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Oleaginosas podem tornar nossa microbiota mais amiga do coração

Uma porção diária de nozes, castanhas e outras oleaginosas pode alterar as bactérias do intestino — ou a microbiota — em favor do coração. É o que indica uma pesquisa feita pela Penn State University, nos Estados Unidos, publicada recentemente no periódico Journal of Nutrition.

Sabe-se que a microbiota intestinal (conjunto de micro-organismos que habita o órgão) tem uma participação no desenvolvimento de problemas cardiovasculares como a hipertensão. Mas ainda falta entender direito quais são as bactérias mais influentes e as intervenções eficazes para preservar a saúde cardíaca.

É nesse contexto que o novo estudo se encaixa. Os pesquisadores recrutaram 42 pessoas com obesidade ou sobrepeso, e idades entre 30 e 45 anos. Antes do experimento começar de fato, todos os participantes seguiram o mesmo cardápio por duas semanas.

Após isso, eles foram divididos aleatoriamente em três esquemas de dieta. O primeiro substituía fontes de gordura saturada por oleaginosas (entre 57 e 99 gramas ao dia). Já os outros dois trocavam os alimentos com gordura saturada por óleos vegetais com diferentes composições de gorduras saudáveis.

O plano alimentar durou seis semanas. Antes, durante e depois dele, os pesquisadores colheram amostras de fezes dos voluntários e fizeram exames relacionados à saúde cardíaca: medição de colesterol, triglicérides, pressão arterial e outros.

Ao final da investigação, notou-se que a turma consumidora de oleaginosas cultivou uma microbiota mais benéfica. “A dieta à base de nozes aumentou, no intestino dos voluntários, o número de bactérias que já foram associadas com benefícios à saúde no passado”, comentou à imprensa Penny Kris-Etherton, nutricionista que assina o artigo.

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As bactérias que fazem bem ao coração

Especificamente, tipos específicos de bacilos passaram a povoar a microbiota após a dieta com nozes: Roseburia, Eubacterium eligens, Butyricicoccus, Leuconostocaceae e Lachnospiraceae. E esse fenômeno foi ligado a uma diminuição em marcadores de risco cardíaco, como pressão arterial e níveis de colesterol total e não-HDL.

Essas melhorias não foram observadas nos grupos que ingeriram os óleos vegetais. A hipótese dos cientistas é a de que as nozes inteiras forneçam, além das gorduras saudáveis, outras substâncias que alimentam as bactérias “do bem”, como fibras, vitaminas, minerais e outras.

Mais um ponto para o time formado por castanhas, noz, amêndoa, amendoim e pistache, que já bate um bolão quando o assunto é saúde. Para obter os benefícios, basta um punhado por dia.

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Quando seu alimento favorito vira uma cilada para a perda de peso

Sabe aquele dia puxado, que você chega em casa destruído e morrendo de fome? Assim que entra no lar, doce lar, já vem aquele pensamento: “vou me dar de presente um pote de sorvete [ou qualquer outra guloseima de sua preferência]”.

Essa tradicional permissividade dá mesmo um prazer imediato. Porém, com resultados indesejados a médio e longo prazo, principalmente se você quer emagrecer ou se manter magro.

Recentemente, um estudo demonstrou que esse consumo indulgente está associado à ingestão compulsiva de comida. Os autores inclusive detectaram o neurotransmissor envolvido no fenômeno e testaram esse modelo em ratos.

Resultado: os animais que tiveram esse mecanismo isolado biologicamente não repetiam esse consumo frequentemente. Traduzindo, quando consumimos alimentos prazerosos no intervalo de refeições principais (ou mesmo como uma refeição principal), “treinamos” nossa mente a buscar essas indulgências toda vez que estamos cansados, tristes ou com quaisquer outros sentimentos negativos.

Então, o que fazer? A primeira regra é não deixar de consumir os alimentos que você adora. No entanto, crie uma rotina onde eles não serão os responsáveis por matar sua fome ou suas insatisfações emocionais. Do contrário, você só vai parar de comer quando encher seu estômago com esses alimentos, em geral mais calóricos.

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Vou dar um exemplo prático. Imagine que um dos seus pratos prediletos seja um pudim. Ao invés de chegar em casa e se jogar no pudim, prepare antes uma refeição com calma. Inclua salada, pense na porção ideal de cada alimento etc. E, claro, programe para a sobremesa o seu tão desejado pudim.

Essa tática associa o prazer de ingerir o doce com a refeição como um todo, e não com o consumo celibatário do pudim no meio da tarde. Com isso, ficamos menos vulneráveis a nos presentearmos com um único alimento gostoso (e repletos de calorias). A recompensa vem da refeição inteira, que contém diferentes ingredientes e que muda de um dia para o outro.

Estabeleça o prazer com o ritual das refeições, as etapas do preparo, a apresentação dos pratos e com o consumo deles — e não apenas com o ato de comer e se saciar. Eu abordei em detalhes esse assunto no livro O Fim das Dietas (quero esse livro).

O ritual da alimentação foi posto de lado com nossas urgências diárias. Nós tratamos as refeições como se fôssemos carros parando rapidamente no posto para abastecer (e, por vezes, com a gasolina mais barata). Não deixe isso sabotar a busca por sua vida saudável.

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Receitas rápidas e gostosas de Ceviche!!!

Ceviche é um prato peruano, saboroso e rápido de fazer. Hoje
selecionamos três receitas incríveis a base de peixe:

Ceviche de Tilápia

Ingredientes:

– 500g de filé de tilápia;

– 5 limões (usei o taiti);

– 1 cebola roxa grande;

– 2 tomates;

– 1 pimenta dedo-de-moça;

– folhas de coentro (ou salsa);

– sal a gosto;

– azeite a gosto.

Preparo:

Faça pequenos cubinhos do filé

Fatie a cebola bem fina.

Descarte as sementes da pimenta, fatie bem fina.

Coloque o peixe, a cebola e a pimenta em um recipiente,
acrescente o sal e misture.

Acrescente o suco dos limões e leve para a geladeira por 1
hora.

Na hora de servir, acrescente o tomate cortado em cubinhos, o
coentro (ou salsa) e um fio de azeite.

Sirva com torrada, pão ou bolachas salgadas.

