraná em pó;
 1 xícara de xarope de guaraná;
 2 colheres de amendoim ou castanhas;
 1 colher (sopa) de mel.

Modo de preparo:
Adicionar o açaí, o guaraná e o mel no liquidificador e bater. Depois, colocar o gelo e o
amendoim ou as castanhas e bater na função pulsar do aparelho. Caso o seu
liquidificador não tenha essa opção, bater em velocidade lenta. Sirva em seguida.

E aí, qual sua preferida? Você conhece alguma outra receita de suco energético? Conta
para a gente!
Fonte: Vix e Mundo Boa Forma

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Os benefícios do ora-pro-nóbis para a saúde

No princípio era o estado de Minas Gerais. Em tempos de colônia, o ora-pro-nóbis, planta de nome científico Pereskia aculeata, frequentava as mesas dessa região, especialmente das chamadas cidades históricas que foram povoadas no ciclo do ouro. Nos últimos anos, sua fama se esparramou, inclusive pelos benefícios para a saúde.

Vem do Sul uma revisão de estudos que confirma sua riqueza nutricional. “A espécie oferece minerais como manganês, magnésio, ferro, cálcio, além de vitamina C e fibras”, enumera a pesquisadora Larissa Wainstein Silva, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Santa Catarina. Um arranjo protetor da imunidade. Outros trabalhos revelam ainda uma grande quantidade de compostos fenólicos que resguardam as artérias.

Seu teor proteico, porém, sempre foi o mais alardeado. “Ele pode concentrar de 17 a 32% de proteína em matéria seca”, quantifica o engenheiro-agrônomo Nuno Rodrigo Madeira, da Embrapa Hortaliças, no Distrito Federal. Essa exorbitância inspirou a criação de um tipo de farinha que enriquece bolos, pães e massas, deixando as receitas com um tom esverdeado.

Desconfia-se também que tanta fartura esteja por trás de um de seus mais antigos apelidos: carne de pobre. Relatos dão conta de que, na falta de um filé no prato, o povo menos favorecido recorria ao alimento para suprir a necessidade do nutriente.

É certo que as folhas frescas não valem por um bife, mas são muito bem-vindas. “Trata-se de um ingrediente que promove a nossa biodiversidade e que pode colaborar para o combate à monotonia alimentar”, avalia o nutricionista José Divino Lopes Filho, da Universidade Federal de Minas Gerais.

Realmente é um sacrilégio priorizar hortaliças vindas de outros continentes diante de uma opção nativa, abundante, deliciosa e que carrega tanta história.

Para que serve o ora-pro-nóbis, das flores ao broto

Flores: elas também são comestíveis e colaboram na finalização de pratos. Além disso, atraem abelhas e se fazem essenciais para a produção de mel.

Fruta: a coloração alaranjada denuncia a presença de betacaroteno, substância aclamada pela ação antioxidante. É matéria-prima de geleias, sucos, licores, compotas…

Broto: cheio de fibras, o talinho, que muitos chamam de ponteira, é a parte jovem do ora-pro-nóbis e lembra o aspargo. Crocante, costuma ser degustado cru.

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De cerca viva a alimento

A Pereskia aculeata é considerada parte do time das plantas alimentícias não convencionais, as chamadas Pancs. A nutricionista Irany Arteche, de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, é uma das responsáveis por cunhar a sigla. “Mas, no caso do ora-pro-nóbis, o P pode ser sinônimo de Patrimônio”, brinca.

“Como ele não está inserido nas cadeias produtivas, é raro encontrá-lo em feiras e supermercados”, avisa Madeira, um dos grandes entusiastas da espécie. Embora haja um movimento pela sua valorização na cozinha, ele segue sendo bastante utilizado exclusivamente como cerca viva nos quintais Brasil afora.

Inclusive, antigamente, as igrejas mineiras contavam com essa proteção natural. Graças à altura de seus arbustos — que alcançam até 10 metros de altura — e a presença de espinhos, a planta ajudava a impedir a entrada de intrusos na hora da missa.

Essa relação eclesiástica explica a origem de seu nome. Ora-pro-nóbis significa “rogai por nós” e fazia parte de orações dirigidas a Nossa Senhora. Há relatos de que alguns fiéis costumavam devorar a “cerca” durante os intermináveis sermões proferidos em latim, tão recorrentes no passado.

A nutricionista Andrea Matias, professora da Universidade Mackenzie, em São Paulo, e integrante do projeto Biodiversidade para Alimentação e Nutrição (BFN), iniciativa que visa ampliar o consumo de alimentos brasileiros, conta que a espécie também é chamada de outras maneiras. “Muitos não conseguiam pronunciar o latim, assim surgiram derivações como lobrobó, orabrobó, entre outros”, conta.

