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Frutas, legumes e verduras afastariam o câncer de cabeça e pescoço

Valorizar os vegetais é uma estratégia conhecida contra o surgimento de alguns tipos de câncer. E, com os avanços na ciência, essa recomendação dietética está ficando mais precisa. Um novo estudo, por exemplo, mostra que certas frutas, legumes e verduras estão ligadas a uma redução no risco dos tumores de boca, faringe e laringe.

O trabalho foi conduzido pelo A.C.Camargo Cancer Center em três estados brasileiros. Ele envolveu 1 740 indivíduos — 847 acometidos por um desses tipos de câncer e outros 893 sem a doença. Dados sobre dieta, higiene pessoal, condição socioeconômica, tabagismo e consumo de álcool foram investigados.

Ao analisar as informações, os estudiosos viram que o risco de sofrer com a doença era menor em quem tinha o prato mais natural. Mas eles não pararam por aí e resolveram avaliar o impacto de ingredientes específicos.

Para cada alimento, um benefício

Na investigação, o hábito de comer regularmente tomate e frutas cítricas estava relacionado à proteção contra o câncer de boca. Maçãs e peras, por sua vez, pareceram resguardar a laringe.

Já o consumo de vegetais crucíferos (da família do brócolis) culminou em uma menor incidência de tumores de laringe e hipofaringe. Essas estruturas, aliás, também se beneficiariam da ingestão de cenoura.

Até a banana, a fruta mais popular do Brasil, associou-se com a menor probabilidade de câncer de orofaringe.

Mas atenção: os voluntários que colheram essas vantagens relatavam comer os vegetais “diariamente” ou, ao menos, “na maior parte dos dias”.

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Os nutrientes que espantam tumores

A oncologista Maria Paula Curado, líder da pesquisa, explica que esses alimentos são fontes de substâncias com efeito anticâncer, como os carotenoides. “O licopeno, presente no tomate, tem ação antioxidante e inibe o crescimento das células tumorais, além de atuar no controle do estresse oxidativo”, destaca a médica, que coordena o Núcleo de Epidemiologia e Estatística em Câncer do A.C.Camargo Cancer Center.

Criptoxantina e betacaroteno, outras moléculas de destaque, marcam presença nas frutas cítricas e na cenoura. Além disso, as vitaminas encontradas nesses vegetais reduzem a ação dos radicais livres nas células – um processo que pode levar ao câncer.

Brócolis, repolho e couve, que também foram analisados no estudo, são fontes de glucosinolatos, partículas que inibem as células malignas. Já o segredo da banana estaria em sua rica constituição: polifenóis, vitaminas e outros compostos bioativos.

Ainda assim, mais do que pensar em um ou outro alimento, os especialistas pedem para variar entre diferentes vegetais — e abusar deles. A recomendação do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é consumir no mínimo cinco porções ao dia de frutas e vegetais sem amido ao dia. Cada porção equivale a uma quantidade que caiba na palma da mão do produto picado ou inteiro.

Outros fatores de risco

Estima-se que cerca de 40% dos tipos mais comuns de câncer sejam evitados com modificações no estilo de vida e na dieta. Agora, não dá para dizer que comer vegetais é o suficiente para, por exemplo, anular os efeitos da combinação de cigarro e bebida alcoólica — responsável por quase 80% dos tumores de cabeça e pescoço.

A infecção pelo vírus HPV também pode levar à doença, que é mais frequente em homens. “Nenhum estudo mostra que elementos nutricionais são capazes de amenizar os malefícios causados por agentes carcinogênicos”, conclui Maria Paula.

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As principais startups brasileiras de alimentação

A constante transformação na maneira de cultivar, produzir, transportar e escolher o que vamos comer é cada vez mais pautada por tecnologia, num processo em que as startups exercem um protagonismo crescente. Pois, atenta a esse cenário, a aceleradora Liga Ventures fez um levantamento inédito sobre esse segmento no país.

No Liga Insights Food Techs, após filtrar mais de 12 mil companhias brasileiras, eles chegaram a 332 startups voltadas à alimentação, divididas em 16 áreas de atuação — de delivery a desenvolvimento de novos produtos, passando por conexão entre produtor local e consumidor e controle de desperdícios. São soluções diversas para atender desde quem trabalha com a venda e a logística de alimentos até quem procura seguir uma dieta mais natural e saudável.