Referência: Sabor Sonoro

——————-

Ceviche de linguado com caju

1/4 de cebola roxa picada fina;

um pouco do coentro picado;

1 pimenta dedo-de-moça picadinha, sem sementes;

1 caju picadinho;

4 filés de peixe branco (aproximadamente 350g);

4 pedras de gelo;

suco de 1 a 2 limões;

sal e pimenta do reino a gosto.

Mantenha o peixe na geladeira enquanto estiver trabalhando
com os outros ingredientes do ceviche. Você verá a seguir que o peixe é o
último a ser picado.

Comece picando os ingredientes da lista acima, da cebola até
o caju. À medida que for picando, vá colocando em uma tigela redonda. Tente
aproveitar ao máximo o suco que solta do caju enquanto ele é picado. Esse suco
combinado com o limão deixa o ceviche mais doce e menos ácido, uma delícia!

Corte o peixe em cubinhos, e à medida que corta, coloque-o na
tigela com os outros ingredientes. Depois que você acrescentar a primeira
“leva” de peixe na tigela, adicione também as pedras de gelo. Elas servem para
manter o peixe gelado e, depois de derretidas, vão ajudar a suavizar o sabor do
limão.

Acrescente o suco de limão aos poucos e vá provando. Tempere
com sal e pimenta do reino e prove novamente.

Referência – Cozinha Vibrante

——————————-

CEVICHE DE SALMÃO

500 gramas de salmão. Também dá para usar camarões ou
misturar peixe e camarão. Quanto mais fresco, melhor!

1 cebola roxa grande;

1 pimenta dedo de moça;

Meio pimentão amarelo ou vermelho;

2 limões sicilianos (ou Tahiti, se preferir);

Shoyu light (eu não tinha, mas prefira, porque a versão light
não tem açúcar);

Cebolinha verde;

Sal.

Modo de Preparo:

Corte o peixe em cubos de aproximadamente 2 cm, coloque em um
refratário médio.

 Corte a cebola roxa em
meias rodelas, quanto mais fininho, mais gostoso.

Pique a pimenta em pedacinhos muito pequenos, quanto mais
tirar a parte branca, mais suave vai ficar.

Pique o pimentão em cubinhos pequenos.

 Pique a cebolinha
verde em pedacinhos. Se quiser usar salsinha também é uma boa ideia.

No refratário, misture todos os ingredientes picados.

 Esprema o suco dos
limões usando a mão ou um espremedor para separar as sementes.

 Adicione o shoyu.
Coloquei a gosto, o que deu em torno de 5 colheres de sopa.

 Prove o molho e acerte
o sal.

Cubra com plástico filme e leve a geladeira para marinar por
1 hora.

Referência: Vida Low Carb

E aí, qual receita você curtiu mais? Você tem alguma outra
sugestão de ceviche? Conta pra gente!

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Os sete alimentos que turbinam o cérebro

Felizmente, os cientistas têm obtido cada vez mais evidências de que o estilo de vida exerce um papel importantíssimo na melhora das funções cerebrais e na prevenção das doenças neurodegenerativas, caso do Alzheimer. A alimentação é um capítulo à parte nessa linha de defesa.

Uma dieta equilibrada é extremamente bem-vinda ao cérebro, mas, para facilitar nossa missão de fazer boas escolhas no mercado e à mesa, listamos aqui sete alimentos que, integrados a uma rotina saudável, nutrem os neurônios e ajudam a preservar a memória e outras capacidades cognitivas.

1) Frutas vermelhas

Esses frutinhos deliciosos são ricos em compostos de ação antioxidante e anti-inflamatória e, assim, protegem nosso cérebro contra danos do envelhecimento. Para tanto, devem ser consumidos regularmente. Fazem parte do time morango, amora, uva, framboesa, mirtilo…

As provas de seus benefícios foram esmiuçadas em uma revisão de estudos feita por pesquisadores americanos que engloba tanto experimentos em ratinhos como trabalhos com seres humanos.

Em roedores idosos, observou-se, por exemplo, que o consumo prolongado de frutas vermelhas reduz o estresse oxidativo e a inflamação no cérebro, o que defende os neurônios diante das placas beta-amiloide — que se acumulam no cérebro de quem tem Alzheimer, destruindo as conexões entre as células e elas próprias. Na experiência, as cobaias que ingeriram frutas vermelhas também se saíram melhor em testes de memória espacial e de reconhecimento de novos objetos.

Em dois estudos com gente como a gente, homens e mulheres mais velhos, que já apresentavam problemas iniciais de memória, receberam doses diárias de suco de uva tinto ou suco de mirtilo ao longo de 12 semanas. Resultado: ganhos nos testes de memória verbal e espacial, na comparação com quem ingeriu bebidas sem os frutos de verdade.

O ideal é fazer as frutas vermelhas marcarem ponto na alimentação toda semana. Se estiverem caras ou fora da estação, vale apostar nas versões congeladas, que também oferecem esses efeitos positivos.

2) Amendoim

Se você não for alérgico a esse alimento, dá para consumi-lo com frequência (só evitando, claro, porções exageradas). Ele é rico em gorduras boas, vitaminas e minerais caros ao cérebro. Além disso, sua casquinha contém resveratrol, a mesma substância protetora encontrada no vinho e no suco de uva. A vantagem do amendoim é que ele representa uma alternativa mais acessível.

Um trabalho de revisão recente aponta que o resveratrol é particularmente benquisto pelo cérebro. Ele está associado à proteção contra Alzheimer, Parkinson e até tumores cerebrais.

Lembre-se apenas de priorizar sempre a versão mais natural, sem sal e aditivos. É essa que traz o combo mais proveitoso à cabeça.

3) Folhas escuras

Couve e outras verduras de folhas escuras devem fazer parte da rotina alimentar. Isso porque nos ajudam a manter adequados os níveis de vitamina K. Pesquisas sugerem que essa vitamina também tem afinidade especial pela defesa do cérebro. Uma revisão de literatura científica publicada no periódico Frontiers in Neurology elenca pelo menos seis estudos diferentes que chegaram à mesma confusão: um elo entre a deficiência do nutriente e a redução da capacidade cognitiva em pessoas acima dos 65 anos.

Um trabalho conduzido no Canadá demonstrou que idosos com bons níveis de vitamina K no sangue apresentavam melhor performance em testes de memória verbal. Portanto, a memória agradece se você incluir no prato couve, espinafre, almeirão e companhia.