Historiadores dizem que os padres não só foram os responsáveis por batizar a espécie como auxiliaram na sua disseminação para outros cantos por meio de viagens — eles inclusive teriam ensinado receitas com o alimento. Será obra de um sacerdote a tradicional mistura da planta com angu de fubá ou costelinha de porco? Vai saber…

Como plantar e cultivar ora-pro-nóbis

Onde achar: a muda não é comercializada em centros convencionais. A solução é procurar em viveiros e até em feiras de produtos orgânicos.

Dê apoio: escolha vasos grandes e apoie a espécie com estacas enfiadas na terra. Por ser uma trepadeira, ela necessita desse sustento.

Banho de sol: como é da família dos cactos, o ora-pro-nóbis precisa de luz solar. Em apartamentos, aconselha-se deixá-lo próximo a janelas.

Nada de encharcar: em ambiente externo, o ideal é plantar na primavera por causa das chuvas. Quanto à rega, não abuse — mas jamais deixe a terra seca.

Tempo de colher: em geral, a primeira colheita das folhas ocorre 120 dias depois do plantio. Daí é só fazer experimentações na cozinha.

A manutenção: para que não cresça demais, realize podas, em média, a cada dois meses. Use luvas ao manusear a planta, já que ela tem espinhos.

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Festival de sabores e receitas

Na cidade mineira de Sabará, há um festival dedicado especialmente à planta — ele ocorre há mais de duas décadas. Durante três dias, geralmente no mês de maio, milhares de pessoas se reúnem para ouvir música e, claro, comer muitas delícias feitas com a matéria-prima sacralizada. “Resgatar ingredientes e saberes antigos, que caíram em desuso, ajuda a ampliar a oferta desses alimentos no dia a dia”, defende Irany.

Sem contar que é um delicioso convite para testar e conhecer receitas. “O gosto neutro do ora-pro-nóbis confere versatilidade culinária e garante sua presença em pratos diversos”, comenta uma grande fã da espécie, a médica Marcela Voris, da Associação Brasileira de Nutrologia.

Desde saladas até refogados, passando por sopas, molhos, doces e farofas, o ora-pró-nobis percorre a cozinha de acordo com a criatividade do mestre-cuca — cabe ressaltar que combina com todos os tipos de ervas e temperos.

Das folhas suculentas destaca-se um tipo de mucilagem, substância que, além de dar aquela força ao funcionamento do intestino, atua na consistência das preparações culinárias. Por isso, anda despertando o interesse da indústria alimentícia. Trata-se de um dos agentes por trás da viscosidade que surge quando o vegetal vai ao fogo, engrossando cozidos e ensopados.

Eloi Moreira, chef de cozinha de Belo Horizonte, revela um truque aos que não gostam do líquido “quiabento”. “Para atenuar essa baba, basta acrescentar gotas de limão”, ensina.

Outra estratégia é manter a folha inteira, sem picar. E pode mandar para a panela sem medo de acabar com suas benesses. “A maioria dos nutrientes encontrados na espécie se mantém. Há poucas perdas”, garante Irany.

Só não pode cometer o pecado de esquecer o vegetal cozinhando. “A sugestão é incluir ao final do preparo dos pratos e deixar alguns minutinhos para garantir sua textura”, sugere Moreira.

Se você ainda não provou o ora-pro-nóbis, saiba que está perdendo uma experiência celestial.

Dicas de preparo nas receitas

Ao natural: as folhas suculentas podem entrar cruas em saladas. Misture com outras verduras nacionais, caso da major-gomes e da beldroega.

Cozida: compõe receitas de refogados, omeletes, caldos e acompanha costelinha de porco, frango caipira e outras carnes.

Farinha: leve as folhas ao forno e asse, em fogo baixo, por cerca de uma hora ou até secarem. Triture-as. Vai bem em bolos, pães, pizzas…

Molhos: o chef mineiro Eloi Moreira criou um molho pesto com ora-pro-nóbis e castanha-do-pará. A planta ainda dá um toque especial a vinagretes.

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Poderes fora da cozinha

Não bastasse sua tradição culinária, o ora-pro-nóbis sempre foi utilizado como um tipo de unguento para aliviar feridas e outras encrencas da pele.

A antiga aplicação medicinal deu as pistas para a pesquisa do farmacêutico Nícolas de Castro Campos Pinto, da Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais. “Identificamos substâncias de efeito anti-inflamatório nas folhas da espécie”, explica.

Além de impedirem a inflamação, os compostos químicos extraídos da planta são capazes de favorecer a cicatrização e a produção de colágeno. “Desenvolvemos um creme que está em fase de testes”, revela o pesquisador.

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