O campo é promissor: segundo o relatório da Liga, a projeção é que o mercado de food techs deva chegar a um valor global de 980 bilhões de reais em 2022.

Exemplos de startups brasileiras contempladas no Liga Insights

Comida em casa e no trabalho: são empresas que fornecem soluções para disponibilizar serviços e produtos na comodidade do lar ou do emprego. Um exemplo é a startup Eats for You, que conecta pessoas que curtem cozinhar com gente que aprecia comida caseira e feita na hora.

Da fazenda para a sua cozinha: é o conceito farm-to-table. A ideia é ligar produtores locais a consumidores em busca de comida fresca e cultivada de modo familiar. É o caso da Raizs. A startup traz o lema “de família para família” e vende produtos de forma avulsa ou via assinatura de cestas.

Informação e orientação: entram aqui companhias por trás de plataformas com recomendações nutricionais, além de instruções em caso de restrição alimentar — como a Ilergic. O aplicativo traz orientações específicas para pessoas com alergia, intolerância ou outra restrição.

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Novos alimentos e bebidas: são startups que desenvolvem produtos inovadores buscando atender a desejos, hábitos e necessidades da população. Exemplo: A Tal da Castanha. A empresa usa um ingrediente brasileiro, a castanha de caju, como base de snacks e bebidas prontas.

Reaproveitamento de recursos: é o campo voltado a gerenciar resíduos e descartes e evitar desperdícios de alimentos — algo comum na cadeia produtiva. A Desperdício Zero é um dos representantes. Ela oferece ao consumidor produtos próximos da validade mas em bom estado até 75% mais baratos.

Veja mais: Manual saudável contra o desperdício de comida

Tecnologia alimentar: são empresas que, amparadas em pesquisa e biotecnologia, criam novas formas de cultivar, aproveitar ou fabricar comida. Caso da Gran Moar, que transforma o bagaço de malte descartado na produção de cerveja em uma farinha nutritiva e funcional.

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O que o gengibre pode fazer pelo nosso cérebro

A ciência do envelhecimento tem avançado rapidamente e feito importantes descobertas sobretudo na área das doenças neurodegenerativas. Hoje já entendemos melhor os mecanismos por trás de problemas como Parkinson e Alzheimer, o que facilita a busca por compostos farmacológicos úteis à prevenção e ao tratamento. Nesse contexto, o gengibre, uma raiz utilizada há séculos pela medicina tradicional oriental, vem atraindo a atenção de pesquisadores e especialistas por apresentar potencial terapêutico frente a doenças neurológicas associadas ao avançar da idade.

Em uma revisão de estudos publicada em 2018 no periódico Pharmacology and Therapeutics, os cientistas destacam propriedades do gengibre capazes de combater males como o Parkinson e Alzheimer, bem como a perspectiva de o alimento melhorar a memória e reduzir a severidade dos danos causados por um acidente vascular cerebral (AVC).

De onde vem o efeito?

Antes de visualizar de que modo o gengibre pode repercutir no cérebro, precisamos entender os fenômenos que dão origem às doenças neurodegenerativas. O Alzheimer é caracterizado pela formação de placas beta-amiloide, que destroem progressivamente os neurônios, e pela redução do neurotransmissor acetilcolina. O nome é complicado, mas basta dizer que neurotransmissores são substâncias responsáveis pelo transporte de informação em nosso cérebro. A acetilcolina está particularmente relacionada ao aprendizado e à memória.

Pois experimentos de laboratório, em células e animais, demonstram que o extrato de gengibre diminui o acúmulo das tais placas beta-amiloide e minimizam a atividade de uma enzima que degrada a acetilcolina. O resultado: melhora nas funções cognitivas e redução da perda de células nervosas.

Na doença de Parkinson, por sua vez, há uma degradação dos neurônios que liberam outro neurotransmissor, a dopamina. Ela está diretamente envolvida com as funções motoras: sua insuficiência pode levar, portanto, a tremores, dificuldades ao caminhar etc. Estudos em modelo animal apontam que o gengibre também atua na redução da destruição desses neurônios, preservando e otimizando a capacidade motora das cobaias com Parkinson.