Mas é preciso conversar com o médico antes se você tiver algum problema de coagulação e tomar certos medicamentos que atuam nesse processo. Como a vitamina K afeta a coagulação sanguínea, alguns ajustes no consumo deverão ser feitos e orientados caso a caso.

4) Açafrão (ou cúrcuma)

Um dos componentes dessa especiaria é a curcumina, um polifenol com comprovados efeitos antioxidante e anti-inflamatório. Com menos radicais livres e inflamação na área, o cérebro fica menos sujeito a processos degenerativos mais comuns com a idade.

Um estudo divulgado na revista científica Nutritional Neuroscience indica que o consumo frequente de polifenóis pode inclusive induzir o desenvolvimento de novos neurônios, além de ajudar a combater a depressão. O efeito se estende até ao estresse crônico e suas repercussões cerebrais. Em experimento com ratos, o uso da curcumina reverteu problemas associados ao estresse nos neurônios.

Em humanos, também já foi demonstrado que o consumo regular de curry, tempero indiano que contém cúrcuma, está relacionado a uma melhor atividade cognitiva.

Nesse momento, novos estudos clínicos são realizados para nos dar um entendimento mais amplo da atuação dessa especiaria no cérebro e de como devemos utilizá-la para potencializar seus benefícios. Só cabe uma conversa com o médico antes de adotar a cúrcuma de vez na rotina. Isso porque ela pode interagir com alguns medicamentos.

Embora já existam suplementos à base desse ingrediente, o mais recomendado por ora é investir no tempero mesmo. Compre uma marca confiável e adicione a suas receitas.

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5) Iogurte e kefir

Falamos agora dos alimentos fermentados, aqueles que ofertam bactérias bem-vindas ao nosso organismo. Crescem as evidências de que não só resguardam o intestino, mas também surtem resultados positivos no cérebro.

Pesquisadores europeus descobriram, por exemplo, que o consumo regular de bebidas fermentadas melhora a qualidade do sono e do humor em adultos saudáveis, o que, direta ou indiretamente, repercute na memória e em outras habilidades cognitivas.

Outro estudo, esse publicado no Journal of Functional Foods, constatou que a ingestão de uma bebida fermentada aperfeiçoou a performance cognitiva de idosos saudáveis, comparados com aqueles que não consumiram o produto.

Devido às cada vez mais exploradas conexões entre saúde intestinal e cerebral, podemos dizer que vale a pena incluir iogurte, kefir e/ou leites fermentados na rotina.

6) Nozes

Sabemos que o grupo das oleaginosas (ou nuts) zela pelo bem-estar do cérebro, mas, em meio a esse time, as nozes merecem destaque. São ricas em ômega-3, uma gordura especialmente proveitosa para os neurônios, e substâncias de ação antioxidante e anti-inflamatória.

Segundo uma revisão publicada no The Journal of Nutrition, o consumo de nozes favorece a formação de novos neurônios e ainda contribui para a comunicação entre os já existentes. Além disso, otimiza a eliminação de toxinas que podem perambular pelo cérebro. A ingestão diária de uma porção parece turbinar particularmente a memória verbal.

Além disso, a inclusão das nozes dentro de um cardápio de estilo mediterrâneo (isto é, com frutas, verduras, legumes, azeite, peixes, vinho etc) está associada a uma redução em 46% no risco de sofrer um AVC. Não é tarefa de outro mundo investir em um punhado no dia a dia, né?

7) Peixes

Não é de hoje que se reconhece que o consumo de pescados é uma maravilha para o cérebro. Além da proteção contra doenças neurodegenerativas, surgem cada vez mais provas de que peixes ricos em ômega-3 ajudam a prevenir e reduzir significativamente sintomas de depressão — de modo mais rápido do que se imaginava.

Um estudo divulgado no periódico Psychiatry Research demonstrou que a suplementação com ômega-3 por 21 dias já foi suficiente para abrandar ou reverter alguns casos de depressão. Surpreendentemente, 67% dos pacientes que tomaram ômega-3 na pesquisa não apresentavam mais sinais de depressão no final do experimento.

Vale ressaltar que não se propõe substituir remédios prescritos pelo ômega-3, ok? Existem situações que não podem ser controladas com suplementos ou mesmo alimentos. Assim, tudo deve ser conversado com o psiquiatra, que receitará as condutas de acordo com a situação.

O que nos interessa aqui é que nem sempre se precisa recorrer às cápsulas para ampliar a cota de ômega-3 no organismo e beneficiar o cérebro. O consumo de qualquer peixe pelo menos uma vez por semana é o suficiente para ampliar o volume de massa cinzenta, segundo estudiosos americanos e europeus. E, se o peixe for rico em ômega-3, seu consumo pode resultar em ganhos na memória que usamos para o trabalho, por exemplo.

Entre os peixes campeões em ômega-3, podemos citar o salmão, a sardinha, o atum…

Recado final

Os alimentos que elencamos ajudam a compor qualquer dieta saudável. Mas eles não funcionam como remédio. Por isso, e especialmente se você já tem algum problema neurológico ou psiquiátrico, sempre alinhe as recomendações com as orientações do seu médico. E nunca pare o tratamento prescrito.

* Tailise Souza é PhD em biologia molecular pela Universidade de Warwick, no Reino Unido, e pesquisadora na área de envelhecimento

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Alimentos fontes de melatonina podem favorecer o sono

Milhões de brasileiros não sabem o que é dormir com facilidade ou manter uma boa noite de sono. Eles convivem com a insônia, quadro capaz de trazer repercussões mais graves do que um baita cansaço no dia seguinte. Para ter ideia, não descansar adequadamente atrapalha o metabolismo e aumenta o risco de hipertensão e doenças cardiovasculares e neurocognitivas, entre outros problemas.

Na busca por soluções, um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revisou vários estudos feitos até então sobre o efeito de alimentos ricos em melatonina na qualidade do sono. E o resultado foi animador.

Mas o que é a melatonina?

Chamada de hormônio do sono, essa substância é fabricada à noite pela glândula pineal, localizada no cérebro. “Durante o dia ela permanece inativa e, quando o sol se põe e escurece, a pineal é ativada e começa a produzir melatonina ativamente”, explica a nutricionista Maria Fernanda Naufel, pesquisadora da Unifesp e uma das autoras do estudo. Com a liberação do hormônio no sangue, o indivíduo começa a ficar menos alerta. “E o sono se torna convidativo”, completa a expert.

Ocorre que a melatonina também pode ser encontrada em muitos alimentos. Maria Fernanda cita ovos, peixes, carne e leite (incluindo o materno). E olha que curioso: de acordo com a nutricionista, estudos recentes apontam que há maiores concentrações no leite ordenhado durante o período noturno.

A substância ainda marca presença em alimentos de origem vegetal, a exemplo de frutas, sementes, cereais, óleo, vinho e cerveja. No reino das frutas, Maria Fernanda conta que uva, cereja, morango e kiwi são destaques. Itens como pimenta, tomate, cogumelos, trigo, aveia e cevada também merecem menção honrosa.

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Por que leite e cereja destacaram no estudo

Embora a lista de alimentos ricos em melatonina seja extensa, a revisão conduzida por Maria Fernanda e seus colegas só considerou estudos que apresentavam uma metodologia mais elaborada — até para chegar ao resultado mais fidedigno possível. “Por esse motivo, de um total de 190 pesquisas encontradas sobre o assunto, somente oito estavam dentro dos critérios pré-estabelecidos”, esclarece.

Coincidentemente, dos oitos artigos, quatro abordavam a influência do leite (tradicional, ordenhado à noite ou fermentado) e da cereja (na forma de suco ou concentrada) na qualidade do sono. “Daí porque só esses dois são citados nos resultados e na discussão”, justifica.

Em resumo, ambos os alimentos foram considerados parceiros de uma noite revigoradora entre os lençóis. “Eles podem aumentar a concentração de melatonina no organismo, melhorando a qualidade do sono”, aponta Maria Fernanda. Só que ainda não foi possível estabelecer a dosagem nem a duração do tratamento.

E os outros alimentos?

Apesar de o trabalho focar no leite e na cereja, a pesquisadora da Unifesp acredita que o resultado seja válido para os demais ingredientes que concentram melatonina.

Segundo ela, se a intenção é consumi-los apenas uma vez ao dia, parece que o momento mais interessante é aquele perto do horário de dormir. “Contudo, mais estudos são necessários para chegar a um acordo sobre dose, duração da intervenção e horário apropriado para o consumo”, reforça.

Ainda assim, as conclusões empolgam. “Nos dias de hoje, a utilização de medicamentos para dormir é comum. Só que eles apresentam efeitos colaterais importantes”, relata Maria Fernanda. Se a dieta contribuísse para uma redução no uso desses fármacos, já valeria muito a pena.

Para além da melatonina

Não basta buscar ingredientes ricos na substância amiga do travesseiro. Para ter uma noite realmente reparadora, a dieta como um todo deve passar por uma revisão. “A alimentação saudável é um dos pilares para a melhora do sono”, crava Maria Fernanda. De olho nisso, é preciso abrir espaço, por exemplo, para mais frutas, verduras e legumes.

Por outro lado, abusar de produtos ultraprocessados — em geral abastecidos de açúcar, sal e gorduras saturada e trans — é um convite a noites em claro. Até porque eles elevam o risco de obesidade. “E inúmeros estudos associam esse quadro a um aumento expressivo na incidência de apneia obstrutiva do sono, por exemplo”, descreve a nutricionista.

Para ter ideia, em trabalho anterior, a pesquisadora e sua equipe descobriram que valores elevados de IMC (índice de massa corporal) e obesidade abdominal aumentavam o risco de apneia em 60%, além de reduzirem significativamente o sono profundo e a sua eficiência. Por isso, é crucial manter um cardápio equilibrado e evitar o ganho de peso excessivo.

Dentro desse menu, vale incluir alimentos ricos em lactucina, passiflora, triptofano e serotonina, outros elementos considerados relaxantes e indutores do sono. Maria Fernanda conta que vale apostar em banana, frutas vermelhas, kiwi, maracujá, alface, sementes (como a da abóbora), oleaginosas e por aí vai.

“O acompanhamento nutricional e a adequação e individualização da dieta são importantes para que o tratamento de distúrbios do sono seja mais efetivo e duradouro”, finaliza a especialista.

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Protocolo que limpa fígado e vesícula com certos alimentos evita doenças?

Chegou no e-mail da SAÚDE a seguinte mensagem de uma leitora sobre uma espécie de dieta detox conhecida como Protocolo de Limpeza do Fígado e da Vesícula:

“Tenho acompanhado amigas fazendo um protocolo de limpeza do fígado e vesícula com uso de vinagre de maçã, dieta, sal amargo (sulfato de magnésio) e azeite de oliva. Existem vários blogs que divulgam esse protocolo e grupos de WhatsApp se formam pra realizarem o mesmo. Mas não encontrei nenhum artigo científico que confirme os benefícios. Seria possível fazerem uma matéria sobre isso?”

É para já! Bem famoso na internet, o método vem de um livro de 2003 publicado pelo terapeuta alemão Andreas Moritz. Segundo ele, muitos de nossos males — de depressão a dores no corpo — decorrem de cálculos biliares que não notamos, mas precisam ser eliminados.

Essas pedrinhas localizadas na vesícula e no fígado seriam eliminadas aos montes após uma semana seguindo uma série de regras complicadas. Tudo começa com seis dias tomando um litro de suco de maçã pela manhã e restringindo laticínios, gorduras e outros alimentos, com períodos extensos de jejum.

No sétimo dia, ocorreria a “real” limpeza do fígado, depois de beber várias vezes uma mistura de fruta cítrica e azeite e outra de água com sulfato de magnésio — também chamado pelos adeptos de sal amargo. O resultado aparece no vaso sanitário, em dezenas de bolinhas: seriam os tais cálculos.
Lamentamos informar às amigas da nossa leitora, mas trata-se de uma baita fake news, que já foi desmentida pela ciência. As pedras são, na verdade, uma espécie de cocô estranho, resultado de uma dieta nada convencional.

“Um estudo comprovou que elas são o resíduo da mistura de maçã, azeite e frutas cítricas utilizadas no protocolo”, comenta Fernanda Maluhy, nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

O levantamento que desmente essa história foi publicado em 2005 no respeitadíssimo periódico científico The Lancet, depois que uma adepta do método congelou seus ‘cálculos’ e os levou para os médicos avaliarem.