No caso do AVC isquêmico, o problema ocorre com a obstrução de uma artéria no cérebro que interrompe o fornecimento de sangue para um grupo de neurônios. Isso desencadeia danos oxidativos nesse órgão e a morte de células. Nos experimentos, o tratamento com extrato de gengibre combate o estresse oxidativo e diminui os danos aos neurônios. Na prática, isso atenua déficits físicos e comportamentais originários do AVC.

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À parte os efeitos positivos diante de doenças neurológicas, existem indícios de que o gengibre pode melhorar a memória de pessoas saudáveis. Em pesquisa feita com mulheres, o consumo do extrato da raiz trouxe ganhos cognitivos: as voluntárias que consumiram gengibre apresentaram desempenho superior em testes de memória espacial e numérica, tempo de reação e reconhecimento de palavras.

Pensando em obter esses benefícios, o conselho por ora é usar a raiz como tempero ou na forma de chá — lembrando que o gengibre não substitui nenhum tratamento prescrito pelo médico. Nos dias mais frios, a infusão feita com a raiz dá aquela sensação de aconchego e ainda turbina a memória. Na temporada de calor, um smoothie com lascas de gengibre é refrescante e revigorante.

Uma recomendação importante é conversar com o profissional de saúde antes de usá-lo no dia a dia. Alguns compostos encontrados na raiz podem potencializar a ação de medicamentos que atuam na coagulação sanguínea, por exemplo. É com orientação e sem exageros que tiramos o melhor proveito desse alimento reverenciado há tanto tempo.

*Tailise Souza é PhD em biologia molecular pela Universidade de Warwick, no Reino Unido, e pesquisadora na área de envelhecimento

 

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Taxar bebida adocicada reduziria o seu consumo

Líder de uma investigação que analisou dados de vários estudos e experiências pelo mundo, Andrea Teng, da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, conta: “Nos lugares em que a tributação do açúcar foi adotada, como Estados Unidos e Chile, houve diminuição de venda e de ingestão dessas bebidas”. Em média, um imposto de 10% resultou num consumo 10% menor.

Por isso, a epidemiologista acredita que a estratégia tem potencial para auxiliar na luta contra a pandemia de obesidade. Afinal, a atração pelo gosto doce e a facilidade de acesso colocam as bebidas açucaradas no topo da lista dos produtos mais associados ao ganho de peso.

A própria Organização Mundial da Saúde já recomenda um imposto de 20% sobre elas como medida de proteção à população.

Refrigerante em excesso aumenta o risco de doenças

  • 114,6 litros/ano* é o consumo per capita no Brasil — um dos dez maiores do mundo
  • 6,8 kg/ano é a estimativa de ganho de peso para quem ingere uma latinha por dia (355 ml)
  • 21% é a prevalência da obesidade relacionada aos riscos cardiovasculares no país
  • 355 ml/dia podem significar uma alta de 83% na probabilidade de ter diabetes
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Argumentos a favor do aumento de impostos sobre as bebidas açucaradas

Deu certo lá fora: no México, 10% de alta no imposto resultou em 7,6% menos consumo de refris, além de ter aumentado a ingestão de água.

Só educar não resolve: estudiosos afirmam que informar sobre os males do excesso não tem sido suficiente para inibir a compra e o ganho de peso.

E os argumentos contrários

Não é o único vilão: engordar demais é resultado de uma gama de problemas e não se relaciona somente ao açúcar das bebidas.

Recurso limitado: a taxação recai só sobre os produtos industrializados e não melhora os preparos de bebidas em casa, nas escolas e nos restaurantes.

*Euromonitor 2018; Nota técnica nº 60-SEI/2017/MINISTÉRIO DA SAÚDE

Fontes: Mauro Fisberg, nutrólogo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Bruna Hassan, consultora da ACTBR Promoção da Saúde

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Você sabia que o sono impacta no consumo dos alimentos?

Uma noite mal dormida pode afetar negativamente seu organismo!

Uma noite mal dormida pode induzir ao aumento do consumo de alimentos em até
26%, porque altera os hormônios que fazem o controle dessa ingestão. Quando temos
um sono adequado produzimos menos grelina, hormônio responsável por aumentar
nosso apetite, e aumentamos o nível de leptina, hormônio que nos dá sensação de
saciedade.