Os defensores desse método afirmam que essas pedrinhas seriam os cálculos biliares que sairiam pelas fezes após a dieta. Mas, na verdade, são o resíduo da mistura de maçã, azeite e frutas cítricas.Foto: Divulgação/SAÚDE é Vital

O que são cálculos biliares e o que realmente causam

Eles são relativamente comuns. Algumas pessoas têm a composição da bile (líquido fabricado pelo fígado para auxiliar na digestão de gorduras) mais propensa a acumular cristais de colesterol.

Ao longo de anos, essa formação pode crescer e se transformar em uma pedrinha, que geralmente se deposita na vesícula, órgão que armazena parte da bile enquanto ela não é utilizada.

“Quando comemos, a vesícula se contrai e manda a bile guardada para o intestino. Se a pessoa tiver um cálculo maior, ele pode ficar preso na passagem entre a vesícula e o intestino, que é estreita”, explica o gastroenterologista Luis Edmundo Pinto da Fonseca, também do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. É daí que vem uma dor intensa, acompanhada de inflamação local.

Alguns cálculos menores conseguem ainda sair da vesícula, porém entalam em outro canal mais apertadinho. É a papila duodenal, espécie de “porta” do intestino delgado, onde também desemboca o pâncreas.

“Esse é uma situação mais grave. O indivíduo pode ter pancreatite ou uma obstrução total do fluxo da bile, o que leva a infecções”, comenta Fonseca. Até por isso, os médicos contraindicam qualquer tratamento que diminua ou dissolva os cálculos para que sejam eliminados por conta própria.

Ou seja, quem segue um protocolo como o que mencionamos antes na verdade coloca a saúde em risco. É que, de fato, certas substâncias desses alimentos aumentam o fluxo da bile, o que facilitaria o deslocamento ou mesmo dissolveria cálculos até então desconhecidos ou inofensivos.

O autor do método até cita o risco de pancreatite, mas diz que ela resulta de erros cometidos ao cumprir a extensa lista de etapas do plano.

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Dieta detox não funciona

Há outras controvérsias nessa história, como a promessa de limpar o fígado. Tudo o que promete desintoxicar o organismo é visto com ceticismo pelos médicos, porque não há estudos que comprovem o poder do “detox”. Pelo contrário, como você pode ver em uma reportagem nossa clicando aqui.

“O que realmente ajuda é manter uma alimentação equilibrada, não beber em excesso, manter-se hidratado etc. Ou seja, adotar um estilo de vida balanceado”, esclarece Fernanda.

Mas e o bem-estar de quem faz o protocolo de limpeza, de onde vem? Talvez de uma dieta mais rica em vegetais e menos pesada. E, claro, do próprio efeito placebo.

O criador do plano

Andreas Moritz é um alemão defensor de medicina ayurveda, shiatsu e outras terapias alternativas. Não há muitas informações oficiais sobre ele, que morreu de causas desconhecidas aos 58 anos de idade. Sua bibliografia, contudo, é cheia polêmicas.

Segundo Moritz, o câncer não é uma doença, mas um mecanismo de defesa do próprio corpo, e o que mata o paciente é o tratamento (os estudos mostram justamente o contrário). Em outras obras, ele afirmou que a aids é um mito, que as vacinas são uma estratégia de envenenamento em massa e que é possível curar doenças apenas com a luz do sol. Melhor não seguir os passos de uma pessoa com essas crenças.

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Café gelado é uma opção saudável para se refrescar no verão?

Servido tradicionalmente quente, o café não é visto como uma bebida para refrescar o verão. Mas será que a tendência de incluir o grão na receita de bebidas geladas — como frappuccino e cold brew — vai mudar essa história?

Do ponto de vista de marketing, pode ser. Mas a nutricionista Adriana Farah Pereira, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destaca que, para esse fim, a opção não é tão boa quanto água e suco.

“A cafeína tende a estimular a geração de calor no corpo e acelerar o metabolismo”, explica a nutricionista. Como alternativa, ela indica optar pela versão descafeinada. “Pingar umas gotinhas de limão também aumenta a sensação de frescor”, acrescenta.

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Café gelado é mais saudável?

Segundo a professora, não há diferença entre os benefícios das versões quente e fria. Estudos indicam que a bebida protegeria o fígado e o cérebro e reduziria a incidência de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. É só beber com moderação — cerca de três xícaras por dia.

“Como resultado dessas vantagens, o café está associado a uma vida mais longa”, informa Adriana.

Porém, é bom lembrar que algumas receitas, como frapês e cold brew, às vezes são servidas com acompanhamentos engordativos, que minimizam esses efeitos — chantilly, chocolate, açúcar.

“O consumo de laticínios com o café também pode diminuir a absorção dos seus principais antioxidantes”, avisa a profissional. Isso porque essas substâncias (que afastam problemas cardíacos e câncer, entre outras coisas) se ligam às proteínas do leite. Aí, alguns indivíduos não conseguem aproveitá-las durante a digestão.

Para afugentar o calor, a melhor pedida é continuar recorrendo a sucos, água de coco, frutas e a boa e velha água. Mas nada impede que você se delicie com um café gelado. Basta usar os acompanhamentos com parcimônia e aproveitar todas as suas vantagens.

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Os benefícios e formas de preparo do grão-de-bico

Lá se vão milhares de anos de parceria entre o grão-de-bico e o ser humano. Ele alimentou povos antigos na área conhecida como Crescente Fértil, que compreende Irã, Síria, Líbano, Turquia, Jordânia, Israel, entre outros. Daí que muitas das receitas tradicionais trazem o tempero daquela região. Viajou para a Índia e também conquistou a Europa, em especial os países banhados pelo Mar Mediterrâneo.

Pelas mãos dos espanhóis, finalmente aportou na América. Por aqui, passou muito tempo à sombra do primo queridinho dos brasileiros, o feijão. Ultimamente, porém, anda roubando a cena. “Podemos dizer que o consumo de grão-de-bico quase dobrou no último ano”, afirma o engenheiro-agrônomo Warley Nascimento, chefe-geral da Embrapa Hortaliças, no Distrito Federal.

A espécie se adaptou bem ao nosso clima. “Requer pouco uso de defensivos agrícolas e não exige tanta água”, comenta o pesquisador.

Em termos nutricionais, algumas características sobressaem. Assim como outros integrantes da família das leguminosas (lentilha, ervilha, feijões e soja), o grão-de-bico é um grande fornecedor de proteína. Não à toa, quem abandona o bife costuma virar fã dele — falamos de pelo menos 30 milhões de vegetarianos no Brasil, número que só tende a crescer.

O alimento é conhecido como “grão da felicidade” justamente pela presença abundante de um pedacinho de proteína, o triptofano. “Esse aminoácido é importante para a produção da serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar“, explica a nutricionista Lara Natacci, da Dietnet, na capital paulista, que estuda a ação de nutrientes em prol da saúde mental.

A leguminosa ainda guarda porções de antioxidantes, substâncias que neutralizam a ação dos temidos radicais livres. Com isso, zela pela integridade e pelo funcionamento do cérebro. Carboidratos, vitaminas, fibras e minerais também são parte de uma combinação que é pura alegria — e gostosa pra valer.

De sabor suave e consistência macia após o cozimento, sua versatilidade tende a agradar todo mundo. Já fazia sucesso no Império Romano, em um prato conhecido como pulmentum, precursor da polenta.

Aliás, vêm desses tempos longínquos os rumores de que a leguminosa teria poder afrodisíaco. Diz a lenda que os antigos a utilizavam para alimentar seus melhores cavalos para dar aquela força à reprodução. Não se tem comprovação científica sobre tais efeitos, mas talvez o triptofano ajude a explicar a fama.

Documentos revelam ainda que ela integrava a lista de suprimentos encontrados nas tumbas dos faraós, até mesmo do célebre Tutancâmon. Alguns historiadores chegam até a creditar aos egípcios a primeira versão de homus, que então era chamada de pasta de her-bik, ou pasta de bico de falcão, numa alusão ao formato do grãozinho. A iguaria, que também leva gergelim, se popularizou nas cozinhas libanesas, sírias e judaicas e há disputas para definir quem detém a melhor receita.

Atualmente, quem diria, há empresas nos Estados Unidos que produzem o homus doce. É uma alternativa à geleia ou ao chocolate para cobrir sobremesas. Resta saber se as vovós árabes aprovam…

Um minicurrículo do grão-de-bico

Origem: o berço do grão-de-bico é a região da Turquia. Achados arqueológicos revelam que sua domesticação data de 6500 a.C.

Família: ele é do clã das leguminosas, espécies que se desenvolvem em vagens. Lentilha, ervilha, feijão, soja e amendoim são seus parentes.

Tipos: o grão de coloração creme e que faz sucesso por aqui é chamado kabuli. Na Ásia, reina o tipo desi, que é pequenino e escuro.

Produção: a Índia ocupa o primeiro posto no ranking mundial. Na América, o México e a Argentina estão entre os maiores produtores.

Consumo: outra vez, os indianos lideram. Trata-se da principal fonte proteica no país. A demanda é alta porque 60% da população é vegetariana.

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As diferentes formas de aproveitar o grão-de-bico

Com a popularização das dietas com exclusão ou redução de alimentos de origem animal, as plant-based diets, o grão-de-bico aparece em preparos exóticos aos olhos mais tradicionais. Serve como matéria-prima de hambúrgueres, bolos, massas, pizzas, sobremesas e snacks.

Nós, inclusive, já ensinamos algumas receitas que levam a leguminosa. Se quiser aprender a fazer um hambúrguer caseiro, clique aqui. Agora, se está procurando um prato doce, veja uma versão diferente de brownie.

Ainda que a tecnologia da indústria esteja aí para extrair o melhor do grão, itens duvidosos também podem surgir nas gôndolas. “É fundamental ficar de olho na composição e priorizar os produtos com poucos ingredientes na composição”, ensina a nutricionista Gabriela Parise, da clínica NutriOffice, em São Paulo, e membro da Sociedade Vegetariana Brasileira.

Fuja de opções com gordura hidrogenada e cheque teores de gordura saturada, sódio e açúcar.

Farinha: matéria-prima de pães, pizzas e bolos, enche as receitas de proteínas. “As versões integrais também fornecem fibras“, destaca Lara.

Snacks: em forma de chips ou como grãozinhos torrados, são boas pedidas para os lanches. Mas, outra vez, vale atenção à quantidade de sódio.

Conservas: são perfeitas para compor saladas e vinagretes. Entretanto, há marcas que exageram no teor de sal. Compare os rótulos.

Ao natural: o grão seco é o formato mais tradicional encontrado no mercado. “A maior vantagem é preservar os nutrientes”, opina Lara Natacci.

Cozido e fechado a vácuo: aqui, a praticidade é o destaque. “Excelente alternativa para preparar cozidos e substituir o feijão”, indica a nutricionista.

Rodízio de leguminosas

Para quem conta com brechas na correria do cotidiano, a sugestão é se render às artes culinárias. “Vale se aventurar e descobrir diferentes modos de preparo”, sugere a médica Marcella Garcez Duarte, da Associação Brasileira de Nutrologia.

Que fique claro: grão-de-bico é opção bem-vinda a todos os cardápios, e não apenas à turma que cortou a carne. Nem é para substituir o nosso arroz com feijão de cada dia por ele, mas desvendar outras possibilidades.

A ciência não cansa de elencar motivos para fazermos um rodízio de leguminosas. Um estudo publicado no periódico científico American Journal of Clinical Nutrition comprova as habilidades dessa turma na manutenção do peso. Lara Nataccci enumera um dos mecanismos por trás desse feito: “As proteínas estimulam a secreção de hormônios responsáveis pela saciedade”, explica.

Além disso, grão-de-bico e afins apresentam baixo índice glicêmico, o que colabora para o controle das taxas de glicose e uma menor liberação de insulina. Não à toa, a ingestão desses alimentos também é associada por pesquisas à diminuição do risco de diabetes tipo 2.

Para completar, destaca-se a presença das fibras, que prolongam a mastigação e atrasam o esvaziamento gástrico, brecando aquela fome que retorna a toda hora. Grande parte do conteúdo fibroso se concentra na casquinha que recobre o grão.