Além disso, se não dormimos bem não produzimos melatonina, um dos maiores
antioxidantes naturais, que restaura o corpo e nos ajuda a dormir melhor.

A curto prazo, uma pessoa que dorme pouco apresentará cansaço e sonolência
durante o dia, irritabilidade, alterações repentinas de humor, perda de memória
recente, comprometimento da criatividade, redução da capacidade de planejar,
executar, lentidão de raciocínio, desatenção e dificuldade de concentração. A longo
prazo, terá falta de vigor físico, envelhecimento precoce, diminuição do tônus
muscular, comprometimento do sistema imunológico, tendência a desenvolver
obesidade, diabetes, alteração da função sexual, doenças cardiovasculares e perda
crônica da memória.

Mas o excesso também é prejudicial. Um estudo da Universidade Canadiana constatou
que quem dorme muito tem maior probabilidade de engordar.

Mas qual a quantidade certa?

Segundo a nutricionista Dania Sánchez, recém-nascidos dormem aproximadamente
dezesseis horas, crianças de 1 a 3 anos dormem de treze a quinze horas e de 7 a 12
anos, de nove a dez horas. Já os adolescentes dormem de oito a nove horas. Adultos,
em torno de sete a oito horas, e idosos dormem menos, de cinco a sete horas, por
causa da baixa melatonina devido à idade.

Existem, ainda, perfis de dormidores: os dormidores curtos – que precisam de menos
de cinco horas de sono por noite – e os dormidores longos – que necessitam de mais
de dez horas de sono por noite. E existem as pessoas matutinas (que dormem e
acordam cedo) e as pessoas vespertinas (que dormem e acordam tarde). A
individualidade é a palavra-chave. Por isso o profissional deverá avaliar qual é o perfil
do paciente antes de iniciar qualquer tratamento ou dieta.

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Livro traz perfis de plantas e frutas tipicamente brasileiras

Tem frutos conhecidos do grande público, como abacaxi, goiaba e caju. Tem espécies apreciadas em algumas regiões e uma incógnita em outras, caso do ora-pro-nóbis e do tucumã. E tem plantas que crescem facilmente por boa parte do país mas passam longe da cozinha — beldroega e major-gomes, muito prazer! Uma (re)descoberta da nossa flora comestível é o que norteia o livro 50 Plantas e Frutos Brasileiros Que Turbinam a Saúde, das jornalistas Regina Célia Pereira e Thaís Manarini, lançado por SAÚDE.

Com base em pesquisas e entrevistas com especialistas, elas fazem um passeio pelo Brasil e apresentam as virtudes da nossa biodiversidade, um tesouro dos pontos de vista ambiental, nutricional e cultural. É leitura para desbravar saberes e degustar sabores.

5 tesouros do livro

A obra traz frutas, raízes, folhas, castanhas e sementes. Alguns exemplos:

Castanha-do-Pará: típica do norte, é o alimento campeão em selênio, mineral que defende coração, cérebro e tireoide.

Fisális: o frutinho que adorna mesas de festas dá por todo o Brasil e está cheio de componentes antioxidantes.

Ora-pro-nóbis: é uma planta usada como cerca viva e mais saboreada em Minas. Rende saladas e cozidos nutritivos.

Camu-camu: o fruto amazônico é o maior reduto de vitamina C do planeta. Vira suco, geleia e outros doces.

Jabuticaba: mais comum no sul do país, tem um pigmento, sobretudo na casca, que espanta doenças.

FICHA TÉCNICA

50 plantas e frutos brasileiros que turbinam a saúde
Autores: Regina Célia Pereira e Thaís Manarini
Editora: Abril
Páginas: 180

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Ansiedade: o que as bactérias do intestino têm a ver com o transtorno

A cada dia, novas pesquisas reiteram os papéis da microbiota intestinal — trilhões de micro-organismos que habitam o intestino — dentro do nosso corpo. Uma microbiota saudável contribui, entre outras coisas, para a imunidade e o metabolismo. Isso acontece porque bactérias e companhia produzem nutrientes, vitaminas e outras substâncias com ação local ou a distância. E até o sistema nervoso é influenciado por elas. Por isso falamos no eixo intestino-microbiota-cérebro.