Mas tem gente que a dispensa, com receio de estufamento e gases. “Embora a técnica de deixar de molho ajude a atenuar esses sintomas, há indivíduos mais sensíveis às fibras, o que requer investigação”, avisa a nutróloga.

“A sugestão é variar o modo de preparo de acordo com as preferências e a cultura de cada um”, ressalta Gabriela. Ora com casca, ora sem, em saladas, no puchero espanhol, nos cozidos portugueses, nas pastas árabes ou mesmo em sobremesas e hambúrgueres veganos… Com o grão-de-bico entre os ingredientes, vão sobrar bom humor e motivação na cozinha.

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Receita de aquafaba, o caldo do grão-de-bico

Ingredientes: bastam grão-de-bico e água. Nada de sal. O ideal é começar do zero, com o grão seco. Mas há quem use a versão em conserva.

Medida certa: na hora de ir à panela, para cada xícara (chá) do grão, inclua três de água. Se secar, adicione um tantinho mais do líquido.

Tempo no fogo: são, em média, 20 minutos na pressão. Mas, para quem optar por panela comum, o período dobra. Uma sugestão é usar fogo baixo.

Deixe esfriar: o passo seguinte é o resfriamento. Depois de coar os grãos, o líquido deve descansar na geladeira por oito horas.

Use e abuse: em geral, três colheres (sopa) de aquafaba substituem um ovo nas receitas. Ela vai bem em mousses, maioneses, merengues e afins.

Dicas para saborear o grão-de-bico e potencializar seus benefícios

Tempo de molho: a sugestão é deixar pelo menos oito horas e trocar a água. Além de o tempo de cozimento cair, essa estratégia colabora com a digestão.

Não cozinhe demais: evite deixar o alimento muito tempo no fogo. Tomando esse cuidado, ele não perde a deliciosa consistência.

Aproveite o líquido: o caldo que sobra do cozimento é abastecido de vitaminas do complexo B e outras preciosidades. Não jogue fora.

Capriche na combinação: para ter acesso a uma proteína completa, associe o grão-de-bico a cereais, ou seja, aveia, arroz, milho, entre outros parceiros.

Que tal congelar: você pode prepará-lo em um dia mais tranquilo, levar ao freezer e descongelar quando quiser consumir.

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A nova cara da carne

Reduzir a carne vermelha no dia a dia passou a fazer parte de uma agenda necessária no mundo inteiro. Recentemente, a importância da medida foi reconhecida no relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas. Para resumir em poucas linhas, há dados indicando que a atividade pecuária gera mais gases do efeito estufa do que todos os meios de transporte juntos. É aquecimento global na certa — e desastres naturais se aproximando a passos largos.

Para piorar, abusar do alimento traz repercussões negativas à nossa saúde. “O excesso está associado a um maior risco de doenças cardiovasculares, diabetes e até alguns tipos de câncer”, cita a nutricionista Dirce Maria Lobo Marchioni, professora responsável pelo projeto Sustentarea, do Núcleo de Extensão da Universidade de São Paulo (USP) sobre alimentação e sustentabilidade.

A julgar pelo prato, o brasileiro está na rota do perigo. “O consumo anda em torno de 700 gramas por semana, enquanto a recomendação é de 400 gramas”, estima a nutricionista Marcia Gowdak, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

Somando lé com cré, dá para entender por que o cenário favorece uma nova onda: a de hambúrgueres vegetais que prometem características similares às da versão bovina. “Imitar a carne vermelha é uma estratégia inteligente para atender a uma emergência global”, defende a nutricionista Alessandra Luglio, consultora da Fazenda Futuro, que fez barulho ao apresentar o primeiro hambúrguer vegetal nesses moldes — há beterraba na fórmula para remeter até à cor do disco tradicional. Ele está em algumas redes de fast-food e também na parte de congelados de supermercados. Em novembro, a empresa (ou healthtech) surpreendeu de novo, desta vez com uma carne moída à base de plantas.

Para Marcos Lessa, sócio-fundador da marca, os produtos são muito democráticos: “Eles agradam tanto os vegetarianos e veganos que sentem falta do sabor da carne vermelha como os onívoros que buscam diminuir seu consumo, independentemente do motivo”.

Alessandra ressalta que é muito difícil mudar completamente hábitos tão enraigados, como o apreço por bife. Daí a vantagem de alternativas que alimentam esse lado afetivo ao mesmo tempo que causam menos impacto no meio ambiente.

Com mais de 90 anos de existência e um grande portfólio de produtos para vegetarianos e veganos, a Superbom foi outra empresa que abraçou a causa do hambúrguer de plantas idêntico ao de carne. “O Burger Gourmet Vegan é mais direcionado àquele público que não quer mudar totalmente, mas deseja uma opção de troca para uma ou duas vezes na semana”, diz Cristina Ferreira, diretora industrial e de P&D da marca. São os chamados flexitarianos. Essa turma também não passou batida pela Seara, que lançou o Incrível Burger — 100% à base de vegetais, ele promete “sabor, textura e aparência do tradicional”.

A nutricionista Gabriela Parise, da clínica NutriOffice, na capital paulista, enxerga as novidades com bons olhos. “É um movimento para as pessoas começarem a se conscientizar”, acredita. “Tem muita gente que quer maneirar na carne por questões éticas e ambientais, e não por causa do sabor”, reforça a profissional, que também é integrante da Sociedade Vegetariana Brasileira.

Para Marcia, da Socesp, não há dúvida de que o apelo à sustentabilidade faça sentido. Mas, do ponto de vista da saúde, é preciso colocar um pé no freio. “São itens altamente processados e, mais do que isso, ricos em gordura saturada e sódio”, aponta.

Cabe ressaltar que exagerar nesse tipo gorduroso faz subir o colesterol ruim (o LDL) e acarreta maior probabilidade de formação de placas nas artérias. “Já o excesso de sódio eleva a pressão tanto de hipertensos como de pessoas saudáveis”, lembra a nutricionista. Falamos do principal fator de risco para doenças cardiovasculares.

“O que indicamos, na verdade, é uma alimentação mais próxima da natureza, com comida de verdade”, defende Dirce. Por isso, ela tem ressalvas em relação a esse mercado crescente da carne-que-não-é-carne. “Além de estarmos em um momento de ameaça real ao meio ambiente, é importante salientar que temos um grave quadro global de obesidade”, alerta. Nesse contexto, ela não vê vantagem em trocar um alimento calórico e gorduroso por outro com o mesmo perfil — ainda que seja à base de plantas.

“Em nenhum momento essa categoria foi desenhada para ser a mais saudável do mundo”, rebate Alessandra, da Fazenda Futuro. “A ideia principal é trazer o sabor, o aroma e a textura da carne”, enfatiza.

De olho nisso, ela pede que as comparações nutricionais sejam feitas em relação aos hambúrgueres bovinos — não ao bife comum e muito menos a um prato de salada (veja no fim da matéria uma comparação). Não significa, porém, que a receita não possa ser melhorada.

Poucos meses após o lançamento do Futuro Burger, a empresa já reformulou o produto, chamando-o de 2.0. “Este apresenta menos gordura e sódio”, conta Alessandra. “A tecnologia está evoluindo, e a gente também”, observa Lessa.

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Agora, já que é para focar no universo dos hambúrgueres, vale recordar que esse tipo de alimento não é para todo dia. De acordo com Gabriela, mesmo a versão vegetal representa uma opção para ocasiões especiais. Até porque ela provavelmente será acompanhada de queijo, catchup e maionese — para ficar nos ingredientes básicos. Portanto, a refeição ganha doses extras de gordura e sódio.

Já aquele bife que surge com arroz e feijão no prato do brasileiro deve, segundo Marcia, dar as caras em, no máximo, três refeições semanais. Para o seu lugar, nada de hambúrguer.

E a carne moída à base de plantas é encarada com ressalvas. Afinal, três colheres concentram 9 gramas de gorduras saturadas — quase metade do que seria ok no dia inteiro. Dirce sugere buscar alternativas como frango, peixe ou ovo, que trazem menos impacto ambiental. E também adaptar receitas. “Um picadinho de carne pode ser feito com legumes”, exemplifica.

Daqui pra frente, certamente outros produtos à base de plantas disputarão espaço com equivalentes de origem animal. Mas só essa característica não os torna necessariamente equilibrados. “Temos que permanecer de olho nos rótulos”, ensina Dirce.

Além disso, faz bem entender o espaço de cada alimento dentro da rotina. Só assim possíveis substituições de fato valerão a pena.

Um resumo dos hambúrgueres vegetais

Embora as receitas vegetais concentrem leguminosas e, por isso, esbanjem proteínas, a nutricionista Marcia Gowdak pede atenção ao alto teor de gorduras saturadas. É que o abuso tem impacto negativo no peso e no coração. Outra coisa que varia demais é o sódio. Tenha em mente que, para um adulto, o limite são 2 gramas do mineral por dia. Há produto à base de plantas que fornece quase metade disso. Vasculhe o rótulo!

E as carnes moídas?

O principal dilema em relação à versão vegetal, feita com farinha de grão-de-bico e proteínas de soja e ervilha, reside na presença marcante de gorduras saturadas: em apenas três colheres são 9 gramas. Isso corresponde a 41% do que é indicado a um adulto para o dia todo. E dá quase cinco vezes mais do que encontramos na mesma porção de acém moído. O valor de sódio também não é desprezível. Tem que maneirar.

<span class="hidden">–</span>Ilustração: Jonatan Sarmento/SAÚDE é Vital

Um burger bovino de laboratório

Essa é a proposta do pesquisador Mark Post, da Mosa Meat. Após anos de estudos na Universidade de Maastricht, na Holanda, ele chegou a um hambúrguer feito a partir de células de músculos de vacas — elas são capazes de se multiplicar fora do bicho. Logo, nenhum animal é sacrificado. De acordo com sua equipe, a intenção é botar o produto no mercado em 2021. Do ponto de vista nutritivo, continuaria exigindo moderação, sobretudo por causa do colesterol e das gorduras.

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SELEÇÃO DE RECEITAS RÁPIDAS E SAUDÁVEIS

Essa semana selecionamos três receitas fáceis, rápidas, gostosas e sem carne para vocês! Lembrando que todos os ingredientes descritos poderão ser encontrados no nosso hortifrúti!!

CREPIOCA

Ingredientes:
2 ovos
2 colheres (sopa) de goma de tapioca
1 pitada de sal

Modo de preparo:
Bata todos os ingredientes com um garfo ou no mixer.
Despeje na frigideira previamente untada (se não quiser untar, garanta que o antiaderente esteja 100%).
Mantenha o fogo baixo e a frigideira tampada.
Quando a crepioca estiver bem firme, vire apenas para dourar o outro lado.
Adicione queijo branco, tomate e orégano.
Dobre e está pronto!

Receita Fit Food Ideas

LEGUMES COM GERGELIM SALTEADOS NO SHOYU

1 bandejinha pequena de vagem
1 cenoura grande
1 abobrinha
1 colher (sopa) de alho picadinho
2 a 3 colheres (sopa) de shoyu light
1 punhado de gergelim a gosto

Pique em tiras todos os legumes bem lavados e com casca. Num frigideira funda, coloque um pouco de água e adicione somente a vagem. Quando a água ferver deixe por 2 minutos e escorra a água, volte a frigideira para o fogo e acrescente a abobrinha e a cenoura. Coloque o alho picadinho e deixe refogar um pouco, depois acrescente o shoyu. Mexa bem, salteando os legumes, que precisam ficar cozidos mas crocantes, por isso, observe e experimente para não ficarem moles. Jogue o gergelim a gosto e mexa mais. Sal a gosto.

Receita do site Cozinha Travessa

OVOS MEXIDOS COM COGUMELOS

2 colheres (sopa) de manteiga
250 g de cogumelos paris cortados em fatias
4 ovos
Sal a gosto
Pimenta-do-reino a gosto (opcional)
Torradas
Modo de preparo:
Numa panela ou frigideira, derreta 1 colher (sopa) de manteiga e cozinhe os cogumelos até ficarem macios e mais escuros. Reserve.

Em uma frigideira antiaderente, derreta a outra colher de manteiga e adicione os ovos batidos.

Mexa com uma colher e cozinhe até ficar mais firme, porém macio.

Sirva os ovos e os cogumelos ainda quentes sobre torradas.

Receita do site Pilotando um Fogão

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