Acontece que o estresse mental e físico, o descuido com o estilo de vida e uma dieta desbalanceada também impactam nos micro-organismos do aparelho digestivo. Nesse contexto, a microbiota pode se modificar e deixar de oferecer benefícios. Algo que tem reflexo inclusive na saúde mental.

A novidade é que experimentos recentes sugerem que doenças psiquiátricas podem ser tratadas com a regulação da microbiota intestinal, conforme conclui uma revisão de estudos do Centro de Saúde Mental de Xangai, na China.

Os investigadores analisaram 21 trabalhos de qualidade, 14 deles testando probióticos (micro-organismos que, ingeridos em quantidade adequada, oferecem vantagens a quem os recebe) e os outros sete avaliando ajustes na dieta. Os cientistas chineses verificaram, então, que mais da metade dessas pesquisas encontrou efeitos positivos sobre os sintomas de ansiedade.

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Na revisão, as intervenções exclusivamente dietéticas (sem probióticos) foram mais eficientes em proporcionar melhoras. Uma explicação seria o fato de oferecerem diferentes substratos alimentares à microbiota em vez de introduzir tipos específicos de bactérias através de um suplemento que pode ter sido usado por tempo insuficiente para produzir mudanças reais no ambiente intestinal. Outro ponto a destacar: a maioria dos estudos não encontrou eventos adversos.

Com esses dados, os pesquisadores chineses reforçam a ideia de que regular a microbiota por meio de mudanças na dieta e/ou uso de probióticos pode ser uma alternativa, ao lado dos tratamentos psiquiátricos consagrados, para aliviar os sintomas da ansiedade — situação que, segundo estimativas, afeta um terço da população mundial pelo menos em algum momento da vida.

*Dan Waitzberg é professor de gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, diretor do Ganep Nutrição Humana e presidente do Ganepão, um dos maiores congressos de nutrição da América Latina

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O papel vital do pai no apoio à amamentação

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as mães alimentem seus filhos exclusivamente por meio da amamentação durante os primeiros seis meses de vida. Elas também são incentivadas a amamentar como complemento de outros alimentos ao menos até o bebê completar 2 anos de idade. Essas mensagens são compartilhadas de forma recorrente durante a Semana Mundial do Aleitamento Materno, que aconteceu faz pouco tempo. Mas, na Philips, este ano resolvemos destacar o apoio do pai como uma das formas mais consistentes de assegurar uma amamentação bem-sucedida.

Estudos mostram que o pai desempenha um papel fundamental no apoio ao aleitamento. O suporte paterno gera taxas mais elevadas de início e continuidade da amamentação, aumento da intimidade entre o casal, menores taxas de absenteísmo no trabalho por parte das mães e até mesmo a redução dos sentimentos de ansiedade ou isolamento. Além de todos esses benefícios, o estabelecimento de um vínculo entre o pai e o bebê é igualmente importante para a saúde geral de ambos.

Para mim, a coisa mais importante é o pai realmente querer se envolver mais. Mas, às vezes, ele não dispõe das informações ou do espaço apropriados e termina se sentindo excluído. Embora a amamentação seja natural, é também um comportamento aprendido.

O apoio do pai no dia a dia

Tanto as mães quanto os bebês precisam do descanso e da privacidade para garantir uma amamentação bem-sucedida. As visitas e os amigos, muitas vezes involuntariamente, podem gerar atrasos na hora da alimentação e cansar ou superestimular um bebê.

O pai pode ajudar nesse processo de várias maneiras:

  • Administrar as interferências de modo a garantir privacidade suficiente
  • Informar-se sobre os fundamentos do aleitamento materno e garantir que as necessidades da mãe sejam atendidas
  • Trocar as fraldas do bebê e acordá-lo para ser alimentado ajuda no sentido de proporcionar às mães um tempo adequado para descansar e se preparar para a amamentação.
  • Garantir uma nutrição adequada e o apoio emocional para as mães
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Por meio do nosso aplicativo Pregnancy+, entrevistamos 827 mães na América Latina para saber o que dizem sobre o envolvimento de seus parceiros na amamentação. Os resultados mostram que a maioria deles participa confortando e verificando o bebê, mas menos da metade ajuda na limpeza dos extratores de leite e das mamadeiras para a próxima alimentação ou pesquisando sobre como alimentar o bebê.

Quando perguntamos se seus parceiros desejam estar envolvidos na jornada de amamentação, 86% das mães indicaram que sim — uma resposta muito consistente. Mas quando as consultamos sobre como os parceiros podem assumir um papel ativo no apoio à jornada de amamentação, 75% responderam que há necessidade de mais informações.

Este ano, a OMS está trabalhando junto à Unicef e seus parceiros para promover a importância de políticas favoráveis à família de modo a permitir a amamentação e ajudar os pais a nutrirem e estabelecerem vínculos com seus s no início da vida.

Precisamos trabalhar juntos na América Latina para reconhecer e incentivar a licença parental (ou paternidade) e ajudar as mães com uma adaptação suave aprimorada. Os bebês necessitam dos cuidados de nutrição fornecidos por ambos os genitores, e a participação do pai não deve ser subestimada nem dispensada.

Nosso desejo é que todas as crianças sejam amamentadas pelo menos nos primeiros seis meses de vida. As mães e os pais são fundamentais nessa jornada e podem contar com a Philips para apoiá-los.

*Fabia Tetteroo-Bueno, head de Cuidados Pessoais de Philips na América Latina

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É verdade que o suco de coco quente pode curar o câncer?

Segundo um texto que circula nas redes sociais, o professor Chen Huiren, do Hospital Geral da China, descobriu a cura para todos os tipos de câncer. É bem simples: basta tomar água de coco quente – não aquela tradicional, mas uma feita com flocos finos do fruto. Isso seria o suco de coco quente.

Só que a história não tem quase nada de verdade. Desde 2017, ela é desmentida por autoridades e veículos da imprensa, inclusive de outros países. Ainda assim, vira e mexe ela ressurge, com um outro detalhe diferente.

“Não há nenhum estudo sobre o assunto, mas infelizmente essa notícia falsa se espalhou pelo mundo”, comenta Daniel Garcia, oncologista clínico do A.C.Camargo Cancer Center.

O único elemento real do texto é que existe um cientista chamado Chen Hui-Ren (o nome está um pouco diferente mesmo), que atua no Hospital Geral da China. Seu nome está no Research Gate, site que compila pesquisadores do mundo todo.

Segundo o portal, ele desenvolve estudos sobre alguns tipos de câncer. Porém, nenhum aborda o coco.

Daqui em diante, é inconsistência atrás de inconsistência. Comecemos pela ideia de que uma única estratégia é capaz de eliminar qualquer tumor.

“O câncer não é uma doença só. Por isso, é impossível existir um remédio que mate todas as suas versões”, aponta Clarissa Baldotto, oncologista e diretora da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc).

Mais uma fake news envolvendo a água alcalina

Uma versão semelhante da história faz sucesso há anos na internet, com a limonada quente como protagonista. Segundo a mensagem, a mistura de limão (ou coco, se você preferir) e água aquecida tornaria o líquido alcalino, o que liberaria uma substância “que é o mais recente avanço no tratamento de câncer, cistos e tumores”.

A água alcalina é a protagonista, aliás, de vários boatos sobre saúde. Não existe, contudo, nenhuma evidência a seu favor na ciência. Pelo contrário – saiba mais clicando aqui.

O risco de cair em furadas

Tratamento e prevenção do câncer são algumas das áreas mais atingidas pelas fake news. E isso é ruim mesmo que o tratamento alternativo em questão inclua uma fruta tão saudável como o coco.

“O mais cruel dessas notícias é, que além de espalharem mentiras, mexem com as emoções de pessoas que estão precisando de ajuda contra uma doença séria”, salienta Clarissa.

Além da ineficácia, essas abordagens terapêuticas não raro fazem as pessoas abandonarem os tratamentos convencionais. E já há estudos mostrando que essa atitude aumenta o risco de morte.

Quando o assunto é câncer (e a saúde no geral), vale o ditado: se o milagre é grande, desconfie do santo. Ao receber um material suspeito, não compartilhe antes de checar a veracidade com seu médico e em sites confiáveis. Se não encontrar nada sobre o tema, envie-nos sua sugestão pelo Facebook ou Instagram que verificaremos para você.

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